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Mostrando postagens com o rótulo ditadura militar

Itaipu, grande obra da ditadura: assassinato, operários mortos e 43 mil acidentes

Agência Brasil omite presença de Bolsonaro em ato antidemocrático

Ao noticiar que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para apurar uma possível violação da Lei de Segurança Nacional em atos no domingo (19), a Agência Brasil omitiu que o presidente Jair Bolsonaro participou em um deles, em Brasília. Governista, Aras foi pressionado por ministros do Supremo a tomar uma iniciativa para apurar que são os organizadores das manifestações a favor da volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso e daquela corte, com a manutenção de Bolsonaro na presidência O presidente incentivou os manifestantes com palavras de ordem, como “não vamos negociar [com o Congresso]” [vídeo abaixo]. A Agência Brasil, na notícia sobre o pedido de inquérito pelo Procurador-Geral, não mencionou Bolsonaro, como se ele não estivesse tido ali, embora o fato já tivesse sido amplamente divulgado pela imprensa. Pago pelos brasileiros, esse serviço de informação deveria ter imparcialidade porque não é um ór

Embora o Brasil seja país laico, feriados religiosos paralisam a Justiça

  O presidente Castelo  Branco, da ditadura militar, sancionou lei 5.010/66 criando a Justiça Federal e incorporando os feriados  religiosos aos forenses do site Migalhas Brasil está prestes a completar 130 anos de sua proclamação republicana. Desde 1889, diversas mudanças significativas no sistema político e social aconteceram na história brasileira, entre elas, a separação definitiva do Estado e a religião. Em 1890, Rui Barbosa redigiu o decreto 119-A/1890 , que determinava a proibição de intervenções de autoridades Federais e dos Estados em matérias religiosas. A partir daquele ano, estava decretada a plena liberdade de cultos. A Constituição de 1891, primeira desde a República, foi o primeiro marco, ao nível constitucional, para a separação da religião e Estado. Tal separação foi mantida ao longo das Constituições brasileiras, incluindo a atual Carta Magna de 1988. Embora o país seja um Estado laico, há diversos feriados Federais com motivação religiosa, sendo alguns

Pastor vira réu por incinerar 12 cadáveres quando foi delegado da ditadura

A Justiça Federal passou a ter o pastor da Assembleia de Deus Cláudio Antônio Guerra , 79, como réu sob a acusação de ele ter incinerado 12 cadáveres quando atuou como delegado de polícia da ditadura militar (1964-1985).

Em missa de militares, bispo diz que gostaria de ter dado veneno de rato a Caetano

Dom Galvão celebrou  no dia 31 de março  missa para generais Ao celebrar uma missa pelo 55º aniversário do golpe de 1964, no dia 31 de março, o bispo J osé Francisco Galvão (foto) disse que gostaria de ter dado “veneno de rato ao Caetano”, por ser o autor de músicas como “É proibido proibir” [vídeo abaixo]. A informação foi publicada pela "Veja", mas o bispo nega que tenha feito tal afirmação e que a missa foi para marcar a passagem da tomada do poder pelos militares. À missa celebrada na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília, compareceram generais e a viúva do coronel Brilhante Ustra, um torturador da ditadura , de acordo com denúncias de vítimas. Dom Galvão rebateu "Veja" dizendo que a cerimônia foi uma “ação de graças unicamente pelas promoções dos oficiais generais do Exército Brasileiro”. De acordo com a revista, as palavras exatas do bispo foram: “Tem um imbecil que nos anos 70 cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar veneno d

Pais e alunos criticam censura de colégio católico a livro anti-ditadura

Pais, alunos e ex-alunos do Colégio Santo Agostinho, do Rio, protestaram na tarde de hoje (5 de outubro de 2018) contra a censura da escola ao livro “Meninos sem pátria ”, de Luiz Puntel.

Morre dom Paulo Arns, o cardeal que enfrentou a ditadura militar

Morreu hoje (14 de dezembro de 2016) em São Paulo o cardeal dom Paulo Evaristo Arns (foto).

Torturados contam como religiões ajudaram ditadura

Parte da Igreja Católica  foi conivente por  Cristina Indio do Brasil da Agência Brasil O golpe de 1964 no Brasil teve apoio de parcelas importantes das igrejas. Essa foi uma das conclusões da segunda série de depoimentos, na terça-feira (17), durante audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e da Comissão Estadual da Verdade, na sede Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (Caarj), no centro da capital fluminense. A educadora Letícia Cotrim, o pastor emérito presbiteriano Zwinglio Motta e o pastor luterano Mozzart Noronha relataram experiências que vivenciaram durante a ditadura militar. Letícia ficou presa por 14 dias no Destacamento de Operações de Informações  —  Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi)  —   uma semana no quartel da Polícia Militar no centro do Rio e um mês e três dias em um quartel do Exército em Petrópolis, na região serrana fluminense. Apesar de ter recebido apoio de integrantes de destaque da Ig

Vaticano foi cúmplice do golpe no Chile, revela Wikileaks

do portal EBC Igreja ajudou a derrubar Allende e depois apoiou a ditadura militar  O Wikileaks publicou hoje (8) quase dois milhões de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, que datam dos anos 70, incluindo vários que revelam a cumplicidade do Vaticano no golpe em 1973 de Estado contra Salvador Allende (foto)  no Chile e sua colaboração e apoio à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Um dos documentos, datado de 18 de outubro, revela que o então substituto do secretario de Estado Vaticano, Giovanni Benelli, expressou a diplomáticos dos EUA “sua grande preocupação, e do papa Paulo VI, pela exitosa campanha internacional esquerdista para falsear completamente as realidades da situação chilena”. Segundo o documento, o então secretário de Estado do Vaticano saiu em defesa dos golpistas perante o corpo diplomático nos Estados Unidos e qualificou de propaganda comunista as denúncias sobre as violações aos direitos humanos da ditadura de Augusto Pinochet (1973

Comissão vai apontar religiosos que ajudaram a ditadura

Pinheiro disse ser importante revelar quem colaborou com os militares A Comissão Nacional da Verdade criou um grupo para investigar padres, pastores e demais sacerdotes que colaboraram com a ditadura militar (1964-1985), bem como os que foram perseguidos. “Os que resistiram [à ditadura] são mais conhecidos do que os que colaboraram”, afirmou Paulo Sérgio Pinheiro (foto), que é o coordenador desse grupo. “É muito importante refazer essa história." Ele falou que, de início, o apoio da Igreja Católica ao golpe de Estado “ficou mais visível”, mas ela rapidamente se colocou em uma “situação de crítica e resistência.” O bispo Carlos de Castro, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, admitiu que houve pastores que trabalharam como agentes do Dops, a polícia de repressão política da ditadura. Mas disse que nenhuma igreja apoiou oficialmente os militares. No ano passado, a imprensa divulgou o caso do pastor batista e capelão Roberto Pontuschka. De dia ele co

Comissão indeniza vítima da ditadura delatada por pastores

Padilha foi denunciado por dois pastores metodistas A Comissão de Anistia concedeu hoje (22) indenização a Anivaldo Padilha (foto), 72, por ter sido vítima da ditadura militar (1964-1985). Na época, ele foi denunciado às forças da repressão pelo pastor José Sucasas Jr. e bispo Isaías Fernando Sucasas, da igreja metodista que ele frequentava. Os dois religiosos já morreram. Padilha foi torturado por 20 dias no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo entre fevereiro e março de 1970. Ele fazia oposição ao regime como estudante de ciências sociais na USP. Após a tortura, Padilha saiu do país. Ele vai receber mensalmente R$ 2.484, valor que corresponde ao salário que recebia na época como redator de um jornal, e cerca de R$ 230 mil referente ao que deixou de ganhar no período. Padilha é pai do ministro da Saúde, Alexandre. Diferentemente da Igreja Católica, que de início apoiou os militares, mas depois se tornou

Pastor torturava à noite presos da ditadura e de dia orava

O pastor batista e capelão Roberto Pontuschka era um assíduo frequentador dos porões da ditadura militar (1964-1985). À noite ele torturava os presos políticos, no pau de arara, e de dia os consolava falando de Deus e lhes dava exemplares do Novo Testamento. Entre os presos, havia evangélicos, como o presbiteriano Rubem Cesar Fernandes, 68. Fernandes foi preso em 1962 pelos policiais da Oban (Operação Bandeirantes) por ser militante estudantil. Ele disse ter sido dedurado por pastores por ser considerado “elemento perigoso”. Até hoje o antropólogo não se conforma: “Não é justificável usar o poder militar para prender irmãos”. Outras histórias como a de Fernandes estão vindo à tona a partir do exame das cópias de documentação de tribunais militares que o CMI (Conselho Mundial de Igrejas), organização internacional ecumênica, acaba de repatriar ao Brasil. Mais de um milhão de páginas estavam protegidas em Chicago, no Center For Research Libraries . Sem que os militares suspeitass