Pular para o conteúdo principal

Trabalhadora acusa a empresa Morhena de demiti-la por intolerância religiosa

Uma funcionária de uma empresa de serviços de limpeza afirma ter sido vítima de intolerância religiosa porque foi demitida por raspar a cabeça.

Regina Santana da Silva Fernandes, 41, trabalhava desde junho de 2019 na filial de Cuiabá (Mato Grosso) do Empresa Morena de Parceria e Serviço.

Ela tinha acabado de se iniciar no terreiro de candomblé Ilê Axé Egbé Osogbo Omo Orisá Osun (Sociedade Espiritual dos filhos da Orixá Oxum), de Várzea Grande.

Em depoimento à Polícia Civil, Fernandes contou que, no banheiro, ao tirar a toca do uniforme, uma supervisora perguntou por que ela estava com a cabeça raspada, se era por causa de tratamento de câncer.

Fernandes disse que não era doença e a supervisora teria respondido: “Ah, entendi”.

Nove dias depois, foi demitida. Depois de esperar pr 2h30 para ser atendida pelo RH, uma gerente teria dito que a Fernandes que ela, além de ser negra, era “macumbeira” e que tinha de “procurar Deus para se salvar”.

A funcionária demitida disse que ia procurar a polícia, e a gerente afirmou que a empresa já respondeu vários processos e nunca perdeu nenhum.

.Fernandes está abalada psicologicamente e se encontra em tratamento de depressão.

A empresa, cujo nome fantasia é Morhena, se negou a falar com a imprensa sobre a suposta intolerância religiosa e disse que só vai se manifestar quando o caso estiver na Justiça.

Iyalorixá Edna de Oxum, presidente do Ilê Axé, informou que um advogado já está cuidando do caso.

“Estamos vivendo tempos difíceis de ataques às aos praticantes das religiões de Matriz Africana e de desrespeito ao nosso sagrado. Nós não vamos deixar essa situação impune.”

Em seu site, Morhena diz que "tem como princípio a valorização dos funcionários e incentivo à diversidade".

Se a empresa resolver se manifestar, ela terá aqui todo o espaço que quiser.
Com informação do site O Bom Da Notícia. do site da Morhena e de outras fontes.


Comentários

Emerson Santos disse…
Esse é o maior problema ... como empresa ... basta ela ter normas internas de vestimenta e asseio pessoal (Que com certeza tem, senão o RH não teria mencionado religião) ... que juiz nenhum vai aceitar o argumento de intolerância .. mesmo porque isso foi falado por uma funcionaria e não escrito ... dessa forma realmente a empresa nunca vai perder nenhum processo .. a não ser que a pessoa tenha um ótimo adevogado .. e não um simples defensor publico que no Brasil é tão fácil de ter acesso como um unicórnio.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Ignorância, fé religiosa e "ciência" cristã se voltam contra o conhecimento

Veja os 10 trechos mais cruéis da Bíblia

Oriente Médio não precisa de mais Deus. Precisa de mais ateus

Entre os 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos

Vídeo mostra adolescente 'endemoninhado' no chão. É um culto em escola pública de Caxias

Malafaia divulga mensagem homofóbica em outdoors do Rio

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está veiculando em 600 outdoors do Rio uma mensagem homofóbica: “Em favor da família e preservação da espécie. Deus fez macho e fêmea”. [reprodução acima] Talvez seja a primeira campanha de outdoor feita no país contra a homossexualidade. Ele disse que, com essa mensagem, pretende “despertar o povo de Deus para a gravidade” de projetos de leis que tramitam no Congresso Nacional e em Assembleias Estaduais em favor dos homossexuais. Recentemente, ao comentar a proposta da legalização da união de pessoas do mesmo sexo, ele partiu para o deboche. Disse que, se é para chancelar o vale-tudo, que se coloque também na lei a relação sexual com animais e com cadáveres. Em seu site, o pastor escreveu que “não podemos ficar de braços cruzados diante desse quadro desafiador”. REAÇÃO - atualização em 9 de outubro de 2010 Cerca de 30 pessoas dos grupos Liberdade e Gay Atitude de São Gonçalo estão manchando os outdoor

Aquecimento do oceano impacta distribuição de corais e ameaça espécies da costa brasileira