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Morre o cronista Veríssimo, ateu para quem a vida era uma piada

Conhecido por sua inteligência afiada e humor refinado, morreu neste sábado, 30 de agosto, o cronista e escritor Luis Fernando Veríssimo, aos 88 anos. Deixou legado de personagens icônicos e um registro de sua visão de mundo, marcada pelo ateísmo.


Veríssimo, filho do escritor Erico Verissimo, nunca escondeu sua falta de crença em divindades. 

Suas posições sobre religião e ateísmo eram abordadas em crônicas e entrevistas, sempre com a leveza e a perspicácia que o caracterizavam. Há neste site algumas reflexões do escritor a respeito.



Em uma 
de suas
crônicas,
ele
questionou, 
com sua 
habitual 
ironia, a 
existência 
de um 
“céu para
ateus”. 

Nesse texto narra um encontro imaginário na porta do paraíso, onde o protagonista, um ateu convicto, é recebido por uma simpática recepcionista. 

Ao declarar não ter religião, ele se depara com a burocracia celestial e a ausência de um lugar específico para descrentes, em um texto que, na verdade, era uma crítica sutil à rigidez dogmática das instituições religiosas.

Luis Fernando Veríssimo tratava a questão da fé e da religião como uma escolha individual e, acima de tudo, uma “suposição”. 

Em outra crônica, ele refletiu sobre o “poder do que é, afinal, apenas uma suposição”, referindo-se à ideia de um Deus criador, que sobrevive aos “desafios da razão, independentemente de provas”.

A morte, para Veríssimo, era um tema a ser encarado com humor, ainda que resignadamente. 

“No fim, pensando bem, a vida é uma grande piada. Acontece tudo isso com a gente, e a gente morre… que piada, né? Que piada de mau gosto”, disse ele em entrevista, demonstrando sua visão descomplicada e realista sobre o fim da vida, desprovida de qualquer esperança em um paraíso ou vida após a morte.

> Com informação deste site e de outras fontes.

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