Pular para o conteúdo principal

Com 3.500 anos, astrologia está entre as mais antigas pseudociências. E ainda há quem acredite nela

A milenar literatura babilônica era repleta de “presságios planetários", os quais sobrevivem até hoje


John Thomas

North Texas Skeptics

A astrologia é quase certamente a mais antiga e mais disseminada de todas as pseudociências. Suas origens podem ser traçadas até a primeira metade da dinastia de Hamurábi na Babilônia cerca de 3.500 anos atrás.

Em sua forma moderna a astrologia assegura que as posições dos planetas solares na época do nascimento de um indivíduo são de alguma forma correlacionadas com sua personalidade, atividades, preferências e mesmo eventos maiores da vida (acidentes, casamentos, divórcios, etc.).

Não há concordância geral entre os astrólogos de como ou por que isto pode ocorrer. Tampouco há concordância sobre quais posições planetárias precisamente levam a quais características ou experiências específicas. 

É quase certo que se consultarmos dois astrólogos nenhum dos dois irá fazer o horóscopo de um indivíduo com precisamente os mesmos resultados. 

As previsões que resultam são frequentemente tão vagas que de qualquer forma é impossível fazer a verificação.

A astrologia é melhor compreendida quando se estuda como ela começou. Como muitos povos urbanos e agrícolas, os babilônios tinham um panteão de muitos deuses. 

Eles também tinham uma ciência bem desenvolvida de astronomia observacional, que servia aos mais altos propósitos utilitários como o de proporcionar um calendário, épocas de plantio e de colheita, épocas de festivais religiosos, etc. 

Neste esquema observacional cada planeta era importante, e os sacerdotes cuja tarefa era fazer as observações nomeavam os planetas com o nome dos deuses de seu panteão — Marduk, Isthar, Nergal, etc.

Por volta de 1000 a.C. havia uma extensa literatura babilônica de “presságios planetários”. Uma vez que Nergal (Marte) era o deus da guerra, um verão no qual Nergal brilhava intensamente no céu era uma época para travar uma guerra (ou uma época em que o risco de uma guerra era grande). Uma vez que Ishtar (Vênus) era a deusa do amor, uma noite de primavera na qual Ishtar brilhava alto no oeste após o pôr-do-sol era uma época boa para fazer amor.


Horóscopo é uma
forma grosseira
que indica a direção
de planetas em
relação ao 
nascimento de
uma pessoa

Em torno de 600 a.C. os babilônios criaram os doze signos do zodíaco: marcas no céu ao longo do caminho do sol, lua e planetas, que grosseiramente correspondiam aos meses do ano. O horóscopo mais antigo que fora descoberto data de 29 de abril de 410 a.C. 

Um horóscopo é simplesmente uma carta grosseira que indica as direções nas quais os vários planetas se alinham em relação ao zodíaco na época do nascimento de uma pessoa. 

Durante a era clássica dominada primeiro pelos gregos, e depois por Roma, os astrólogos babilônios (chamados de caldeus) se estabeleceram na maioria das grandes áreas urbanas por todo o mundo civilizado.

Os astrônomos gregos zombavam da astrologia caldéia considerando-a um absurdo, mas o público grego adotou a astrologia da mesma maneira intensa que eles haviam adotado outros cultos bizarros ou bárbaros. 

Mais tarde, o estadista romano Marcus Túlio Cícero escreveu, em 44 a.C., uma crítica devastadora a estes astrólogos, que ainda vale a pena ser lida hoje em dia. Uma passagem característica: “Que loucura completa destes astrólogos em considerar os vastos e lentos movimentos e mudanças nos céus e presumir que o vento e a chuva não têm nenhum efeito no nascimento!”.

Com a advento do cristianismo, os caldeus tiveram dias difíceis, uma vez que os primeiros cristãos (como os hebreus antes deles) eram hostis aos outros deuses e religiões pagãs. É claro que não havia nenhuma maneira de disfarçar as bases essencialmente religiosas da astrologia. 

Durante o início da Idade Média a astrologia quase se extinguiu na Europa, mas foi mantida viva em outros lugares por estudiosos islâmicos.

As Cruzadas trouxeram a astrologia de volta para a Europa onde ela co-existiu inconfortavelmente com o cristianismo até o surgimento da idade da ciência. 

O crescimento explosivo da astronomia científica a partir de 1600 A.D. fez paralelo com um declínio explosivo do sucesso da astrologia. Por volta de 1900 uma enciclopédia francesa descreveu a astrologia de maneira correta como um culto desaparecido sem adeptos jovens.

A astrologia realizou o retorno mais estrondoso de toda a sua história após a Primeira Guerra Mundial, quando o astrólogo britânico R. H. Naylor inventou a coluna de astrologia diária em jornal.

O resultado paradoxal é que o auge da astrologia não foi durante a época das trevas da Idade Média, quando o cidadão médio estava atolado profundamente na ignorância e superstição, mas ao invés disso no século XX, quando a maioria dos cidadãos presumivelmente conhecem os fatos básicos da astronomia e estão a par que os planetas são mundos similares à Terra ao invés de deuses-incandescentes no céu.

Desse modo, pelo menos 90% de todos os americanos abaixo dos 30 anos conhecem seu signo solar. Existem mais de 10.000 astrólogos praticantes nos EUA, e os americanos gastam mais de 200 milhões de dólares anualmente consultando astrólogos. (Nos EUA há somente cerca de 3.000 astrônomos profissionais, e apenas cerca de 100 milhões de dólares são gastos com pesquisa básica em astronomia — exceto as experiências espaciais).

Os cientistas estão bastante desconcertados pelo crescimento da popularidade da astrologia, e uma série deles tem dedicado um tempo para conduzir estudos cuidadosos para ver se há alguma correlação real entre as posições planetárias ao nascimento e algum atributo do indivíduo na vida futura. 

Nenhum estudo válido estatisticamente jamais demonstrou qualquer conexão que pudesse dar alguma validade para qualquer conceito astrológico — não importa quão vago o conceito tenha sido pronunciado! Não há nenhuma dúvida quanto ao simples fato de que a astrologia não funciona.



Para previsões mais
específicas, o astrólogo
consulta uma tabela.
Mas de onde vem
essa tabela? Quem 
a inventou?

Tampouco há qualquer razão pela qual deveria funcionar. A fim de ir do horóscopo de um indivíduo para uma previsão específica do que está porvir para aquele indivíduo, o astrólogo deve consultar uma tabela. Esta tabela correlaciona características do horóscopo (posições dos planetas) com atributos individuais (inteligência, afeição, força física, boa saúde, etc.) De onde vem esta tabela? [Note que é tal tabela e não o horóscopo em si que é o "âmago" da astrologia.]

Esta tabela simplesmente é feita por quem quer que seja que escreveu o manual de astrologia em particular que está sendo usado. Por isso dois astrólogos podem chegar a previsões diferentes (até mesmo contraditórias) a partir de um simples horóscopo. 

Há numerosos “sistemas astrológicos” bastante diferentes; todos diferentes, todos arbitrários, e todos completamente desconectados da realidade.

Esta arbitrariedade é uma característica de todas as pseudociências, e ocorrem porque as origens das pseudociências não recaem na observação da natureza, mas em convenções históricas acidentais da cultura humana. Por exemplo, os antigos costumavam chamar o segundo planeta a partir do Sol de Vênus e o quinto planeta a partir do Sol de Júpiter. 

Se eles tivessem feito de outra maneira, não teria feito a menor diferença para astronomia. Vênus seria então o maior planeta com cinturões coloridos e uma mancha vermelha, enquanto Júpiter seria um planeta incrivelmente quente com aproximadamente o tamanho da Terra. Mas para a astrologia seria então totalmente diferente, porque a astrologia depende inteiramente das características associadas com o nome, não com o planeta real! Júpiter, chefe dos deuses,é um líder dos homens. Vênus, deusa da amor, governa as emoções. 

Mudar os nomes arbitrários deixaria a realidade inalterada mas a astrologia, os horóscopos, etc, tornariam-se totalmente diferentes. É interessante notar que os Maias consideravam Vênus o senhor da morte.

Outra maneira de ver isto é considerar o zodíaco. Os babilônios, com seu interesse no calendário, naturalmente tinham 12 signos zodiacais. Porém mais uma vez isto é arbitrário. Outras culturas usavam 28, por exemplo os chineses e hindus. 

As culturas toltecas da América Central usavam 20. Os próprios babilônios usaram de 6 a 18 antes de configurarem os “tradicionais” 12. Novamente a escolha arbitrária do número dos signos (sem mencionar os nomes dos signos) é óbvia. 

Como para os nomes, se um dado grupo de estrelas eram chamadas de “Áries, o Carneiro”, este nome escolhido arbitrariamente então predeterminou a “interpretação” nas tabelas … uma vez que os carneiros são agressivos e assertivos, assim serão as pessoas nascidas com o sol (ou algo assim) em Áries. 

Como alguém distingue a agressividade do carneiro daquela do bode Capricórnio ou o do Escorpião é outro problema! Se estes grupos de estrelas tivessem sido denominadas de “A Cadeira”, “A Escrivaninha” e “O Castelo”, as interpretações novamente seriam irreconhecivelmente diferentes.

Como outro exemplo, considere o suposto “sistema de casa” da astrologia. Afim de proporcionar mais tabelas com mais características para consultar, a doutrina astrológica tinha proposto muitos sistemas de casas diferentes (talvez até uns 50). 

Essas são divisões arbitrárias do céu em setores, vagamente como pedaços de laranja. Os vários sistemas diferem na extensão, no número e de como estes setores estão orientados no céu em relação à eclíptica, ao horizonte e ao equador. 

Há dois sistemas principais de divisão de casas em uso pelos modernos astrólogos, o Koch e o Placidiano. É hilário que em nenhum destes dois sistemas alguém que tenha nascido acima dos 66,5 graus de latitude norte sequer tem um horóscopo! As estrelas não têm nada a dizer sobre 12 milhões de pessoas!



A precessão dos
equinócios, que
gira em um grande
círculo, mostra que
a fundamentação do
horóscopo é hilária

Outro aspecto hilário da astrologia é devido ao fenômeno astronômico conhecido como a precessão dos equinócios. Isto era conhecido pelos astrônomos gregos por volta de 150 a.C. e pode ser que já fosse conhecido há muito mais tempo.

 Ela destrói completamente a base da astrologia. O problema é que os primeiros astrólogos, para quem o sol nascia em Áries no equinócio da primavera, definiam o signo de Áries como sendo centrado no ponto do equinócio da primavera. Mas como os antigos gregos sabiam, o equinócio gira em um grande círculo, levando cerca de 26.000 anos para completar seu ciclo. 

Desse modo, hoje, o signo de Áries está em algum lugar próximo da constelação de Áries! Essa separação do significado do símbolo a partir da dispersão aleatória de estrelas cujo nome arbitrário originalmente deu ao símbolo seu nome e significado é absurda mesmo para muitos astrólogos, que desse modo discordam com todos os outros astrólogos por manterem o signo fixado à constelação ao invés de deixá-lo mover-se com os equinócios!

A moral é que quando alguém tem um sistema baseado em aleatoriedade e convenção arbitrária, um embaralhamento ou uma mistura do sistema é indetectável. A astrologia é apenas uma geração aleatória de palavras, e misturar o procedimento pelo qual a palavra aleatória é gerada é indetectável, uma vez que a entrada de palavras permanece ao acaso com qualquer mistura genuína posterior.

O problema é como ninguém podia estar a par desta aleatoriedade, das convenções irracionais que crucialmente determinam a natureza das “previsões” da astrologia.

A questão do porquê as pessoas acreditam em astrologia é mais interessante do que os detalhes do horóscopo. Os psicólogos têm mostrado que os consumidores ficam satisfeitos com as previsões astrológicas desde que os procedimentos sejam individualizados de alguma maneira um tanto vaga. Por exemplo, se o astrólogo pedir uma grande quantidade de informação pessoal antes de fazer a previsão, o indivíduo fica muito mais satisfeito com ela do que se o astrólogo fizer poucas perguntas (e fizer a mesma previsão). 

As próprias previsões são quase sempre muito vagas e universais em aplicabilidade; elas podem descrever quase todo mundo.

A astrologia recai em uma ilusão de pensamento chamada validação pessoal. Isto depende da natureza seletiva da memória. Se acreditamos que algo é de certo modo, tendemos a lembrar os eventos que o apoiam, e esquecer daqueles que não. 

O resultado é uma sensação crescente de convicção. Lembramos da parte da narrativa em que nos encaixamos e esquecemos da parte que não. Influenciar as pessoas dessa maneira é chamado de leitura fria, e há uma literatura psicológica considerável sobre o assunto.

A ciência moderna tem podado a base da astrologia em todas as vezes. O indivíduo é formado na concepção; não no nascimento. A força gravitacional exercida sobre um recém-nascido pela Terra é mais de um milhão de vezes maior que a de qualquer corpo celeste.

A força de maré exercida pela mãe e pelo prédio do hospital é, da mesma maneira, um milhão de vezes maior que a de qualquer corpo celeste. A radiação eletromagnética que incide sobre o bebê provinda do sol ou das luzes do quarto é um milhão de vezes mais intensa que a de qualquer outro objeto celeste. 

Mudanças no ambiente durante o desenvolvimento inicial têm muito mais efeitos sobre o desenvolvimento de uma pessoa do que os eventos na época do nascimento. Também, a época do nascimento pode ser alterada, até um certo limite, pelas ações de um médico. Quais são as implicações astrológicas de uma cesariana ou um parto forçado?

Outro ponto importante a considerar é o papel estabelecido dos genes na natureza de uma pessoa. Suponha duas pessoas não aparentadas que nasceram na mesma época no mesmo hospital. As “forças astrológicas” irão levar em conta as forças genéticas? 

A ciência da genética tem demonstrado que a resposta para essa pergunta é “não”. Não há nada o que quer que seja em toda a natureza que tenhamos explorado até agora ou em qualquer de nossas outras experiências que dê qualquer credibilidade para qualquer ideia astrológica.

Mesmo assim, milhões de americanos continuam a regular seus compromissos diários (até um certo limite) de acordo com os conselhos arbitrários e potencialmente prejudiciais. Por quê? 

É essencial lembrar que uma crença não precisa ser verdadeira para ser útil. A astrologia tem florescido porque é uma estrutura dentro da qual as pessoas podem discutir e procurar por um significado em suas vidas. Vista como um sistema de suporte social, a astrologia está em algum lugar entre a religião e a psicoterapia.

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

'Psicóloga cristã' afirma ser vítima da militância ateísta

Lobo nega ter criado uma  anticiência, a 'psicologia cristã' Marisa Lobo (foto), evangélica que diz ser “psicóloga cristã”, afirmou em um vídeo que sofre perseguição da militância ateísta e política do CFP (Conselho Federal de Psicologia). “É um preconceito religioso porque eu ousei bater de frente com o conselho”, disse. “Eu questionei o kit gay e várias atitudes do conselho que são pura militância política e ateísta.” O CRP (Conselho Regional de Psicologia) do Paraná deu um prazo para que Lobo retirasse  de seus sites e blogs a associação entre psicologia e cristianismo, e ela se recusou com o argumento de que a Constituição lhe garante professar a sua fé. Reafirmou que não faz pregação religiosa dentro do seu consultório, tanto que não há nenhuma denúncia de paciente contra ela. No vídeo, postado em seu blog e reproduzido no site do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Lobo disse que tinha acabado de ser informada de que o ...

Dias sofre ameaça de morte por pedir retirada de Deus do real

"Religião também é usada para violar os direitos humanos" O procurador Jefferson Aparecido Dias (foto), da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal em São Paulo, vem sofrendo ameaças de morte desde que deu entrada a uma ação na Justiça pedindo a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas real. “Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos”, disse em entrevista a Talita Zaparolli, do portal Terra. “Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus.” O procurador tem se destacado como defensor da laicidade do Estado brasileiro. Em 2009 ele ajuizou uma ação pedindo a retirada de símbolos religiosos das repartições públicas federais. Dias, que é católico, recorreu à Bíblia para defender a laicidade prevista na Constituição. “Em nenhum momento Jesus deu a entender, para quem é cristão, que o dinheiro deveria trazer o nome dele ou o nome de Deus”, disse. “Acho que é uma inversão de valores.” Na entrevista, ele...

BC muda cédulas do real, mas mantém 'Deus seja Louvado'

Louvação fere o Estado laico determinado pela Constituição  O Banco Central alterou as cédulas de R$ 10 e R$ 20, “limpou” o visual e acrescentou elementos de segurança, mas manteve a expressão inconstitucional “Deus seja Louvado”.  As novas cédulas, que fazem parte da segunda família do real, começaram a entrar em circulação no dia 23. Desde 2011, o Ministério Público Federal em São Paulo está pedindo ao Banco Central a retirada da frase das cédulas, porque ela é inconstitucional. A laicidade determinada pela Constituição de 1988 impede que o Estado abone qualquer tipo de mensagem religiosa. No governo, quanto à responsabilidade pela manutenção da frase, há um empurra-empurra. O Banco Central afirma que a questão é da alçada do CMN (Conselho Monetário Nacional), e este, composto por um colegiado, não se manifesta. Em junho deste ano, o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a referência a Deus no dinheiro é inconcebível em um Estado mode...

Malafaia desmente fim de acordo entre sua editora e Avon

com atualização em 22 de junho de 2012 Pastor diz que falsa notícia foi safadeza de gays Silas Malafaia (foto) desmentiu a informação divulgada pelo site "A Capa", do movimento gay, e reproduzida por este blog segundo a qual a Avon tirou do seu catálogo os livros da Editora Central Gospel. Para o pastor, trata-se de “mais uma mentira e safadeza de ativistas gays, o que é bem peculiar do caráter deles”. Na versão de "A Capa", no folheto “Moda e Casa” que a Avon divulgou no dia 13 de junho não tem nenhum livro da editora de Malafaia e que isso, segundo o site, é o desdobramento da campanha que ativistas gays moveram na internet contra a empresa de cosméticos. Malafaia informou que a Bíblia que consta no folheto é de sua editora e que é comum em algumas quinzenas a Avon não divulgar os livros da Central Gospel. A firmou que o acordo entre a editora e a Avon tem uma programação de distribuição de livros até o final do ano. O pastor criticou os sites...

Menina morta por jejum religioso deixou diário com relatos de maus-tratos

Glauciane foi morta por homem casado que conheceu no Orkut

Glauciane era divorciada e  tinha dois filhos pequenos Uma pessoa que se assina como Mih escreveu no dia 16 de novembro de 2009 na página do Orkut de Anne Isa Marcelo para que ela se afastasse de um homem. “Ele já provou que só te traz sofrimentos e, se está com aquela mulher, é porque é isso que realmente quer. Amor só é bom quando nos traz coisas boas.” Anne não conseguiu se afastar do homem casado que ela conheceu em 2007 no Orkut e na sexta-feira (4) à tarde foi assassinada a facadas no rosto, pescoço, tórax e braço por ele em Torres, no Rio Grande do Sul, defronte ao Hotel Bauer, onde ela estava hospedada. Uma testemunha disse que houve umas 20 facadas. Anne Isa Marcelo era o nome no Orkut da médica Glauciane Hara (foto), 39, de Pindamonhangaba (SP). Ela era divorciada e tinha dois filhos pequenos. Trabalhava na Santa Casa da cidade como pediatra e clínica geral. O homem é o marceneiro Rodrigo Fraga da Silva, 33, casado há 13 anos. Ele se apresen...

Adventistas vão intensificar divulgação do criacionismo

Consórcio vai investir em pesquisa na área criacionista A Igreja Adventista do Sétimo Dia anunciou o lançamento de um consórcio para intensificar a divulgação do criacionismo no Brasil e em outros países sul-americanos. Na quinta-feira (13), em Brasília, entidades como Sociedade Criacionista Brasileira, Núcleo de Estudos das Origens e Museu de Geociências das Faculdades Adventistas da Bahia assinaram um protocolo para dar mais destaque à pesquisa criacionista e às publicações sobre o tema. Os adventistas informaram que o consórcio vai produzir vídeos para adolescentes e jovens explicando a criação e como ocorreu o dilúvio e um plano piloto de capacitação de professores. O professor Edgard Luz, da Rede de Educação Adventistas para oitos países sul-americanos, disse que o lançamento do consórcio é um “passo muito importante”, porque “o criacionismo está ligado à primeira mensagem angélica da Bíblia”. Com informação do site da Igreja Adventista . Colégio adventista de ...

Arcebispo defende permanência de ‘Deus’ em notas do real

Dom Scherer diz que descrentes não deveriam se importar   Dom Odilo Scherer (foto), arcebispo metropolitano de São Paulo, criticou a ação que o MPF (Ministério Público Federal) enviou à Justiça Federal solicitando a determinação no sentido de que a expressão “Deus seja louvado” deixe de constar nas cédulas do real. Em nota, Scherer disse: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?" Argumentou que, “para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo”. O promotor Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, defendeu a supressão da expressão porque o Estado brasileiro é laico e, por isso, não pode ter envolvimento com nenhuma religião, mesmo as cristãs, que são professadas pela maioria da população. Scherer, em sua nota, não fez menção ao Estado laico, que está previsto na Constituição. E...