Pular para o conteúdo principal

Parceria coronavírus-Bolsonaro já matou mais de 400 mil brasileiros

> PAULO LOPES
jornalista

O presidente Jair Bolsonaro é o grande parceiro do coronavírus, o que explica a marca registrada hoje de mais de 400 mil mortos pela Covid-19.

Uma a cada cinco mortes no Brasil desde março de 2020 foi causada pela doença. Todos os brasileiros têm pelo menos uma pessoa que morreu da doença. Têm um avô ou mãe, pai, filho, tio, amigo, um amigo de um amigo, uma pessoa conhecida.

Todos temos uma pessoa que já perdeu a vida pela Covid-19 ou que ainda vai morrer. Qualquer um pode se tornar em uma vítima fatal por causa da falta de hospitais e vacinas. 

Com negacionismo e desprezo total pela ciência, Bolsonaro ajudou e tem ajudado o vírus a se reproduzir, mesmo diante da escala alarmante da tragédia.

Parece que nada detém o vírus e o Bolsonaro.

O coronavírus faz o que todo vírus faz, se reproduz, com variantes cada vez mais eficazes, como Darwin demonstrou nos anos 1800.

Quando o vírus tem consequência mortal para os humanos, como é o caso, o mínimo do mínimo a se esperar de um governante é recorrer à ciência, para se colocar do lado da vida e contra o sofrimento e a desgraça.

Mas Bolsonaro fez exatamente o oposto. Aliou-se ao vírus, na expectativa de que isso mantivesse a economia, causando poucos danos ao seu governo.

O presidente mente, mente e mente, por maldade. 

Ele disse inicialmente que o coronavírus iria causar apenas uma "gripezinha", que a Covid-19 era um "mimimi" da imprensa.

Depois, Bolsonaro chegou a anunciar que a pandemia estava no fim e continuou a defender remédios sem eficácia e a não providenciar o essencial para a vítima do vírus: oxigênio.

Antes, em meados de 2020, Bolsonaro se recusou a comprar a vacina de um laboratório que lhe propôs uma generosa oferta do imunizante. Os países ricos ainda não tinham comprado toda a capacidade de produção de vacina dos laboratórios

Depois, o presidente desautorizou a compra da Coronavac porque a vacina é chinesa, além de chegar ao país pelo Butantan, um instituto do Estado de São Paulo, que é governado por um de seus adversários políticos, João Doria.

Como é possível no século 21 alguém agir dessa maneira, arriscando a vida de milhões de pessoas por motivos ideológicos e políticos? 

Mesmo pressionado, Bolsonaro, na essência, continua o que é, uma grave distorção de caráter. Ele se recusa a dar o exemplo do uso de máscara e promove diariamente aglomeração de pessoas, do jeito que o coronavírus gosta.

Nunca tantos brasileiros morreram por tanta falta de empatia. Não há um paralelo na história do país.

O presidente chegou até a tentar manipular a estatística dos registros dos mortos, o que levou a imprensa a se organizar para fazer o seu próprio levantamento. É desfaçatez sem limite. 

Bolsonaro é um criminoso, e a sociedade (destacando-se os políticos) vergonhosamente vem o mantendo em Brasília, no comando da pandemia, alimentando o coronavírus.  Por muito menos já houve impeachment no país.

Bolsonaro foi eleito legitimamente, sim, mas ele já deveria ter sido deposto pelos instrumentos da democracia e colocado em um hospício do sistema penitenciário. Quantas vidas isso teria poupado? Milhares, com absoluta certeza.

A natureza de Bolsonaro é a perversidade, isso sempre esteve claro. E o impressionante é que ele se tornou o líder de um bando de ensandecidos que conspiram contra a democracia.

É como se Bolsonaro também se comportasse como um vírus, se replicando entre nós — sem que o distanciamento social e o álcool possam minimizar essa cultura de ódio.

Ao lado dos malucos de Bolsonaro estão os oportunistas de sempre. Todos sabemos quem são eles, e nada se faz, desde outros governos.

A tragédia da Covid-19 é global, mas somente no Brasil, no momento, o coronavírus tem o apoio de uma autoridade que potencializa a doença.

Agora, Bolsonaro empurra o Brasil para o meio milhão de mortes. Para um milhão, daqui a um tempo.

A vida dos brasileiros nunca valeu grande coisa, é verdade, por causa da má distribuição de renda e da ladroagem dos políticos, mas agora passou a valer menos.

A dignidade da condição humana no país encontra-se em seu ponto mais baixo.

Médicos não têm direito de receitar remédios inúteis contra a Covid-19, afirma Drauzio Varella



Comentários

Emerson Santos disse…
o cara é mal carater .. OK .. mas no geral todo politico é ... se 100 gados votam num politico ... e ele eh eleito ...mas e se 1 gado votar ... ainda assim o sujeito é eleito (por essa lei eleitoral bizarra) ... entao 99% de gado pode sumir .. até o politico começar a se preocupar ... Eh assim que a coisa funciona no brasil, Bolsonaro é apenas mais uma das piadas politicas de mal gosto que definem o país e a maioria do seu povo..
Além de mal caráter, tem TDO (transtorno desafiador opositor). Nem ele próprio, nem pessoas próximas infectadas o alterou. Até a Versamune, que poderia ser utrilizada para se promover, cortou investimentos. Apegou-se à cloroquina e uns outros, como "tratamento" para Covid-19.
Ele reflete muito bem a parcela significativa da população brasileira: nem aí com o próximo, nem com o País, adora hipocrisia, intolerante, crédula no pensamento mágico, corrupta, idólatra de politico. Reflexo logicamente de governos anterioes que nunca levaram a Educação Básica à sério.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Limpem a boca para falar do Drauzio Varella, cristãos hipócritas!

Feliciano manda prender rapaz que o chamou de racista

Marcelo Pereira  foi colocado para fora pela polícia legislativa Na sessão de hoje da Comissão de Direitos Humanos e Minoria, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na foto, mandou a polícia legislativa prender um manifestante por tê-lo chamado de racista sob a alegação de ter havido calúnia. Feliciano apontou o dedo para um rapaz: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”. Marcelo Régis Pereira, o manifestante, protestou: “Isso [a detenção] é porque sou negro. Eu sou negro”. Depois que Pereira foi retirado da sala, Feliciano disse aos manifestantes: “Podem espernear, fui eleito com o voto do povo”. O deputado não conseguiu dar prosseguimento à sessão por causa dos apitos e das palavras de ordem cos manifestantes, como “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”. Jovens evangélicos manifestaram apoio ao ...

Deputado gay é ameaçado de morte no Twitter por supostos evangélicos

Resposta do deputado Jean Wyllys O militante gay e deputado Jean Wyllys (PSOL) recebeu hoje (18) pelo Twitter três ameaças de morte de supostos evangélicos. Diz uma delas: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer". Outra: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". A terceira: “"A morte chega, você não tarda por esperar".  O deputado acredita que as ameaças tenham partido de fanáticos religiosos. “Esses religiosos homofóbicos, fundamentalistas, racistas e enganadores de pobres pensam que me assustam com ameaças de morte!”, escreveu ele no Twitter. Wyllys responsabilizou os pastores por essas “pessoas doentes” porque “eles as conduzem demonizando minorias”. Informou que vai acionar as autoridades para que os autores da ameaça seja penalizados. Escreveu: "Vou recorrer à Justiça toda vez que alguém disseminar o ódio racista, misógino e homofóbico no Twitter, mesmo que seja em nome de seu deus". Defensor da união civi...

Prefeito de São Paulo veta a lei que criou o Dia do Orgulho Heterossexual

Kassab inicialmente disse que lei não era homofóbica

Promotor nega ter se apaixonado por Suzane, mas foi suspenso

Gonçalves, hoje com 45 anos, e Suzane quando foi presa, 23 No dia 15 de janeiro de 2007, o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves (foto), 45, em seu gabinete no Ministério Público em Ribeirão Preto e ao som de músicas românticas de João Gilberto, disse a Suzane Louise Freifrau von Richthofen (foto), 27, estar apaixonado por ela. Essa é a versão dela. Condenada a 38 anos de prisão pela morte de seus pais em outubro de 2002, a moça foi levada até lá para relatar supostas ameaças de detentas do presídio da cidade. Depois daquele encontro com o promotor, ela contou para uma juíza ter sido cortejadar.  Gonçalves, que é casado, negou com veemência: “Não me apaixonei por ela”. Aparentemente, Gonçalves não conseguiu convencer sequer o Ministério Público, porque foi suspenso 22 dias de suas atividades por “conduta inadequada” e por também por ter dispensado uma testemunha importante em outro caso. Ele não receberá o salário correspondente a esse período. O Fantástico de ontem apre...

Pastor da Frente Parlamentar quer ser presidente do Brasil

Feliciano sabe das 'estratégias do diabo' contra um presidente cristão O pastor Marco Feliciano (foto), 41, do Ministério Tempo de Avivamento, disse sonhar com um Brasil que tenha um presidente da República que abra o programa “Voz do Brasil” dizendo: “Eu cumprimento o povo brasileiro com a paz do Senhor”.  Esse presidente seria ele próprio, conforme desejo que revelou no começo deste ano. Feliciano também é deputado federal pelo PSC-SP e destacado membro da Frente Parlamentar Evangélica. Neste final de semana, após um encontro com José Serra (PSDB), candidato a prefeito de São Paulo, Feliciano falou durante um culto sobre “as estratégias do diabo” para dificultar o governo de um "presidente cristão":  "A militância dos gays, a militância do povo que luta pelo aborto, a militância dos que querem descriminalizar as drogas". Como parlamentar, Feliciano se comporta como se o Brasil fosse um imenso templo evangélico. Ele é autor, entre outros, do p...

Físico afirma que cientistas só podem pensar na existência de Deus como hipótese

Orkut tem viciados em profiles de gente morta

Uma das comunidades do Orkut que mais desperta interesse é a PGM ( Profile de Gente Morta). Neste momento em que escrevo, ela está com mais de 49 mil participantes e uma infinidade de tópicos. Cada tópico contém o endereço do profile (perfil) no Orkut de uma pessoa morta e, se possível, o motivo da morte. Apesar do elevado número de participantes, os mais ativos não passam de uma centena, como, aliás, ocorre com a maior parte das grandes comunidades do Orkut. Há uma turma que abastece a PGM de informações a partir de notícias do jornal. E há quem registre na comunidade a morte de parentes, amigos e conhecidos. Exemplo de um tópico: "[de] Giovanna † Moisés † Assassinato Ano passado fizemos faculdade juntos, e hoje ao ler o jornal descubri (sic) que ele foi assassinado pois tentou reagir ao assalto na loja em que era gerente. Tinha 22 anos...” Seguem os endereços do profile do Moisés e da namorada dele. Quando o tópico não tem o motivo da morte, há sempre alguém que ...