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Justiça gastou R$ 3.775 em caso de furto de R$ 10

Justiça gasto muito com crimes de batagela. No mês passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a condenação de um ano de prisão de homem que furtou uma galinha de R$ 10 do vizinho.

Pelos gastos de 2009 dessa instância com juízes, funcionários, telefone, energia elétrica etc., o custo médio da tramitação desse  processo foi de R$ 3.775,06. Ou seja, o valor de 377 galinhas.

Mas o sistema judiciário gastou muito mais do que isso porque o processo, para chegar ao Supremo, teve de passar por outras instâncias.

Só no STJ, o custo médio dos procedimentos referentes ao chamado “crime de bagatela” foi no ano passado de R$ 2.674,24.

Esse foi o valor médio gasto, por exemplo, na ação penal contra uma mulher condenada pela tentativa do furto de três vidros de esmalte com o preço total de R$ 5,89.

Tais casos mostram “o quanto é aberrante a justiça” em relação a esse tipo de  processos, afirma o ex-juiz Luiz Flávio Gomes. “Não tem cabimento.”

Ele diz que a Justiça deveria aplicar penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, a quem for condenado por furto irrelevante.

Mas o melhor, segundo ele, era que tais processos nem fossem iniciados, para não atravancar ainda mais a Justiça, cujas instâncias, muitas vezes, demoram em dar sentença a crimes importantes por causa de furtos de bagatela.

Sem contar o descalabro, por exemplo, da condenação de “ladrões de galinha” ao mesmo tempo em que ladrões de milhões, inclusive dos cofres públicos, conseguem se safar das grades valendo-se das brechas da legislação brasileira.

Com informação do STJ e site Última Instância.

> Santiago está preso há dois anos pelo furto de um bacalhau.
abril de 2010

> Rigores da Justiça contra pequenos delitos de pobres.

Comentários

Maron disse…
Só gostaria de saber como um caso desses chegou ao STJ. Não daria para pará-lo numa instância intermediária?

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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