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Deusas mães foram descartadas porque se precisava de um macho poderoso e onipresente, Jeová

Os impérios precisavam de homens cruéis e deuses impiedosos


Luis Carlos Balreira
presidente mundial da Legião Científica Brasileira

As estatuetas das deusas “gordinhas sexys”, de 40 mil anos atrás, como a Vênus de Willendorf (30 mil anos), mostram que os nossos ancestrais primitivos davam mais importância às mulheres, à alimentação farta na tribo, à amamentação dos bebês, principalmente em dias de fome, nos momentos de fracasso na caça.

Cabe lembrar que a segurança alimentar da Revolução Agrícola primordial da humanidade tem somente 10 mil anos. A partir daí começaram as guerras e carnificinas religiosas pelos estoques ou reservas de grãos ou alimentos, melhores terras férteis, com abundância de rios ou chuvas. 

A partir de então as deusas mães foram descartadas, e vítimas de feminicídio, sem punição para o assassino. O cristianismo embarcou tranquilamente no ‘’parto com muita dor’’ e na ‘’legítima defesa da honra’’.

A crença de um deus
poderosíssimo atende
mais aos interesses
das elites governantes 

As guerras e morticínios requeriam músculos fortes e ágeis espadas em tempo integral. Os impérios, as monarquias, as ditaduras precisavam de homens cruéis e deuses machos impiedosos. 

Até que os idealizadores do cristianismo bolaram a maior jogada mercadológica e mitológica de todos os tempos, inovando, adaptando, plagiando todas as mitologias anteriores encontradas, documentadas a partir da invenção da escrita há cerca de 6 mil anos, principalmente as mitologias egípcias e gregas.~

Todavia, o grande "pulo do gato" foi um Deus poderosíssimo, criador de tudo, no mesmo nível de Jeová. Como então o cristianismo pode ser monoteísta se Jeová, Deus dos judeus, foi anexado no mesmo livro sagrado, a Bíblia? 

Aí, então, veio o "exercício do impossível’’ que seria apresentar uma fotografia realista, inteligível, na mitologia bíblica, que mais parece com um quadro de Picasso ou Salvador Dalí aos olhos da Ciência.

Jesus Cristo foi chamado por muito tempo de o “Deus dos Escravos”. Mas eis a importância da grande sacada de marketing dos cristãos primitivos: a humanidade, sejam reis ou servos, líderes ou liderados, mulheres, homens, crianças, idosos, tiranos ou justos, sofremos todos desde os tempos em que vivíamos em cima das árvores. 

O medo está encravado em nosso cérebro, no DNA. ‘’A morte é um descanso’’. Sempre tivemos que olhar para cima com medo dos raios ou das águias predadoras, para baixo com medo das serpentes, para os lados com medo dos insetos, em cima das colinas espiando a provável aproximação de estranhos ou conhecidos inimigos vizinhos, etc. 

Hoje continuamos olhando para os lados a cada rua a atravessar! A ideia de “paraíso”, retirada do Livro dos Mortos, da religião egípcia, foi mantida na Bíblia, pois “time que está ganhando não se mexe”. 


Após viver a vida toda neste inferno secular ou terrestre, todo mundo quer uma vida boa, não é mesmo? Cada Deus ou político promete o que quer, de acordo com sua megalomania. Bolsonaro e sua dama oferecem uma teocracia a seus seguidores! Quem também não quer ‘’picanha e cerveja’’ após uma semana dura de trabalho?

O Império Romano relutou, por algum tempo, a abandonar seus deuses antigos, mormente os deuses da guerra, mas se rendeu àquela brilhante ideia hippie de ‘’paz e amor’’! 

Além disso, quem quer parecer para sempre um império tirânico, impiedoso? Por que não se fingir de escravo? Não é assim, camuflado, dissimulado, que o camaleão tem sucesso com suas presas? 

Vencer pela espada é muito caro, custoso, dispendioso, e cansativo, exaustivo. Os inimigos nunca desistem. Roma, que já tinha pecados de mil anos nas costas, não estava mais dando conta de suas conquistas, não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas um Deus, sim, sem dúvida alguma! ‘’Por que não?’’, disse Roma. ‘’É, eu vou nessa!’’.
  • Cristianismo é a mais aloprada e contraditória de todas as religiões

Comentários

betoquintas disse…
O texto é de autoria de um homem que demonstra apoiar Jair Bolsonaro. Incoerência ou hipocrisia?

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça