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Suspensão da merenda escolar deixa estudantes mais pobres sem comida

Deutsche Welle    Em meio à suspensão do calendário escolar para combater a pandemia de Covid-19, muitos profissionais da educação se perguntam como fica a alimentação daqueles que dependem da comida da escola.

De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável por repassar os recursos para alimentação escolar, a merenda beneficia 41 milhões de estudantes, da creche até a educação de jovens e adultos — o orçamento anual é de R$ 4 bilhões.

PROFESSORES ESTÃO
PREOCUPADOS COM A
DEMORA DO GOVERNO
EM TER UMA SOLUÇÃO

É difícil saber quantos desses alunos dependem da merenda como principal refeição do dia. Há indicativos, entretanto, de quantos vivem em famílias mais pobres.

Dados de 2019 mostram que cerca de 14 milhões de alunos são beneficiados pelo programa Bolsa Família.

De acordo com levantamento da Fundação Abrinq, o Brasil tem 9 milhões de crianças e adolescentes em situação de extrema pobreza.

Há 24 anos na rede pública de São Paulo, a professora Anedi Costa de Oliveira observa que cerca de 15% dos alunos "só comem na escola".

"Acompanho meus alunos nas refeições. Há os que repetem três vezes o almoço."


Ela está preocupada com a demora das autoridades em encontrar uma solução em meio à crise do novo coronavírus.

"Muitos falam que a Covid-19 veio para todos, iguala pobre e ricos. Não, definitivamente não. Alunos de colégios chiques estão bem guardados em casa, com família, com alimentos, brinquedos e trabalhos em educação à distância sendo feitos em seus computadores", observa.

"Ser pobre e ter pela frente uma pandemia deixa tudo é mais difícil. Nossas periferias estão à espera de um milagre."

Pediatra e consultor da Fundação Abrinq, Yechiel Moises Chencinski disse à DW Brasil que há uma preocupação com a manutenção da alimentação das crianças nestes tempos sem aulas.

"Este é um momento de especial cuidado, pois a alimentação infantil é fundamental para o desenvolvimento adequado das crianças", enfatiza.

"Toda a rotina de nutrientes e preparo deve ser mantida."

Questionado pela reportagem, o FNDE afirma que "mesmo com a suspensão das aulas na maior parte do país, a alimentação escolar continuará a ser disponibilizada aos estudantes". Mas ainda não há um consenso sobre como será a logística disso.

"Neste momento, o FNDE e o Ministério da Educação, no âmbito do Comitê Operativo de Emergência, discutem a melhor alternativa para que isso ocorra", informa a instituição, em nota.

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.



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