Menina morta por jejum religioso deixou diário com relatos de maus-tratos
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Pérola escreveu sobre os castigos que sofria de Enri, padastro, e Aline, mãe, ambos fanáticos religiosos |
A menina conta, no diário, que, para pagar seus "pecados", ela foi submetida várias vezes seus últimos anos a "jejum purificador" e a orações que duravam dias.
Pérola diz que tinha de ficar dias em seu quarto orando, sem sair de casa. Não frequentava a escola havia cinco anos.
Seu último jejum durou apenas dois dias porque ela já estava debilitada.
A autópsia revelou que a causa da morte foi desnutrição severa e prolongada.
Antes de morrer, Pérola pediu comida à mãe, que só lhe deu água.
Em depoimento à polícia, padrasto e mãe tentaram colocar a culpa em médicos que não diagnosticaram que a menina estava com anemia.
O delegado Ricardo Mamede, que teve acesso ao diário, disse que Pérola teve uma vida curta e repleta de horrores.
Acrescentou que Enri e Aline têm "convicções religiosas radicais" e acreditavam no poder do jejum diante de Deus.
Pérola tinha um irmão de oito anos que também era submetido aos castigos religiosos.
A mãe disse à polícia que está arrependida.
Ela e o marido foram presos no dia da morte de Pérola e estão em área isolada na cadeia, para evitar o linchamento por parte de outros detidos.
Enri e Aline serão julgados sob a acusação de tortura seguida de morte, cárcere privado e abandono de criança.
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Diário de Pérola tinha 300 páginas |
Com informação e fotos do site Impala e de outras fontes.
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