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Padres e freiras já abusavam de crianças na Idade Média

Como castigo, o padre que "brincava com meninos" era açoitado em público; havia também bispos, cardeais e papas pedófilos


MARK OWEN
jornalista
Church anda State

Pode parecer a alguns que o abuso sexual de crianças pelo clero é um recente problema, moderno. Mas não!

Na Idade Média, algumas ordens religiosas tinham regras para punir monges que “brincavam” com meninos, o que mostra que isso era uma atividade corriqueira.

Entre outros crimes cujos autores eram passíveis de flagelação, destacava o da “indecência de qualquer espécie com meninos e com outros monges”. Nesse caso, o monge pecador tinha de ser açoitado em público.

A verdade é que o abuso sexual de crianças por sacerdotes é um problema de centenas de anos e se agravou quando a Igreja impôs o celibato.

Envolveram-se em atividades sexuais ilícitas não só monges, padres e freiras, mas também papas, cardeais e bispos.

Tudo está comprovado por relatos históricos. E o problema se mantém irresolvido até agora.

Para ter ideia disso, somente um psiquiatra, Jay Feierman, professor na Universidade do Novo México, tratou ao longo de 15 anos de 500 padres violentadores.

Mães entregavam
seus filhos aos monges
para criar e educar

Muitos casos deixaram de ser relatados porque padres e freiras, até há pouco tempo, exerciam forte autoridade nas crianças por intermédio da imposição do medo.

Padres e freiras de ensino tinham reputação de crueldade.

A cinta e a vara estavam sempre em uso em escolas da Igreja, em uma manifestação de sadismo e de distorção sexual desses professores celibatários.

Em 1902, um caso exemplar da perversidade de escolas sob o controle da Igreja Católica foi estampado pelas manchetes de jornais de Paris, França.

Adultos e crianças acusaram as freiras de Notre Dame de Charité de manter meninas em camisas de força, às vezes por dias a fio, forçando-as assim a comer enfiando a cabeça nas tigelas. .

As freiras esfregavam a cabeça das meninas mais rebeldes em seus próprios excrementos.

Ao que se sabe, esse tipo de coisa não ocorre mais, até porque restam poucas escolas católicas onde os estudantes ficam internados.

Mas os abusos sexuais por parte de sacerdotes parecem estar resistindo até mesmo à sua divulgação rápida e intensiva proporcionada pelas novas tecnologias.

> A adaptação deste texto para o português foi feita por este site. A ilustração é a reprodução da pintura "No portão do mosteiro", de Ferdinand Georg Waldmüller.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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