Quando me formei, uma das primeiras portas que bati à procura de emprego foi a do Jornal do Brasil, que eu admirava, como a maioria dos jovens jornalistas daquela época. Eu me sentia habilitado a trabalhar no então considerado melhor jornal do país porque já tinha experiência na profissão. Comecei a escrever em jornais antes de frequentar a faculdade, aos 18 anos, em minha cidade de origem, São Carlos (SP). Não me lembro do nome do jornalista que me atendeu no JB. Só sei que foi o chefe de plantão naquela tarde típica do Rio, quente. Ele estranhou que eu tinha ido ao Rio procurar emprego porque, disse, havia mais oportunidades em São Paulo, onde eu morava havia anos. O começo da conversa já me soou com um “não”, dito logo em seguida pelo jornalista com o jeitinho brasileiro: “Volte no próximo ano, porque talvez haja alguma vaga aqui para você”. Última edição impressa do JB Nunca voltei. Quando estive no Rio, o JB já estava em declínio – só depois me dei conta disso – por
Ciência, saúde, religião, ateísmo, etc.