Mesmo fragilizada, deprimida, Vanuzia Leite Lopes , 49, conseguiu reagir quanto leu uma declaração de um advogado de Roger Abdelmassih de que o seu cliente está enfrentando supostas “vítimas sem rosto”, numa referência ao anonimato das mulheres que acusam o médico de abuso sexual. Para Vanuzia, depois de tudo que ela passou, engolir mais aquilo era demais. Então ela deu uma entrevista à Época (que publicou sua foto) e mandou um recado ao médico e aos advogados dele: “Eu não sou uma vítima sem rosto”. Em 1994, a pedido dela, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu uma sindicância e a Polícia Civil, um inquérito -- e tudo deu em nada. Mas agora ela espera que a Justiça se faça valer por causa da dimensão que o escândalo assumiu. O caso de Vanuzia – conforme seu relato aos jornalistas Andres Veras e Rodrigo Turrer -- reforça a alcunha de ‘monstro’ que outras ex-pacientes lhe deram. Em 1993, ela se submeteu a um tratamento de cinco meses com Abdel
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