do Der Spiegel Durante anos, Jörg D. foi infernizado pelos sentimentos de vergonha, insegurança e raiva. Finalmente, em 17 de setembro de 2009, ele enviou ao papa uma carta de quatro páginas descrevendo o seu sofrimento. “Eu suplico pelo seu auxílio, de toda maneira que for possível”, escreveu Jörg. Mas Bento 16 manteve-se em silêncio. Até hoje, Jörg D., que atualmente tem 25 anos, não recebeu uma resposta, “nem sequer um bilhete. Nada, nada mesmo”. Franz-Josef Bode, o bispo da cidade de Osnabrück, no noroeste da Alemanha, também não ajudou muito. Ele aconselhou D., uma vítima de abusos, a “esquecer e perdoar”. Na verdade, o bispo Bode quer que todas as 14 vítimas, que à época eram coroinhas e crianças que se preparavam para receber a primeira comunhão, perdoem e esqueçam. No decorrer de vários anos, até 1995, elas foram vítimas de abusos sexuais, em um total de 227 vezes, cometidos pelo seu padre em uma pequena cidade próxima à fronteira alemã. O padre envolvido, Alois B., t