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Livro 'Ateísmo no Brasil' recupera um país que poucos conhecem

Todos os interessados em cultura, história brasileira e sobre um movimento pouco estudado deve ler o livro “O ateísmo no Brasil: os sentidos da descrença nos séculos XX e XXI”, independentemente de crer ou não em um deus.

Ricardo Oliveira da Silva, o autor do livro, tem credenciais para escrever sobre o assunto.

Ele é professor de história da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), onde deu o primeiro curso de ateísmo em uma universidade brasileira.


O livro resgata um pouco da história do jornal “A Lanterna”, que se destacou nos anos 30. Há quatro capítulos dedicados ao jornal anarquista e anticlerical.

O jornal paulistano combatia a influência que a Igreja Católica tinha no Governo Vargas, assim como, guardadas as devidas proporções históricas, os evangélicos pentecostais afrontam hoje o Estado laico, com o beneplácito interesseiro do presidente Bolsonaro, sem que haja uma publicação correspondente ao "Lanterna".

O livro tem um capítulo sobre “Ateísmo e laicidade do Estado”, um tema atualíssimo neste Brasil de um presidente que se elegeu com o slogan “Deus acima de todos”, exceto o coronavírus mortal, cujo combate só depende da ciência, como não poderia ser diferente.

Espera-se que no Brasil pós-Covid19 haja mais investimento na ciência, e o livro do professor Silva dedica algumas páginas ao “Ateísmo e ciência”.

Os ateus, hoje, são os maiores divulgadores da ciência em todo o mundo. No Brasil, destaca-se um nome: Drauzio Varella.

O livro, portanto, também nesse capítulo, é oportuno e momentoso.

"Ateísmo no Brasil" pode ser adquirido nesta página da Paco Editorial.


Com informação da editora.





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