No Brasil, há uma malandragem contra a qual quase ninguém se insurge: trata-se do preço pago à vista no comércio ser o mesmo do preço parcelado. Isso significa que o preço à vista incorpora os juros que só poderiam ser cobrados, como são, no preço a prazo.
No Estadão de hoje, leio uma entrevista com o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, que é um dos poucos que insiste em denunciar o absurdo.
Transcrevo:
Em resumo: trata-se de um roubo de bilhões.
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No Estadão de hoje, leio uma entrevista com o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, que é um dos poucos que insiste em denunciar o absurdo.
Transcrevo:
... o que mais agride hoje meu sistema nervoso é o que fazem as redes de varejo no Brasil. É uma maluquice. Eles [os comerciantes varejistas] não mostram o preço à vista - e criam uma situação para parecer que ele é igual ao valor parcelado em 20 ou 30 vezes. Em qualquer lugar do mundo, preço à vista é diferente de preço a prazo. Logo no Brasil, com as taxas de juros que temos, o preço é o mesmo? O que se faz é embutir os juros no preço à vista e criar a impressão de que ele é igual à soma das parcelas. Estão sonegando do consumidor brasileiro a informação verdadeira e salutar, evitando que ele tome ciência do que significa abrir um crediário. No fundo, boa parte do varejo no Brasil é apenas um conjunto de financeiras disfarçadas.
Em resumo: trata-se de um roubo de bilhões.
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