Pular para o conteúdo principal

Pastores ameaçam a democracia com o uso político-partidário da religião, alerta sociólogo

José de Souza Martins afirma haver da parte de igrejas e seitas uma guerra que está corroendo o muro entre Estado e Igreja


Há pastores que transformaram suas igreja "em instrumentos" de destruição da democracia e da própria fé evangélica no Brasil, ao darem "o uso político-partidário da religião".

A afirmação é do sociólogo José de Souza Martins, professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP e professor da Cátedra Simón-Bolivar, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Existem no Brasil um ataque religiosos às instituições democráticas "por igrejas e seitas cuja concepção de fé é a de uma fé de guerra santa contra as demais visões do mundo", afirmou o professor em artigo no jornal "O Valor".

"Isso reduziu o espaço da legitimidade das igrejas protestantes históricas", escreveu ele, havendo a expansão de "religiões de intolerância e do conflito social, ideológico e político".

Essa "guerra" inclui a desmoralização da laicidade do Estado, com a instituição, por exemplo, de ritos cristãos em câmaras municipais, como tem denunciado, destacou o professor, o jornalista Eduardo Banks, autor de representações ao Ministério Público para se cumpra a separação entre o Estado e a Igreja em cidades paulistas como Araraquara, Araçatuba, Itapecerica da Serra, São Carlos e Rio Preto.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Entre os 10 autores mais influentes de posts da extrema-direita, 8 são evangélicos

Cartunista Laerte anuncia que agora não é homem nem mulher

Malafaia divulga mensagem homofóbica em outdoors do Rio

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça

Evangélico 'enviado de Cristo' dá marretadas em imagem de santa

Ateu, Chico Anysio teve de enfrentar a ira de crentes

Sam Harris: não é Israel que explica as inclinações genocidas do Hamas. É a doutrina islâmica