Ao ler os sites ontem, tive a impressão de que as repercussões ao PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) estavam sendo mais positivas do que negativas. Hoje, ao ler os jornais, mudo de opinião. As críticas ao conjunto de medidas ao governo têm sido mais consistentes do que os elogios --estes quase sempre de aliados políticos e de puxa-sacos do governo. A maioria das críticas refere-se ao fato de o programa não incluir reformas profundas na economia, como a da reforma tributária.
O Estadão, por exemplo, afirma que o PAC é um novo “espetáculo do crescimento”, lembrando a promessa feita por Lula no ano passado e que foi um fiasco. O que houve mesmo foi o triste espetáculo de uma expansão econômica que ficou entre as mais baixas entre os países emergentes, apesar de as condições internacionais serem favoráveis aos negócios.
Em editorial, o jornal, que é o porta-voz do empresariado paulista, afirma:
"Discurso e foguetório não faltaram na apresentação, ontem, do pacote econômico prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como 1º ato do novo “espetáculo do crescimento”. Aberto o embrulho, no entanto, confirmou-se a previsão de um conteúdo medíocre, mal disfarçado pela mistura de investimentos do governo, de estatais e do setor privado - alguns prometidos, outros programados e alguns não mais que desejados. A decisão de inflar o pacote, para torná-lo mais vistoso e mais volumoso - papel aceita tudo -, já bastaria para deixar desconfiados até os otimistas. Mas o conjunto é ainda mais preocupante, porque traz marcas de velhas experiências custosas e malsucedidas".
Comentários
Postar um comentário