Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo economia

Ninguém faz nada contra o golpe do preço à vista

No Brasil, há uma malandragem contra a qual quase ninguém se insurge: trata-se do preço pago à vista no comércio ser o mesmo do preço parcelado. Isso significa que o preço à vista incorpora os juros que só poderiam ser cobrados, como são, no preço a prazo. No Estadão de hoje, leio uma entrevista com o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, que é um dos poucos que insiste em denunciar o absurdo. Transcrevo: ... o que mais agride hoje meu sistema nervoso é o que fazem as redes de varejo no Brasil. É uma maluquice. Eles [os comerciantes varejistas] não mostram o preço à vista - e criam uma situação para parecer que ele é igual ao valor parcelado em 20 ou 30 vezes. Em qualquer lugar do mundo, preço à vista é diferente de preço a prazo. Logo no Brasil, com as taxas de juros que temos, o preço é o mesmo? O que se faz é embutir os juros no preço à vista e criar a impressão de que ele é igual à soma das parcelas. Estão sonegando do consumidor brasileiro a informação verdadeira e

TAM é escolhida para o prêmio Maiores e Melhores, da Exame

Representante da empresa recebe a versão 2006 do Prêmio Quality em Excelência A revista Exame elegeu a TAM para o prêmio 2006 Maiores e Melhores, no setor de transporte. O prêmio foi anunciado ontem, mas os diretores da companhia decidiram não recebê-lo em respeito aos 199 mortos do acidente com um seu avião. Era o que se esperava dos diretores da companhia, diferentemente do que fizeram dirigentes da Anac (Agência Nacional Avião Civil), que receberam da Aeronauta a medalha Mérito Santos Dumont em pleno apagão aéreo. Desmoralizado fica o Maiores e Melhores. A Exame deveria rever os critérios para a concessão dos prêmios. Porque o balanço financeiro com bons resultados pode esconder sérias irresponsabilidades. No caso da TAM, conforme tem vindo à tona agora, houve displicência na manutenção dos aviões, em favor justamente do bom desempenho financeiro da empresa. O Maiores e Melhores é um das dezenas de prêmios que a companhia recebeu nos últimos anos. Da rel

Banqueiros jamais se cansarão de sua mãezona, o Lula

Os banqueiros são uma ala elite brasileira que, diferentemente dos representantes do movimento Cansei, jamais vão se cansar do presidente Lula, que lhes tem sido mãe de leite farto e grosso, gorduroso. Eis um exemplo: no primeiro semestre deste ano, o Bradesco teve lucro de R$ 4,007 bilhões, 27,9% a mais em relação ao mesmo período do passado, quando o resultado já foi espantoso. Não tenho nada contra o lucro, claro, mas é preciso tanto exagero? Os bancos, por exemplo, não poderiam cobrar taxas razoáveis dos correntistas? Não poderiam dar um jeito nas filas que se formam nas agências em determinados dias do mês? Faço essas perguntas apenas para exercitar a minha indignação, porque não acredito que os banqueiros possam abrir mão de qualquer centavo de seus lucros --nem sequer para erigir uma estátua para a mãezona deles, Lula. Afinal eles são... banqueiros. Eles podem ajudar Lula --como têm ajudado -- com doações a campanhas políticas. Mas, nesse caso, não se trata propriamente de doaç

Bancos são obrigados a criar ouvidorias

Parece inacreditável, mas somente agora o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou uma resolução que obriga os bancos a criarem ouvidorias para mais bem atender clientes e usuários. A resolução prevê a criação de uma linha 0800, fixação de um prazo que não pode exceder a 30 dias para que o problema do usuário seja resolvido, criação de um banco de dados ao qual os Procons terão acesso, e instalação da ouvidoria até 31 de agosto. Os próprios bancos deveriam ter criado as ouvidorias há muito tempo, porque, em tese, é de interesse deles bem atender os usuários. Ainda mais quando se tem lucros extraordinários, que tem sido o caso dos bancos desde o primeiro mandato do Governo Lula. Vasni Perez Júnior, ouvidor da Fundação Procon de São Paulo, fala ao jornal “O Globo” que a expectativa é de que as ouvidorias fortalecem a voz do consumidor e que não seja apenas um balcão de atendimento de reclamações, o que, aliás, já existe.

SPC põe mais uma criança na lista de caloteiros

Perigosos meliantes tramando mais um calote ---> O primeiro caso foi noticiado recentemente: por um erro do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), um menino de Brasília foi incluído na lista de devedores e posteriormente lhe foi enviada uma notificação extrajudicial cobrando uma dívida de R$ 2.336,66 de uma companhia telefônica. Agora, em Sorocaba, SP, um menino de 7 anos foi incluído na lista dos caloteiros por causa de uma dívida de R$ 265,00 com a Nossa Caixa, em decorrência de uma trapalhada burocrática. Trata-se de uma flagrante ilegalidade, claro, porque criança não pode ser responsabilizada por dívida alguma. O nome dos dois meninos já foi retirado da lista negra, mas esses casos jogam um pouco de luz sobre a displicência com que empresas e entidades de proteção ao crédito colocam nomes de consumidores na lista negra. No caso do menino de Brasília, a notificação extrajudicial dizia que já havia sido tentado uma negociação com o devedor. Mas como se o menino nem seq

Um vôo de poucos lugares

Deu na Folha de hoje:

Bancos manifestam constrangimento de serem bancos

O slogan do Unibanco é “nem parece banco”. Há aí implícita a confirmação de que banco é uma instituição associada à burocracia, ao péssimo atendimento e à exploração dos correntistas. Na tv, campanha publicitária martela que o Unibanco não é nada disso, porque dá um atendimento digno aos correntistas. Nem parece banco... Agora, o Santander manifesta o mesmo constrangimento existencial. Na tv, diz que não é um banco como outros, que crescem e constroem elevados edifícios, ficando a “200 metros de distância” do público. Trata-se de uma das tantas bobagens que saem da cabeça dos publicitários, que, no caso, tentam vender a idéia de que o atendimento bancário tem a ver com a altura dos edifícios dessas instituições. Publicitários e o Sandanter devem achar que o brasileiro é imbecil. Este tipo de propaganda, a do Unibanco e a do Santander, é típica da esperteza dos bancos, porque todos são iguais –incluindo os estatais– quando se trata de explorar o povaréu, porque a classe média alta e os

Melhora a rentabilidade dos bancos, mas o atendimento, não

A Folha destaca hoje que os bancos tiveram rentabilidade recorde em 2006, de 22,9% sobre o patrimônio líquido, no total de R$ 33,4 bilhões. Só não melhorou o atendimento bancário, embora o recorde se deva sobretudo à cobrança de tarifas. De 1996 para cá, elas aumentaram 293%. Nas agências, a começar pelos grandes bancos (BB, Bradesco e Itaú), os correntistas comuns, o de baixo saldo médio, continuam tendo de enfrentar longas filas nos guichês ou nos caixas eletrônicos, principalmente nos dias de pagamento de conta ou de recebimento de salário. Em algumas cidades, há lei para que o atendimento não ultrapasse a meia hora --limite que já é muito. Mas o mau atendimento não sensibiliza os políticos de Brasília nem a grande imprensa. O problema é antigo, já faz parte da paisagem, os correntistas reclamam e ficam nisso, e poucos são os que ousam enfrentar os bancos. Enquanto isso, o lucro e a rentabilidade dos bancos crescem. E as filas também. Bancos batem recorde de rentabilidade (Folha On

Dirceu acusa Itamaraty de ser antiamericano

José Dirceu (foto) não tem poupado o governo de Lula de críticas. É bem verdade que já na época em que era o poderoso ministro da Casa Civil ele fazia restrições à política econômica do governo. Mas agora, cassado e distante do governo, ele tem sido mais contundente e chegou a pedir a demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tido como o responsável pelas elevadas taxas de juros que impedem que a economia tenha uma expansão decente. Agora, leio na Veja desta semana que Dirceu concorda com o ex-embaixador em Washington Roberto Abdenur, segundo o qual a política externa de Lula é “antiamericana”. Para Dirceu, se o Itamaraty tivesse os EUA como prioridade, as exportações brasileiras para aquele país seriam maiores. Lula não tem gostado das críticas do companheiro. Até teria dito: – O que Dirceu pensa o que é?

Pressão da Renault causa três suicídios em cinco meses

Nos últimos cinco meses, houve três suicídios de funcionários da Renault, a maior montadora de automóveis da França. Em 2004, um funcionário já havia se matado nas dependências da empresa. O brasileiro Carlos Ghosn (foto), famoso pela competência que demonstrou nas empresas pelas quais passou, é o principal executivo da Renault. Ele está empenhado em recuperar a montadora, que vem perdendo mercado. Nos próximos dois anos, ele vai lançar 13 novos veículos e até 2009, o total de 26. O dobro dos lançamentos da Renault nos últimos anos. Os sindicatos dos trabalhadores responsabilizam a Renault pelos suicídios por causa da “extrema pressão” para que os funcionários cumpram as metas. De início, a montadora vinha negando que pudesse haver qualquer ligação entre os suicídios. Mas ela teve de se curvar às evidências publicadas pela imprensa francesa, até porque, se não fizesse, não seria uma boa estratégia de marketing. Uma das evidências são as cartas que o suicida Raymond D., 38 anos, deix

Astros se beneficiam mais da Lei Rouanet

Ana Carolina é uma das privilegiadas A Lei Rouanet dá incentivo fiscal às empresas que patrocinam artistas, mas tal mamata só deveria valer para quem realmente precisa, e não, por exemplo, para Caetano Veloso, cujas apresentações não precisam de subvenção oficial. Pela lei Rounaet, o dinheiro que as empresa repassam aos artistas é abatido do Imposto de Renda a pagar. No Estadão de hoje, Jotabê Medeiros relata que quem mais se beneficia da lei Rouanet são os artistas que têm público cativo e venda garantida de CDs e DVDs. Além do Caetano, ele cita o caso, entre outros, da Ana Carolina (foto). É dela o CD mais vendido em 2005. Mesmo assim, a artista obteve a captação de R$ 700 mil para fazer um tour cujo ingresso foi vendido em média por R$ 120,00. Enquanto isso, muito artista bom, mas não popularizado pela mídia, passa fome.

O preço absurdo do material escolar

Todos concordam que a educação é fundamental para o futuro do país. Digo futuro porque o presente já era. Pois bem: leio na Folha de hoje que 40% do preço do material escolar correspondem a impostos. Repetindo: 40%, praticamente metade do custo do material, incluindo a mão-de-obra. Deste jeito, o Brasil continuará eternamente o país do futuro.

Gerdau denuncia assassinato em massa. Demorou

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter (foto) disse ontem que "o crescimento médio de apenas 2,5% ao ano, nos últimos 20 anos, eqüivale a um assassinato em massa, de responsabilidade das elites políticas, empresariais, acadêmicas e sindicais". Concordo com a afirmação de Gerdau, até porque nos tais “últimos 20 anos” está incluso o primeiro mandato do Lula. Apenas me pergunto por que Gerdau demorou tanto tempo para recorrer à ênfase e denunciar tal assassinato. Espero que tal demora nada tenha a ver como o fato de que agora ele é cotado para ser ministro. A frase de efeito de Gerdau me faz lembrar de uma outra, a de Cláudio Lembo. No ano passado, quando era governador de São Paulo em substituição a Alckmin, Lembo disse que há no Brasil uma “burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa”. Mas Lembo sempre fez parte dessa minora perversa e ele demorou a se reconhecer no espelho, como agora Gerdau. Lembo responsabiliza a "minoria branca" pela violência.

Cliente de bancos agora pode ficar tranqüilo

Bancos como o Bradesco e o Itaú estão investindo em caixa eletrônicos com sensores de mão do cliente para combater as fraudes. O Bradesco já possui com esse recurso 40 terminais em São Paulo e dez no Rio. Alguns clientes estão recebendo a novidade com o temor de que tenham as mãos decepadas por criminosos para que eles possam sacar o dinheiro. Mas o banco esclarece que, nesse caso, o terminal não reconhecerá a mão decepada porque nela deixou de circular sangue nas veias. Puxa, que alívio para o cliente do banco. Ninguém mexerá no dinheirinho dele, mesmo tendo a mão decepada. Íntegra da notícia . (Folha Online) xxx

Delfim se derrama em elogios a Lula

Na Veja desta semana, o ministro Delfim Netto se derrama mais um vez em elogios ao presidente do Lula. Transcrevo um trecho: (...) ele [Lula] tem uma inteligência absolutamente privilegiada e uma intuição muito superior à da maioria dos intelectuais que conheço. De vez em quando ele me convida para um café e eu me sinto honrado. É isso. O todo poderoso ministro da ditadura militar está cotado para assumir a presidência do BNDES. xxx

Maia diz como foi a reunião que criou o PAC

Em seu boletim distribuído por e-mail, o prefeito Cesar Maia (PFL), do Rio, ironiza o nome do programa econômico do segundo mandato do governo Lula. Em vez de PAC, diz ele, deveria se chamar PCA, Programa do Conselho Acácio –“aquele que só falava obviedades”, como “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Maia imagina como deve ser sido a reunião dos economistas do governo que concebeu o programa: – O presidente quer um plano! -Estamos aqui com nosso grupo de economistas para fazer um. Um exercício de trás para frente. De quanto é o PIB brasileiro? Ah... 1,8 trilhão de reais. Qual o patamar de investimentos dos últimos anos? Ah... 20% do PIB. Ou seja, 360 bilhões de reais por ano. Quanto em 4 anos? Ah... 1 trilhão e 440 bilhões de reais. Quanto o setor público investe destes 20%? Ah... uns 35%. Então apliquem estes 35% sobre os 1,44 trilhão. Quanto dá? Ah... 504 bilhões de reais. – Oi turma! Então agora vamos ver quanto a Petrobrás investe, a Eletrobrás, os Governos, etc... e

PAC: um novo “espetáculo de crescimento”

Ao ler os sites ontem, tive a impressão de que as repercussões ao PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) estavam sendo mais positivas do que negativas. Hoje, ao ler os jornais, mudo de opinião. As críticas ao conjunto de medidas ao governo têm sido mais consistentes do que os elogios --estes quase sempre de aliados políticos e de puxa-sacos do governo. A maioria das críticas refere-se ao fato de o programa não incluir reformas profundas na economia, como a da reforma tributária. O Estadão, por exemplo, afirma que o PAC é um novo “espetáculo do crescimento”, lembrando a promessa feita por Lula no ano passado e que foi um fiasco. O que houve mesmo foi o triste espetáculo de uma expansão econômica que ficou entre as mais baixas entre os países emergentes, apesar de as condições internacionais serem favoráveis aos negócios. Em editorial, o jornal, que é o porta-voz do empresariado paulista, afirma: "Discurso e foguetório não faltaram na apresentação, ontem, do pacote econômico p

Lula prevê investimentos de R$ 503 bilhões

O segundo mandato do presidente Lula começou efetivamente hoje, com o anúncio (foto) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), embora a reforma do ministério só sairá depois da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro. O programa prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010 e crescimento da economia de 4,5% em 2007 e de 5% em cada um dos anos seguintes. Sob Lula, o Brasil teve até agora crescimento abaixo dos 3%, um dos mais baixos dos países emergentes, apesar de o presidente ter prometido “uma explosão de crescimento”. Até agora, o PAC tem sido mais elogiado do que criticado. Os portais de notícias estão dando um vasto espaço às medidas e às repercussões. Não vou repeti-las aqui. Obviamente que torço para que as metas fixadas pelo PAC se concretizem. Mas tenho dúvida de que Lula conseguirá cumprir o que agora promete. Mas isso só tempo mostrará. > Principais medidas do PAC. (Uol) > Pacote conta com recursos hipotéticos. (Folha Online) > P

Lula não recebe o irmão caçula

Está em todos os jornais de hoje: Germano Inácio da Silva ficou ontem seis horas na portaria do Forte dos Andrada, no Guarujá, para que fosse atendido pelo seu irmão, o presidente Lula, mas não conseguiu. Germano, irmão caçula de Lula por parte de pai, quer pedir um bom emprego ao Presidente, porque no atual ele ganha R$ 1 mil. "Ele [o Lula] falou pra mim que após as eleições íamos conversar, e eu estou aqui insistindo para conversar com ele", disse. O presidente está de férias no Guarujá e ele bem que poderia ter a delicadeza de receber o irmão para aos menos dizer que emprego não pode arrumar para ninguém, e muito menos a um parente –isso é nepotismo, uma das heranças malditas do Brasil Colônia. O único jeito de o Lula melhorar as condições de salário do irmão e emprego a outros milhões de brasileiros e fazer a economia crescer a nível decente, o que ele não conseguiu em seu primeiro mandato e há dúvidas de que ele venha fazê-lo no segundo. > Lula afinal recebeu o irmão