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Mostrando postagens com o rótulo economia

Google lança ferramenta para agências de publicidade

O Google lançou hoje o Ad Planner, um coletor de informações sobre a audiência da internet, concorrendo assim com o Nielson Online Hitwise e Quantcast. A ferramenta se destina às agências de publicidade e mídia, para que possam planejar a inserção de anúncios dirigidos a públicos específicos. Mas também fornece a blogueiros e proprietários de sites em geral subsídios para que possam mais bem adequar o seu conteúdo à tendência da audiência ou a nichos de mercado. Quando a notícia foi divulgada pela manhã, o acesso ao Ad Planner estava restrito a quem enviasse solicitação à Google para ser usuário beta. A liberação a todos da ferramenta ocorrerá nos próximos dias ou ainda hoje mesmo. O endereço do serviço é http://www.google.com/adplanner . É preciso ter um conta Google. Eu tive acesso ao Ad Planner à tarde e estou ainda  examinando as suas funcionalidades. Ele foi traduzido em cerca de 20 idiomas, incluindo o português. Mas nem todas as traduções estão ainda disponíveis, pelo men

Madeireira de sueco é multada por derrubar 230 mil árvores na Amazônia

A madeireira Gethal Amazonas, de Johan Eliasch, o multimilionário sueco que diz ter na Amazônia 1.600 hectares, foi multada pelo Ibama em R$ 381 milhões por extração ilegal e transporte de aproximadamente 700 mil metros cúbicos de madeiras. Isso equivale a 230 mil árvores. A informação é da Agência Brasil. Em 2005, a madeireira assinou termo comprometendo-se a apresentar certidões de posse e certificado de regularidade de propriedades, o que não fez até agora. Recentemente, Eliasch deu entrevista ao Fantástico (ver abaixo). Nela, ele diz que tem toda a documentação da aquisição de suas terras na Amazônia.  “Gosto de árvores”, disse. Pelo jeito, ele gosta de árvores, sim, mas para derrubá-las. Na entrevista, ele não disse (nem lhe foi perguntado) que tinha madeireira na Amazônia. Pelas investigações da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o sueco é sócio oculto de duas ou três madeireiras da região. Funcionários do Incra e da Procuradoria Federal Especializada vão verifi

Conglomerados da mídia raptaram a internet

Em entrevista ao Estadão de domingo, Ignácio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique, disse que a internet, embora seja tida como um meio de manifestação dos cidadãos, está sendo absorvida pelos conglomerados da mídia. Disse: "Todos podemos abrir um blog, que nos permite falar com todo o planeta. Mas na realidade, se consideramos o ranking dos sites de informação mais freqüentados em qualquer país, vemos que os primeiros lugares são ocupados por empresas de mídia que domina a informação nesse país. Por isso, a internet só veio reforçar o poderio desses conglomerados". Uma péssima notícia, segundo ele. Ramonet observou que a preocupação desses conglomerados não é como a qualidade da informação. Nem sequer com a veracidade, acrescentou, porque o interessa (é uma obsessão) é só a rentabilidade da empresa, o que explica a prioridade que tem sido dada à informação-espetáculo, desprezando-se a formação e a educação dos cidadãos. Falou: "O que importa é um

Sueco nega intenção de comprar a Amazônia

O multimilionário sueco Johan Eliasch nega que esteja comprando aos poucos a Amazônia. Ele tem na região, nos municípios de Manicoré e Itacoatiara, cerca de 1.600 hectares. Tal extensão corresponde ao tamanho da cidade de São Paulo, onde moram 10 milhões de pessoas. Ele comprou essas terras em 2005 porque “gosta de árvores”, conforme disse em entrevista ao Fantástico que foi ao ar ontem. A sua intenção e da ONG à qual está ligado, afirmou, é ajudar a preservar a Amazônia, mas há informação de que ele tem investimento em madeireiras na região. Por causa da precariedade dos registros de compra de terras, o governo brasileiro não tem controle sobre os grandes donos de terras na Amazônia. O presidente do Iteam (Instituto de Terras do Amazonas), Sebastião Nunes, duvida que uma única pessoa, o Eliasch, tenha tanta terra. Investigações preliminares da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) apuraram que não há na Amazônia terras em nome de Eliasch, embora o empresário garanta que

União deixa de arrecadar R$ 1 bi com a renúncia fiscal de igrejas

por Denize Bacoccina , da BBC Brasil   A renúncia fiscal oferecida pela legislação brasileira às igrejas e templos religiosos deverá chegar a R$ 930,9 milhões em 2008, segundo previsão da Receita Federal. Em 2004, o último ano com dado fechado, a renúncia fiscal representou R$ 554,5 milhões somente com três impostos federais – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, Contribuição Sobre o Lucro Líquido e Cofins. Naquele mesmo ano, de acordo com os dados da Receita Federal, a atividade religiosa gerou uma receita de R$ 9,1 bilhões. Segundo a Receita Federal, de 2000 a 2004 a renúncia fiscal das igrejas e templos cresceu 34%. A estimativa é de que deva quase dobrar entre 2004 e 2008. Para 2007, a previsão é de que a renúncia fiscal represente R$ 866,9 milhões. O coordenador-geral de Previsão e Análise de Receitas da Receita Federal, Raimundo Elói de Carvalho, afirma que as previsões são baseadas nas estimativas de crescimento dessas receitas em outros segmentos da economia, que p

Governo dá incentivo às igrejas via renúncia fiscal, diz economista

por Denize Bacoccina , da BBC Brasil Néri diz que as igrejas fazem  o que o Estado deixa de fazer O economista Marcelo Néri (foto), do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que o Estado subsidia as igrejas por meio da isenção fiscal. “A renúncia fiscal de alguma forma é um subsídio, porque a igreja faz o que o Estado não faz”, diz o economista, autor de um estudo que analisa as doações às igrejas. Segundo Néri, a isenção fiscal a entidades religiosas perpetua a influência religiosa nas comunidades mais carentes, justamente as que mais contribuem com os dízimos. Dados da Receita Federal mostram que a atividade religiosa gerou uma receita de R$ 9,1 bilhões em 2004 (último dado disponível), com uma renúncia fiscal equivalente a R$ 554 milhões naquele ano. “O dízimo é pago principalmente pelos pobres em áreas onde há forte ausência do Estado – classes C e D, que vivem nas periferias das grandes cidades. Com a renúncia fiscal, o Estado não só

Carrefour indenizará consumidor chamado de 'ladrãozinho'

Um consumidor teve o azar de entrar em uma loja do Carrefour do Distrito Federal com um livro envolvido dentro de um jornal. Em uma gôndola, ele examinou exemplar do mesmo livro, para comparar o preço. Ao sair da loja, ele foi acusado por um funcionário de “ladrãozinho de livro", sendo encaminhado a uma Delegacia de Polícia. Era maio de 2005. Agora, o juiz 12ª Vara Cível de Brasília condenou o Carrefour a pagar ao consumidor a indenização de R$ 35 mil por danos morais. O consumidor provou que tinha comprado o livro na Livraria Nobel por intermédio do cartão Visa Eletro – tudo devidamente registrado. A informação é do site Última Instância . O Carrefour poderá recorrerá da decisão, mas essa causa ele já perdeu. Se recorrer, será para pagar indenização de valor menor. Seria uma atitude sensata se o Carrefour não recorresse, o que demonstraria respeito que tem para com o consumidor e reconhecimento de que o seu funcionário errou. Com um amigo meu ocorreu algo parecido.

Bancos abusam em reajustes de 150% nas tarifas

Do blog de Maria Inês Dolci : No dia 6 de dezembro quando o governo anunciou que daria quase cinco meses para os bancos padronizarem os nomes das tarifas e definir os valores que não poderiam mudar por seis meses, já alertava aqui no blog, que os clientes corriam o risco de uma tarifaço nesse período. E defendia que as medidas fossem adotadas logo. Por isso, não foi novidade os índices divulgados pela própria Febraban ontem, como o caso do Banco Safra, em que houve alta de 150% na tarifa do talão de cheque. O Itaú, por exemplo, vai subir de R$ 15 para R$ 150 a tarifa para confecção de cadastro de novos clientes. O Unibanco, que nada cobra pela abertura de conta, passará a pedir R$ 120 no final do mês. E outra observação: pela lei que criou o Plano Real, os contratos só podem ser reajustados uma vez por ano. Por que para tarifa bancária o prazo pode ser menor? Cabe ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Banco Central coibir esses absurdos, pois há indícios de formaç

Bancos ainda negligenciam atendimento a correntistas

Lucros enormes e péssimo atendimento Embora os bancos estejam tendo lucros astronômicos, eles não estão dispostos a investir em um melhor atendimento aos usuários. São fominhas demais. No ano passado, o CMN (Conselho Monetário Nacional) obrigou a cada um deles a criar uma ouvidoria que tivesse uma linha 0800 (com ligação gratuita), a resolver problemas de correntistas em no máximo 30 dias e a criação de um banco de dados com as queixas dos clientes ao qual os Procons teriam acesso. Além disso, foi reafirmado que os bancos teriam de cumprir o CDC (Código de Defesa do Consumidor). Havia um lobby no parlamento para excluí-los do código. Pois bem: leio n’O Globo de hoje que, oito meses depois, uma pesquisa mostra que metade das instituições financeiras criou a ouvidoria só para cumprir a determinação do CMN, porque, na prática, os correntistas continuam tão mal atendidos como antes. No entanto, veja só, os lucros bancários têm sidos os mais elevados dos últimos 20 anos. Ninguém pode ser c

Lula é o pai dos pobre e a mãe dos bancos

De Élio Gaspari, na Folha: Nosso Guia é o pai dos pobres e a mãe da banca. Em 2007, o lucro de 101 instituições financeiras nacionais chegou a R$ 45,4 bilhões, ou US$ 26 bilhões. Essa cifra é maior que o PIB de 121 das 230 nações do mundo. Se a banca brasileira fosse um país, seu lucro ficaria abaixo da Jordânia e acima do Paraguai. (Essa comparação baseia-se na Paridade do Poder de Compra.)

Diretores da Nestlé foram morar na favela. Só por uma semana

O presidente da Nestlé, Ivan Zurita, e demais diretores da empresa moraram uma semana em uma favela para entender os hábitos de consumo dos pobres. Eles não informaram a favela na qual ficaram, se de São Paulo ou do Rio, e se contaram com um esquema de segurança. Curiosa é a conclusão a que chegaram: o consumo dos favelados é muito diferente do consumo da classe média. Ah, vá! Eles já não sabiam?

Governo tenta impedir que bancos esfolem usuários

Vamos ver se agora vai acabar a farra dos bancos com as tarifas que cobram dos usuários. A partir de abril de 2008, as tarifas ficarão congeladas por seis meses. Por que a medida só vale a partir daquela data, e não desde já, não entendi. De qualquer forma, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu de 55 para 20 o número de tarifas básicas que podem ser cobradas pelos bancos das pessoas físicas. Isso não significa necessariamente que os gastos dos correntistas vão se reduzir drasticamente, porque algumas das tarifas extintas deverão incorporadas pelas 20 autorizadas. Os bancos vêm tendo lucros estratosféricos no governo Lula, do primeiro e do segundo mandato, graças, em boa parte, ao abuso na cobrança das taxas de serviços. Para os banqueiros, o Lula tem sido mãe de tetas fartas. Veja só: de acordo com a Folha de hoje, nos primeiros nove meses deste ano o faturamento dos bancos com as tarifas foi de R$ 40,8 bilhões, 17,2% a mais em relação ao mesmo período de 2006. Atente: a taxa de

"Paulo Amorim ganha R$ 80 mil por mês do lulismo"

Márcio Chaer, Paulo Amorim e Daniel Dantas Sob o título “Opinião tarifada: ataques de Paulo Henrique Amorim são patrocinados”, Márcio Chaer, do Consultor Jurídico, escreve que o conhecido jornalista recebe por mês R$ 80 mil para, no Portal IG e TV Record, alimentar “a batalha comercial do lulismo contra o banqueiro Daniel Dantas”, dono do Opportunity. A informação de que Amorim ganha R$ 80 mil do IG por mês já tinha sido divulgado na Veja por Diogo Mainardi. Chaer lembra o empenho (na verdade, uma briga de foice) dos fundos de pensão estatais e da Telecom Itália, acionistas da Brasil Telecom, para afastar Dantas da empresa brasileira. “Amorim está em uma lista de pessoas contratadas para afastar Daniel Dantas do comando da Brasil Telecom.” O caso é complicado: além de muito dinheiro, envolve propinas, tráfico de influência e espionagem. Numa simplificação, ele só tem “bandidos”. Chaer entrevistou a tradutora Luciane Araújo que tinha sido contratada por uma empresa de seguranç

Jornais caem em golpe de marketing do governo

Manchete hoje dos três principais jornais do país: > Folha: Petrobras anuncia megacampo de petróleo > Globo: Governo diz que descoberta fará o país virar exportador de petróleo > Estadão: Descoberta da Petrobras deve aumentar reservas em 50% Os três jornalões reproduziram a informação da Petrobras de que tinha sido descoberta enorme reserva de petróleo na Bacia de Santos, como a possibilidade de ter até 8 bilhões de barris. Embora esse óleo esteja em águas profundas, a produção deve começar em 2013, destacaram. Detalhe: dada como nova, a notícia é velha, de agosto de 2005. Foi amplamente divulgada na época. Agora, claro, a informação deveria ser publicada, mas não com o destaque que teve, mesmo que a Petrobras tenha revelado nova estimada da dimensão reserva. Interessa ao governo que haja neste momento um oba-oba em torno da reserva da Bacia de Santos, para tentar minimizar o fato de que o país está com dificuldade de abastecimento de gás. Hoje Lula se encontrou com o presiden

Parmalat mente sobre a qualidade de seu leite

Ontem, no supermercado, diante da prateleira de leite longa vida, fui surpreendido por uma jovem simpática a serviço da Parmalat que me abordou para me convencer que nunca houve nada de errado com o leite do fabricante. Ela me entregou um comunicado (reprodução acima) onde, entre outras coisas, se lê que “o Ministério da Agricultura confirmou o que a Parmalat sempre afirmou: que a tradicional qualidade dos leites e de todos o processo industrial da Parmalt atende ao seu Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade”. É mentira! Antes da descoberta da adulteração do leite longa vida, o Ministério da Agricultura e o da Justiça já sabiam que, de 57 marcas de leite longa vida e em pó que tinham sido analisadas em maio, em oito delas, entre as quais a Parmalat, apresentavam irregularidades: continham valor nutricional diferente do informado no rótulo. As demais marcas são Andrinse, Marajora (duas amostras), Cilpe, Lebon, Alimbra (da Parmalat) e Total. A Folha de hoje informa que as amostram

Leite contaminado. O que Parmalat tem a dizer?

Vocês já sabem, deu na tv e desde ontem está na internet: a Polícia Federal prendeu 27 pessoas suspeitas de fornecerem a várias marcas famosas leite contaminado com água oxigenada, soda cáustica, ácido cítrico, citrato de sódio, entre outras substâncias, para aumentar o prazo de validade. Leite que, só para constar, teve seu preço aumentado em mais de 70% nos últimos meses. Com isso, fica-se sabendo que empresas como a Parmalat não examinam a qualidade do leite de seus fornecedores. A fraude foi descoberta pelo laboratório do Ministério da Agricultura. A polícia investigava o caso havia quatro meses. O pior de tudo é isto: no final da história, ninguém vai pegar cadeia. E não duvido se a vaca for declarada com a culpada. > Defesa do consumidor.

Para Santander, Brasil é ‘fantástico’ e Lula, ‘sensacional’

A coluna da Mônica Bergamo, na Folha, conseguiu uma rápida entrevista com Emilio Botín (foto), presidente mundial do Santander, banco espanhol que acaba de comprar o brasileiro ABN Real e há alguns anos já tinha ficado com o Banespa. Botín está vislumbrado com o Brasil, “um país fantástico que teve o privilégio de contar com dois presidentes fantásticos: Fernando Henrique Cardoso e Lula, que é uma figura sensacional”. A felicidade do banqueiro tem uma explicação: nos últimos anos, o Santander, como outros bancos no país, teve lucros fantásticos. Nada tenho contra o lucro, seja ou não fantástico, porque pode ser convertido em financiamentos, novos empregos etc. Só me incomoda ter de pagar tarifas bancárias fantasticamente elevadas. xxx

Millôr: “Banqueiros nos assaltam sem sair de casa”

É por falar em banco (ler post abaixo), transcrevo uma das “10 nothas 10pudoradas” do Millôr, na Veja desta semana: Ainda vale citar Lenine: “O que é um assalto a um banco diante de um banco?” Ou é melhor melhorar Lenine? “O que é um assalto a um banco quando os bancos nos assaltam por meio de tarifas, tarifas, tarifas e registros contáveis misteriosos, até indecifráveis?” Sem que os banqueiros se arrisquem. Nos assaltam em casa. Sem sair de casa. Tenho a impressão de que a frase não é de Lenine, mas de Bertolt Brecht, e é assim: "O que é assaltar um banco comparado com fundar um?" Mas é possível que Lenine tenha dito coisa parecida. De qualquer maneira, trata-se de uma frase que permanece atual, principalmente no Brasil. O reajuste que as tarifas bancárias tiveram nos últimos anos é um roubo. Mas quem tem coragem de enfrentar os bancos, que são grandes anunciadores na mídia e financiadores de campanhas de políticos? xxx

Santander compra o Real e correntistas perdem

Como se sabe, o Santander comprou o Real e agora o banco espanhol é o terceiro maior do país em ativos, atrás do Banco do Brasil e do Bradesco. O Santander, portanto, superou o Itaú, que há anos faz esforço para ultrapassar o Bradesco. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o Santander vai estimular a concorrência. Tenho dúvida, porque se falou a mesma coisa quando o banco espanhol se instalou no Brasil, e nada ocorreu. Desde 2001, os reajustes das tarifas de serviços bancários subiram até 49.900% sem que o Banco Central se dignasse a dar um basta a esse abuso. Uma vergonha, um caso de polícia. Por que agora, com menos opções de instituições financeiras, as tarifas deveriam cair? O que é certo é que, com a compra do Real pelo Santander, os correntistas já saem perdendo logo de início, porque as tarifas cobradas pelo banco brasileiro eram, em média, menores do que as do seu concorrente espanhol. Em alguns casos, o Real não cobrava nada. Um exemplo: o Real não tinha taxa para a con

Vida útil do cortador de cana é menor do que a de escravo

O presidente Lula tem percorrido o mundo a anunciar a excelência do álcool da cana, combustível politicamente correto, porque não polui, além de ter um custo abaixo de outros biocombustíveis, como o etanol do milho produzido nos Estados Unidos. Lula não diz que o álcool brasileiro só tem um preço competitivo no mercado internacional porque os trabalhadores da cana-de-açúcar ganham uma miséria e são submetidos a condições desumanas. Uma vergonha. Na Folha de hoje, a professora Maria Aparecida de Moraes Silva, da Unesp e Universidade de Paris 1 (França), escreve sobre esses trabalhadores, que sempre foram a escória da escória. Destaco alguns pontos levantados pela professora. > Eles têm vida útil de 15 anos – menos do que os escravos da época do Brasil colônia. > São jovens entre 16 e 35 anos. > Longe de mulher e filhos, ficam confinados em barracos nas fazendas cerca de oito meses por ano. > No Estado de São Paulo, a maioria de um contingente de 200 mil é constituída por mig