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Fábio Porchat manda recado aos terroristas: ‘Com religião se brinca, sim’

'O que é sagrado pra
 você, não é pra mim
 e vice e versa'

O humorista Fábio Porchat (foto) mandou um recado aos terroristas que jogaram bombas na sede do Porta dos Fundos e àqueles que pedem censura ao Especial de Natal que mostra um Jesus gay. 

“Se brinca com religião, com futebol, com política, com a minha mãe, com o Detran, com o que você quiser. Isso não sou eu que estou dizendo, é a Constituição brasileira. A “lei de Deus” não existe para o nosso país”, diz ele em artigo publicado no Globo.

Como o Brasil é um país laico, Deus só existe para o indivíduo.

“Com religião VOCÊ não brinca, e eu respeito isso. Mas a sua lei pessoal não pode valer pra mim, pra minha mãe, pro Detran...”.

“Como você leva a sua vida é problema seu; como eu levo a minha, meu. Até porque o que é sagrado pra você, não é pra mim e vice e versa.”

Porchat diz que as sátiras são fundamentais para garantir a liberdade de expressão e, consequentemente, a democracia.



“Satirizar a Bíblia, olhe só, não é contra a lei. Chutar a Nossa Senhora é contra a lei. Depredar centros de Umbanda é contra a lei. Dizer que você tem que parar de tomar remédio e só quem cura é Deus é contra a lei. Jogar coquetel-molotov em uma produtora porque não gostou do que ela produziu é contra a lei. E, veja, brincar com a imagem de Deus não é intolerância. Intolerância é não querer deixar que brinquem. Impedir alguém de professar a sua fé, de acreditar no que quiser acreditar — porque existem várias religiões, sabia? —, de demonstrar a sua fé, isso é intolerância.”

Porchat diz que sente orgulho em integrar o Porta dos Fundos e comparou os terroristas que jogaram bomba na sede do grupo e àqueles que pedem censura ao Jesus gay a insetos e ratos.

Sabe quando na infância a criança acende uma bombinha e joga no bueiro pra ver sair dali barata? O Especial de Natal do Porta dos Fundos é essa bomba, só que desse bueiro saíram baratas, ratos e monstros. E me orgulho de fazer parte de um núcleo criador que escancara nossa podridão. E, se você foi um dos que comemoraram as explosões, ou concordou com elas, ou as justificou de alguma forma, sinto dizer, talvez você seja uma das baratas, dos ratos ou pior, um dos monstros. Viva o humor! Viva a liberdade de expressão! Viva a tolerância! E, por que não, viva Jesus!”

Com informação do “Globo”.





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Comentários

'O que é sagrado pra
você, não é pra mim
e vice e versa'
Exatamente. E por isso levaram bomba nas fuças. Onde dói em mim, não dói nos outros e vice-versa. Sou ateu, mas penso que há de se respeitar o que é sagrado para o outro, ainda que para mim não diga nada. Hipócritas militantes da esquerda mais baixa do país, este pessoal da Porta dos Fundos. Um bando de moleques classe média mimadinhos.
Anônimo disse…
Você então não deve comer Big Mac, em respeito a fé dos Hindus.
Leandro Bueno disse…
No artigo do Globo, o cara que é ateu, afirma:: “Sinto lhe informar, mas com religião se brinca sim. Com qualquer uma." Sério mesmo? Será que com o Islamismo, ele mostraria um Maomé homossexual apaixonado por saitan (o diabo no Islão)? DUVIDO. Mas, o que eu acho mais triste na postura de gente como ele é que o Natal deveria ser um momento de unidade e paz. Ofendendo a fé alheia, o cara só acaba indo contra tal ideal, causando mais tensões sociais e divisões. A quem interessa isso? Talvez a quem financie produções como estas.
E quem te disse que eu como Big Mac? Ou ainda que comesse, não faria com que um indiano me visse comendo-o. Nem lhe assopraria o cheiro nas narinas. Nem lhe diria que é besteira não comê-lo, que é superstição não consumi-lo. Come-lo-ia sem alarde, apenas por gosto pessoal, não como uma forma de afronta.
Concordo com você. Duvido também que eles brincassem com as chamadas minorias. Que ousem fazer piadas com negros, homossexuais, deficientes etc. Como eu já disse, o humor deles não é livre nem libertário, é uma metralhadora com alvos específicos, um humor chinfrim da esquerda mais reles e barata.
Acredito que eles achassem que, ao contrário dos muçulmanos, os cristãos fossem gado manso; se surpreenderam ao ver que nem todos o são.

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