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Papa obriga padres a denunciem pedófilos. Mas isso já não era obrigatório?

Fila para denunciar
 predadores sexuais?

O papa Francisco anunciou nesta quinta-feira, 9 de maio de 2019, o decreto  Vos estis lux mundi ("Vós sois a luz do mundo"), que obriga os sacerdotes a denunciarem casos de pedofilia dentro da Igreja.

Alguém, por ingenuidade ou ironia, pode perguntar: a denúncia dos pedófilos já não era uma obrigação moral dentro da Igreja, um pecado?

Não. Não era.

Até hoje, em relação à quantidade de casos de pedofilia na Igreja que vieram à luz nos últimos anos, foram poucos os padres e bispos que denunciaram seus colegas comedores de criancinhas. Na maior parte dos casos, a iniciativa foi de vítimas atormentadas.

E os pastores que saíram em defesa das ovelhas o fizeram de acordo com a sua própria consciência, correndo o risco de sofrer retaliações da hierarquia, o que inclui o próprio Vaticano.

Talvez, nas missas, padres se curvem não tanto por causa da liturgia do ritual, mas mais pelo peso de sua  consciência.

Cabe outra pergunta: o papa, com o decreto, vai finalmente conseguir deter os padres estupradores?

Duvido e por um simples motivo: as denúncias as quais Francisco se referem terão de ser feitas dentro da Igreja, a um padre responsável pela paróquia ou a um bispo, os mesmos que até agora deram cobertura aos depredadores sexuais.

Somente em alguns países os sacerdotes são em tese obrigados a denunciarem seus colegas pedófilos, por força das leis jurídicas locais, não pelo direito canônico.

No mais, para uma religião que está em franca decadência, soa como pretensioso um decreto designado como Vos estis lux mundi.

A luz católica está se apagando.

Com informação de sites internacionais.





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