Maria Fernanda Guimarães | A fascinante, pouco pesquisada e venturosa vida do Bacharel de Cananeia é o tema do livro "O Apátrida", do jornalista e escritor Júlio Moredo.
A pesquisa histórica — não apenas de fatos, mas da sociedade do linguajar e dos hábitos do século XVI — na Europa são o forte desse romance que narra com empolgação a provável trajetória de Cosme Pessoa Fernandes, o Bacharel de Cananeia.
As pessoas que se interessam o mínimo pela História do Brasil já ouviram falar do Bacharel de Cananeia, cuja vida é cheia de venturas e desventuras, mistérios e lacunas.
A pesquisa histórica — não apenas de fatos, mas da sociedade do linguajar e dos hábitos do século XVI — na Europa são o forte desse romance que narra com empolgação a provável trajetória de Cosme Pessoa Fernandes, o Bacharel de Cananeia.
As pessoas que se interessam o mínimo pela História do Brasil já ouviram falar do Bacharel de Cananeia, cuja vida é cheia de venturas e desventuras, mistérios e lacunas.
Foi para preencher essas lacunas e dar voz aos mistérios que Júlio Moredo empreendeu uma deliciosa pesquisa em arquivos coloniais e recorreu à imaginação para rechear seu romance com as aventuras do Bacharel. As verossimilhanças não foram apenas fabuladas, mas apoiadas em investigação histórica. Assim, sociedade, linguajar, hábitos e cultura no Brasil do século XVI foram muito baseados em relatos de viajantes.
O resultado é um romance para ler numa enfiada. A gente começa e não consegue parar, pois, os fatos vão se sucedendo num enredo eletrizante.
O livro é delicioso de ler, pois Júlio é um excelente contador de causos. “Nasci em 1478 na vila raiana de Miranda. Chamo-me Cosme Fernandes, mas entre as autoridades penais de meu país e companheiros de cela duma infernal ilha etíope na Guiné fui cognominado como O Bacharel, talvez por ter estudado em Castela e atuado como ouvidor em Lisboa. Nunca o saberei. ” Pronto, em um parágrafo já temos todos os ‘quem, quando, como, onde, para quê e porquê’. Assim se inicia o livro: direto, claro, instigante.
Além dos méritos da pesquisa e da opção por um texto cujo linguajar fica entre o de época e o contemporâneo — o que torna a leitura estimulante — o livro tem o mérito de reconstruir fatos da História do Brasil.
O resultado é um romance para ler numa enfiada. A gente começa e não consegue parar, pois, os fatos vão se sucedendo num enredo eletrizante.
O livro é delicioso de ler, pois Júlio é um excelente contador de causos. “Nasci em 1478 na vila raiana de Miranda. Chamo-me Cosme Fernandes, mas entre as autoridades penais de meu país e companheiros de cela duma infernal ilha etíope na Guiné fui cognominado como O Bacharel, talvez por ter estudado em Castela e atuado como ouvidor em Lisboa. Nunca o saberei. ” Pronto, em um parágrafo já temos todos os ‘quem, quando, como, onde, para quê e porquê’. Assim se inicia o livro: direto, claro, instigante.
Além dos méritos da pesquisa e da opção por um texto cujo linguajar fica entre o de época e o contemporâneo — o que torna a leitura estimulante — o livro tem o mérito de reconstruir fatos da História do Brasil.
Como a Guerra do Iguape, não a primeira batalha com armas de fogo da nossa história. Mas a primeira guerra com pólvora de todo o continente americano.
Para não cair no spoiler, informo que se trata de história de aventura, amor, sexo, desterro, violência, ganância, cobiça. Todos os ingredientes de um grande romance. Com a diferença que este é bem real. Afinal, nossa história é lotada exatamente desses ingrediente.
Para não cair no spoiler, informo que se trata de história de aventura, amor, sexo, desterro, violência, ganância, cobiça. Todos os ingredientes de um grande romance. Com a diferença que este é bem real. Afinal, nossa história é lotada exatamente desses ingrediente.
Devido às poucas inserções dos autores brasileiros em romances históricos, salvo os já celebrados (que vão de José de Alencar e Bernardo Guimarães, Érico Veríssimo, Dinah Silveira de Queiroz, Ana Miranda e Letícia Wierzchowski, para incluir as corajosas mulheres), os brasileiros conhecem mais a história de Pocahontas do que a de Paraguaçu, mais a corrida do ouro na Califórnia do que a de Ouro Preto.
A lacuna vem sendo preenchida por jornalistas que se dedicam à pesquisa e narrativa histórica, como Eduardo Bueno e Laurentino Gomes; os jornalistas e historiadores que são ótimos biógrafos como Lilia Moritz Schwarcz e Fernando Moraes, os historiadores reconhecidos que se aventuram na narrativa romanceada como Bóris Fausto e Mary Del Priore.
Não por acaso, o premiado romancista Antônio Torres,
ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL) é quem faz a apresentação na contracapa de O Apátrida de Júlio Moredo. Uma honra desfrutada por pouquíssimos iniciantes no romance. Ainda mais no histórico.
Serviço
O apátrida
a saga de um degredado no Novo Mundo
autor: Júlio Moredo
contracapa: Antonio Torres
orelha: Estêvão Azevedo
projeto gráfico: Antonio Kehl
acabamento: brochura
LIVRO: disponível em livrarias e na Editora Terceiro Nome
DIGITAL: disponível em Amazon | Google Play | Apple Books | Kobo
páginas: 192
formato: 14 x 21 cm
ISBN brochura: 978-65-87618-05-0
ISBN e-book: 978-65-87618-04-3
autor: Júlio Moredo
contracapa: Antonio Torres
orelha: Estêvão Azevedo
projeto gráfico: Antonio Kehl
acabamento: brochura
LIVRO: disponível em livrarias e na Editora Terceiro Nome
DIGITAL: disponível em Amazon | Google Play | Apple Books | Kobo
páginas: 192
formato: 14 x 21 cm
ISBN brochura: 978-65-87618-05-0
ISBN e-book: 978-65-87618-04-3
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