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Ateísmo é radical; agnosticismo é melhor, escreve Gleiser

Agnosticismo com dúvida
 é melhor que o ateísmo radical

por Marcelo Gleiser
para Folha de S.Paulo

Começo com a definição de mito dada por Joseph Campbell, uma das grandes autoridades mundiais em mitologia: "Mito é algo que nunca existiu, mas que existe sempre". Sabemos que mitos são narrativas criadas para explicar algo, para justificar alguma coisa. Na prática, não importa se o mito é verdadeiro ou falso; o que importa é sua eficiência.

Por exemplo, o mito da supremacia ariana propagado por Hitler teve consequências trágicas para milhões de judeus, ciganos e outros. O mito que funciona tem alto poder de sedução, apelando para medos e fraquezas, oferecendo soluções, prometendo desenlaces alternativos aos dramas que nos afligem diariamente.

A fé num determinado mito reflete a paixão com que a pessoa se apega a ele. No Rio, quem acredita em Nossa Senhora de Fátima sobe ajoelhado centenas de degraus em direção à igreja da santa e chega ao topo com os joelhos sangrando, mas com um sorriso estampado no rosto.

As peregrinações religiosas movimentam bilhões de pessoas por todo o mundo. É tolo desprezar essa força com o sarcasmo do cético. Querendo trazer a ciência para um número maior de pessoas, eu me questiono muito sobre isso.

Como escrevi antes neste espaço, os que creem veem o avanço científico com uma ambiguidade surpreendente: de um lado, condenam a ciência como sendo materialista, cética e destruidora da fé das pessoas. "Ah, esses cientistas são uns chatos, não acreditam em Deus, duendes, ETs, nada!"

De outro, tomam antibióticos, voam em aviões, usam seus celulares e GPSs e assistem às suas TVs digitais. Existe uma descontinuidade gritante entre os usos da ciência e de suas aplicações tecnológicas e a percepção de suas implicações culturais e mesmo religiosas. Como resolver esse dilema?

A solução não é simples. Decretar guerra à fé, como andam fazendo alguns ateus mais radicais, como Richard Dawkins, não me parece uma estratégia viável. Pelo contrário, vejo essa polarização como um péssimo instrumento diplomático.

Como Dawkins corretamente afirmou, os extremistas religiosos nunca mudarão de opinião, enquanto um cientista, diante de evidência convincente, é forçado eticamente a fazê-lo. Talvez essa seja a distinção mais essencial entre ciência e religião: o ver para crer da ciência versus o crer para ver da religião.

Aplicando esse critério à existência de entidades sobrenaturais, fica claro que o ateísmo é radical demais; melhor optar pelo agnosticismo, que dúvida, mas não nega categoricamente o que não sabe.

Carl Sagan famosamente disse que a ausência de evidência não é evidência de ausência. Mesmo que estivesse se referindo à existência de ETs inteligentes, podemos usar o mesmo raciocínio para a existência de divindades: não vejo evidência delas, mas não posso descartar sua existência por completo, por mais que duvide dela. Essa coexistência do existir e do não-existir é incômoda tanto para os céticos quanto para os crentes. Mas talvez seja inevitável.

A ciência caminha por meio do acúmulo de observações e provas concretas, replicáveis por grupos diferentes. A experiência religiosa é individual e subjetiva, mesmo que, às vezes, seja induzida em rituais públicos. 

Como escreveu o psicólogo americano William James, a verdadeira experiência religiosa é espiritual e não depende de dogmas. Apesar de o natural e o sobrenatural serem irreconciliáveis, é possível ser uma pessoa espiritualizada e cética.

Einstein dizia que a busca pelo conhecimento científico é, em essência, religiosa. Essa religião é bem diferente da dos ortodoxos, mas nos remete ao mesmo lugar, o cosmo de onde viemos, seja lá qual o nome que lhe damos.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "Criação Imperfeita"




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Comentários

Anônimo disse…
Cara, você fez uma salada indecifrável, confusa e sem sentidos. O agnóstico é a pior opção, é o que nem fede e nem cheira, está sempre em cima do muro pronto para pular para qualquer lado. O próximo passo depois do agnosticismo é o fanatismo para o lado em que pular. É evidente que nem deu-se ao trabalho de pesquisar as difereças entre ceticismo, ateísmo, espiritualidade e religião, já que confundiu tudo.
Anônimo disse…
Essa é a sua opinião marcelo,o radicalismo do ateu é contra a intolerância de certas ´práticas religiosas, Dawkins não combate a fé mesmo porque você pode ter fé em várias coisas,o que ele combate é o fanatismo religioso que prega verdades absolutas sem provar nada.
Anônimo disse…
Perder tempo definindo as diferenças entre ceticismo, ateísmo, espiritualidade e religião, e depois ainda escolher uma delas, é pior do que simplesmente ter fé.
Pangéia disse…
Discordo do Marcelo Gleiser, apesar de ser admirador de sua obra. "Dê-me uma prova de que Deus existe, um religioso qualquer - seja de que religião for - ; dê-me uma prova de que Deus não exista, um ateu qualquer." É praticamente isso que você quis dizer com ser agnóstico. Como fazer para oferecer uma prova do que jamais foi concreto, sempre etéreo? E outra, não é todo ateu que desacredita a existência de Deus, eu mesmo jamais duvidei da existência do mesmo embora jamais tenha tido qualquer prova desta - apenas não gosto dessa pregaçãozinha infantil que inúmeros religiosos pregam: "Não pode isso porque Deus não gosta, não pode aquilo porque é pecado", e outras mazelas do gênero. Por isso me tornei ateu, não por questionar a existência de Deus, mas por questionar como um ser que julgamos ter criado tudo o que existe poderia fazer a afirmação de que algo é pecado ou anti-natural? Nen huma criação de Deus é anti-natural nem peca, somos nós seres humanos que fazemos essa espécie de julgamento subjetivo em decorrência de nosso próprio preconceito. E só o fazemos por sermos cegos, não queremos enxergar cada coisa em sua essência, só vemos a aparência e nada mais além. Então levanto a bandeira do ateísmo por ser contra esse preconceito existente no planeta. Hitler pregou esse fanatismo religioso durante as Olimpíadas de 1936, ao afirmar que todas as medalhas - ou ao menos as principais - do Atletismo seriam ganhas por atletas alemães. Conclusão: Todas as medalhas do Atletismo foram ganhas por atletas dos Estados Unidos, nenhum deles descendente de alemães, nenhum deles louro, de olhos azuis; pelo contrário, o primeiro a ganhar fora um jovem de cabelo pichaim, olhos e cútis negros como fuligem: Jesse Owens! Jesse Owens provou a Hitler que não existe raça superior, aparência bonitinha nada significa, o que conta é a essência, ou seja, o quanto de dedicação cada atleta teve!
Anônimo disse…
@Pangéia

Ateu = A (negação) + teu (deus). O ateu não acredita em Deus. O que acredita em Deus mas não acredita em religião pode ser agnóstico ou espiritualista (não tem anda a ver com espírita). Além do mais existem muitos cientistas que chegaram num ponto da pesquisa e passaram a acreditar em Deus, mas não necessariamente em alguma religião. A pesquisa deles, para eles, é prova suficiente de que existe algo maior que eles. Problema é que muita gente desacredita de deus por não acreditar em religiões (que estão deturpadas demais hoje em dia em relação com suas raízes).

Na minha opinião, todos acreditamos em algo maior e esse algo maior é o que pode ser chamado de Deus. Seja as leis da natureza, seja o Antônio Fagundes, seja o barbudão no trono, seja a aleatoriedade e a coincidência ou seja lá o que for. Se você acredita que a aleatoriedade foi daonde saiu tudo, isso é a entidade maior, é Deus. Claro, você não vai sair rezando pedindo coisas pra ela (Deus garçom) ou agradecendo nem nada, apenas reconhecer isso já é de grande valia na vida.

Também acredito que o universo e as leis naturais (física, química etc) são expressões de Deus, seja lá como ele for. Não gosto de definir ele mesmo, pois nossa mente é muito limitada para querer definir algo tão grande, qualquer definição o limitaria. Então prefiro definir apenas as expressões dele (que já coisa pra caramba, tudo).

Enfim, o pior é a intolerância, cada tem o direito de ser o que quiser. Isso só vai mudar a nossa vida, não vai mudar nada da verdade, seja ela qual for. Como Sócrates disse "Só sei que nada sei.", seria muita petulância da minha parte querer forçar minhas idéias na cabeça de qualquer um, posso expô-las, cabe cada um bota-las na balança e decidir em que acreditar.

E lembrem-se, um ateu fanático pode ser tão chato e desrespeitoso ou mais quanto um religioso fanático.
INTERCEPTOR disse…
Muitos crêem na Ciência de modo religioso. A Religião vence. Mas o que me preocupa não são os que acreditam em duendes e sim os querem atropelá-los.
Anônimo disse…
Sou ateu mas não sou radical
Anônimo disse…
Gente, quanta confusão! Aos 20 anos, tornei-me ateu porque não via absolutamente nenhuma evidência da existência de seres superiores que explicassem os fenômenos naturais do mundo e do cosmos. O Materialismo dialético de Marx facilitou minha apreensão. Nietzschie em Assim falou Zaratustra, expandiu minha mente. Bem, eu li o polêmico livro de Richard Dawkins chamado Deus, um delírio e particularmente ele realmente argumenta muito bem. É consistente. O livro também mostra as diversas confusões que as pessoas fazem a respeito do deus einsteiniano, do Agnosticismo, do teísmo, do deísmo e outras vertentes. Hoje ele me preparou para argumentar. Quero deixar claro que não gosto da intolerância de alguns ateus. Os ateus devem saber se posicionar sem alardes. Os alardes acabam por provocar certa intolerância dos teístas contra eles. Hoje, eu afirmo meu ateísmo, mas com as pessoas que estarão dispostas a travar um debate honesto e não intolerante. Com certa pessoas, não vale a pena debater porque tornar-se discussão. Enfim, afirmo o ateísmo sem dúvidas mesmo que muitos achem radical, mas sem intolerâncias. Aliás, parafraseando Marx, se radical significa ir às raízes, então eu sou um radical.
Diniz disse…
Não concordo com Gleiser. É simplesmente impossível provar a inexistência de Deus, assim como é impossível provar a inexistência de fadas ou do Monstro do Espaguete Voador. Entretanto, a boa e velha Navalha de Ockam nos ensina que o mais simples é o mais provável. Como um ser invisível, onisciente, onipotente, onispresente e que criou tudo sem ter sido criado é algo muito complexo, é melhor ficarmos mesmo com a ausência desse(s) sere(s).

Além disso, sem evidência, sem crença. Não, eu não vou considerar a hipótese de um deus até que apareça uma evidência convincente a favor de tal hipótese.

Se ser agnóstico é o melhor caminho, então devemos ser agnósticos ao Bule de Chá de Russel, ou seja, temos que admitir que talvez, quem sabe, ele exista, mas não é possível afirmar tal coisa. Isso é lógico, Gleiser? Não, acho que não...
Ah, line! disse…
Um verdadeiro cético irá duvidar até da sua própria capacidade de questionamento. Acho que foi isso que Marcelo Gleiser quis transmitir ao afirmar que ateísmo é radical demais (além do fato dele querer atrair as pessoas para a ciência, sem criar polêmicas).
Ricardo disse…
O texto de Marcelo Gleiser me pareceu tão claro. Não sei o que tanta gente viu de confuso nele.
O problema, creio eu, é que agnosticismo significa, para muita gente, "ficar em cima do muro". E pouquíssimas pessoas são capazes de viver assim. A maioria precisa de certezas para seguir em frente, sejam quais forem.
Anônimo disse…
Não posso provar a existência ou inexistência de Deus, pois este jamais foi apresentado e seria impossível provar o que não existe. Mas acredito no desconhecido, ou seja, acredito que a ciência pode sempre avançar, tornando possível novas descobertas. Portanto, se Deus é o desconhecido, e portanto pode ser abordado pela ciencia, então acredito em Deus.
Sou ateu, problema meu! disse…
A salada confusa pode ser resumida pelo conteúdo do penúltimo parágrafo:

"(...)a verdadeira experiência religiosa (religar o quê ou quem com quem ou com o quê?) é espiritual (redundante!) e não depende de dogmas"

"Apesar de o natural e o sobrenatural serem irreconciliáveis (descobriu o Brasil!), é possível ser uma pessoa espiritualizada e cética" (!!!???)

É possível ser crente e descrente?

O sobrenatural, para mim, é o natural ainda inexplicado. Ou então, é simplesmente pura mentira e ilusão (não existe de fato).

Mas o que ele quer dizer com pessoa "espiritualizada"?

Bacana? Boazinha? Sábia? Espertinha? Caridosa? Solidária? Antenada? Ligada? Sensível? Empática? Trabalhadora? Empenhada? Tranqüila? Ponderada? Amiga? Presente? Religiosa?!

A sugestão do autor para o ateu "ser" agnóstico é opção retórica, não de fé. Ser agnóstico ou ser ateu é acreditar em coisas diferentes. Cada um no seu quadrado!

Concordo que o ateu extremista (ou ignorante) pode atrapalhar o diálogo tanto quanto o seu oposto religioso.

Também creio que seja imprescindível a tolerância mútua, de parte a parte, sem a qual não há diálogo honesto.

Como alguém já comentou, nossa crença (teísta ou ateísta) não muda nada o curso da vida.

Vamos continuar a nos reproduzirmos, a crescermos e vivermos do mesmo jeito, grosso-modo falando (não vou entrar no mérito de comparar a qualidade de vida entre os grupos com predominância de ateus e a dos que tem predominância de teístas).

A educação formal e o refinamento cultural podem ajudar a diminuir a altura desse muro.
Unknown disse…
Apresente-me a divindade, que eu te dou uma prova de que ela não existe. Por exemplo, o "Deus da Biblia Sagrada" explica que criou o mundo em sete dias (mas não fez o favor de dezer o ano), esse mito é facilmente desvendado quando é estudada a Teoria da Evolução", desde que o cidadão tenha esse conhecimento, é claro.Essa teoria já pode ser evidenciada por estudos dos fósseis, órgãos homólogos e análos, entre outros.
Eu penso da seguinte forma: analiso a religião, o "DEUS", e se encontrar uma contradição se quer, ele deixa de ser o todo poderoso, onisciente e onipotente, perdendo seu valor pra mim não tem valor algum. Um exemplo é a questao das incorporações de espírito no candomblé (as entidades), no dia que Exu tomer conta do meu corpo, mim converto ao candoblé e passo a fazer todos os rituais.
Até hoje nenhuma religião conseguiu passar por esse controle de qualidade, por isso sou Ateu e não vejo sentido em ser agnóstico. Pra mim o agnóstico tem preguiça de refletir e prefere se esquivar da questão religiosa.
Anônimo disse…
Tenho 16 anos, sou batizada na igreja batista, mas já frequentei tanto a católica como a evangelica. Minha humilde e crítica opinião é que os próprios religiosos de hoje em dia cometem tantos pecados como os não religiosos.
Sou contra fanatismo de qualquer tipo.
Apesar de ser batizada como disse antes, não falo de ter religião, já que não acredito em nada disso apenas na existencia do proprio ser humano e na sua capacidade como existente.
Também não digo que não acredito em algum ser superior.
Apenas não acredito no que os religiosos afirmam com tanta convicção.
Já que não se tem provas suficientes da existenci ou não de algum ser supremo.
E na minha outra opiniao ser Ateu pode ser melhor já que não fingem estar em dúvida sobre algum que não podemos afirmam na certeza.
E também não afirmo que o que eu disse acima pode ser verdade ou não já que todos sabem que na internet todos podemos mentir no livre arbitrio.
Anônimo disse…
Gleiser é claramente um ateu que prefere nao admitir porque acredita que isto prejudicaria o que ele acredita ser sua missao maior que é o de fazer divulgacao cientifica. Gleiser, acredite, o publico do qual voce teme represalia nao tem o menor interesse em ciencia.
Anônimo disse…
É melhor optar por ser agnostico, pois o ateismo e muito radical.
Um cientista de verdade nao 'opta', simplesmente cre ou nao baseado em evidencias.
Sylvio Deutsch disse…
Usar o termo agnóstico para a idéia de "ateu light" é perigoso, o termo é usado também para definir pessoas que acreditam em deuses mas não em religiões.

Prefiro usar as definições que vi no livro Ateísmo e Liberdade, de André Cancian:

Pode haver ateísmo implícito, que pode ser natural (aqueles que nunca ouviram ou são incapazes de se posicionar a respeito de deuses) ou prático (aqueles que conhecem a ideia de deuses mas não se preocupam em negá-la por achar que é inútil tentar provar);

E pode haver o ateísmo explícito, que pode ser negativo ou cético (não aceita a idéia pela ausência de evidências) ou positivo ou crítico (a negação absoluta da idéia).

Então o que aqui se está denominando "ateu" na verdade é a vertente Explícita Crítica da idéia, e o Gleiser estaria na categoria de Ateu Implícito Prático, onde ficam os que se denominam agnósticos. Mas certamente ele pensou e pensa a respeito do assunto, então eu diria que se enquadraria melhor como Ateu Explícito Cético, que por acaso é onde me coloco também.

{}Fatbear
boralaemcasa disse…
O agnóstico fica em cima do muro: de um lado deus existe, do outro não. pra ele resta a questão: "dá pra provar? prove que sim, prove que não"

Acontece que Gödel já provou que existem verdades não prováveis.

Para mim não dá pra ficar em cima do muro felicidade/infelicidade, verdade/mentira, realidade/ilusão.
Anônimo disse…
Marcelo Gleiser é parente do ator Elias Gleiser ?
Unknown disse…
A solução é simples, seja vc ateu,agnóstico, cético, religioso ou qualquer outra definição que achar...esteja apenas pronto a mudar de opinião caso seja convencido do contrário! É o segredo pra não ser um cego fundamentalista que não enxerga um palmo na frente do nariz.
Anônimo disse…
Não estarei dizendo novidade, haja visto o grande numero de comentários negativos ä ideia não só insensata como PSEUDO FILOSOFICA. O sr Gleiser, para quem conhece, é o amando do status quo, o cara que meteu os pés pelas mãos logo no inicio da divulgaçao pelo IPCC do relatório das mudanças climáticas. Ele era um NÃO crente do documento produzido e se arvorou a criar uma anti-teoria, indo contra centenas de estudos cientificos.. Tolo seria o melhor epíteto para este senhor, mas infelizmente ele está rico divulgando bobagens por ai. Agora parace nos, está sendo pago pela igreja para colocar um monte de gente famosa em frases fora de seu contexto para justificar suas baboseiras. Lamentável é que tenha quem engula isso...
Anônimo disse…
Ateu radical = quer que exista liberdade de expressão para que não exista discriminação por motivo de crença(ou descrença);
Crente radical = quer que todos acreditem no que ele acredita, e que os opositores sejam eliminados.
Eduardo Henrique disse…
Eu concordo plenamente com o Marcelo. Enquanto os religiosos defendem que a coisa mais importante é um ser superior e os ateus a não-existência do mesmo, os agnósticos defendem a ética (cada um tem o direito de acreditar no que quiser, com tanto que isso não corrompa o bom relacionamento entre as pessoas). Basicamente, o que os ateus fazem é a mesma coisa que os religiosos fazem, diferindo-se apenas pela oposição das idéias. Eu sou agnóstico e defendo que a ética (e consequentemente a felicidade) sim é a coisa mais importante que o ser humano pode ter. Luto por uma sociedade justa e sem problemas. Sou totalmente contra desavenças religiosas, que não imagino ser possível sua aniquilação sendo religioso ou ateu devido à ainda baixa racionalidade do ser humano (se o homem fosse mais inteligente, poderíamos ter uma sociedade perfeita possuindo as diversas religiões). O agnosticismo, por sua vez, é neutro e, como no título da música de Paul McCartney (Live and Let Die - Viva e Deixe Morrer), não discute o modo de pensar de outras pessoas (afinal de contas, este é o princípio do livre-arbítrio). Para a vida ter graça, não é necessário estar de um lado ou de outro, defendendo seus dogmas até a morte, como foi claro em um dos comentários.
Anônimo disse…
Inteligencia,significa estar em busca de verdade,mas saber,principalmente o que é a verdade,a e verdade é algo temporal,e não concreta,absoluta.Cada tempo,ou eté mesmo,durante a nossa vida ela é relativa,de acordo com nossas perguntas,no primitivismo,as perguntas tinhão respostas de acordo com o seu tempo,e a verdade continuara a ser relativa,ela acompanha a evolução humana,o ser humano e relativo,ou melhor e um produto do meio,e esse meio é relativo,esta em constante evolução e a verdade vai junto,o que era verdade p/ o humano primitivo já não mais o é.E respeito a verdade de deus, e o principio de tudo é igual,o importante é estar desarmado de radicalismo,para poder ter o equilíbrio p/viver a verdade presente,e a verdade presente é aquela que cada um encontra analisando tudo que nos esta sendo apresentado,pelos meios de estudos,que esta evoluindo a cada dia.E hoje a minha verdade, analisando vários estudos,e que deus e o universo,que é eterno e é deus só por esse motivo e não tem nada de perfeito,e tudo que emana dele é imperfeito.Somos levados pela nossa mente a achar que tudo tem que ter um criador p/tudo que existe,ela(nossa mente)é falha não consegue conceber algo sem começo nem fim,algo eterno,então ficamos numa busca sem fim na esperança de encontrar esse ser superior,se um ser superior ou perfeito existisse,tudo que dele emanasse seria obrigatoriamente perfeito,e nada no universo é perfeito,a não ser a eternidade,e ele mesmo se modifica se transforma,com destruição e criação que acontecem naturalmente na sua eternidade,estamos falando do universo material,mas a um universo paralelo a este que é anti-material, e esta é uma verdade mais profunda que só com a experiencia pessoal e que se conhece,cem o uso de drogas de todas especie,esta energia é real,ate cientista já comprovarão a sua existência,que para átomo de matéria a um átomo de anti-matéria, através da matemática,só é preciso que se faça na pratica.Está e a minha verdade,ou o meu livro,e que cada um escreva o seu.
Anônimo disse…
O ateísmo explícito é a rejeição consciente da ideia de deus.

O ateísmo negativo ou cético é a descrença na existência de deus(es) devido à ausência de evidências em seu favor.

O ateísmo positivo ou crítico é a variedade mais difícil de ser defendida, pois é uma descrença que envolve a negação da possibilidade de existência de um deus.

Anônimo disse…
Pelo que vimos acima, tal objeção transborda uma tremenda incompreensão do que é ateísmo. Primeiramente, porque o ateísmo não é uma crença dogmática na inexistência de deus, mas somente a ausência de crença nesse tipo de entidade sobrenatural. Em segundo lugar, porque há uma regra lógica muito simples — e convenientemente ignorada pelos teístas — que diz o seguinte: não é razoável acreditar em algo sem ter motivos para fazê-lo. Qualquer indivíduo sensato há de convir que a atitude de não acreditar em algo — por não haver evidências convincentes em seu favor — não é uma crença, e tampouco precisa se sustentar em provas.

Além disso, provar negações universais, por motivos lógicos, é algo extremamente difícil, e alegremente certos teístas usam isso para afirmar que ninguém é capaz de provar a inexistência de Deus. À primeira vista, isso parece razoável, e seria suficiente para empatar os placares. Mas, com um pouco de pensamento crítico, logo se percebe a incoerência: não podemos provar a inexistência de praticamente qualquer coisa. Para deixar a ideia clara, só precisamos de algum tempo livre para dar asas à nossa imaginação. Por exemplo, formulemos algumas hipóteses bizarras:

1) Nosso universo, na verdade, é um aquário espacial feito por alienígenas que estão brincando de cultivar seres humanos.

2) Existem cogumelos imateriais que vivem numa dimensão paralela, os quais estão nos vigiando constantemente, apesar de não podermos detectá-los.

3) A verdadeira divindade, que criou o mundo e os homens, é Zeus, com a ajuda de Apolo e Dionísio. Eles e inumeráveis outros deuses estão todos no Olimpo nos observando.

4) O planeta em que vivemos é um elétron; o Sol é um conjunto de prótons e nêutrons; nosso sistema planetário como um todo é um átomo de flúor gigantesco. Os físicos modernos discordam de tal afirmação, mas isso acontece porque o homem ainda não possui tecnologia suficiente para observar e analisar a realidade de modo preciso.

5) O universo só parece mecânico e impessoal; na verdade, o mundo em que vivemos é autoconsciente.

6) Há uma civilização pacífica que habita o núcleo do Sol; ela se protege do calor através de um sistema hipertecnológico que nos é inconcebível; nela vivem milhões de unicórnios, centauros e minotauros em um grau de desenvolvimento muito superior ao nosso.

7) Há um grande dragão alado vermelho cuspidor de fogo em meu quarto; contudo, toda vez que alguém tenta observar ou confirmar sua existência, este desaparece imediatamente de modo misterioso.

Então perguntemos: como alguém seria capaz de refutar tais hipóteses? Não temos qualquer motivo para julgá-las verdadeiras, mas, mesmo assim, não temos como provar que são definitivamente falsas. É esse o problema das negações universais.

Por exemplo, no caso da sexta hipótese, o único modo de provar que tais seres não existem seria ir até o núcleo do Sol e olhar se estão lá ou não, mas isso não é realmente uma boa ideia, pois frequentar locais que estão a milhões de graus Celsius é relativamente perigoso. Isso significa que não podemos provar a inexistência dessa tal civilização helionuclear. Entretanto, faz algum sentido declarar que essa impossibilidade serve como uma evidência de sua existência? Definitivamente, não. Ademais, o fato de alguém acreditar piamente em tal hipótese é irrelevante à sua veracidade.

Vale a pena fazermos, aqui, um breve comentário sobre a posição denominada agnosticismo. Equivocadamente, costuma-se pensar que esta jaz no limiar da dúvida entre o teísmo e o ateísmo; na verdade, o agnosticismo é independente da questão da crença/descrença em um deus. Tal visão diz respeito somente à impossibilidade de a mente humana conceber, compreender ou julgar alguns tipos de questões, afirmando que tais assuntos estão além do escopo da racionalidade humana, sendo, portanto, impossível formular sobre eles qualquer juízo seguro.

Anônimo disse…
É errado pensar no agnóstico como um indivíduo meio termo entre as duas perspectivas, ou seja, que não afirma nem nega a existência de uma entidade superior, supostamente representando uma posição de questionamento sensato em vez de um extremismo ateísta. O agnosticismo certamente não é uma terceira opção entre o teísmo e o ateísmo, e é fácil evidenciar o porquê. O agnosticismo envolve a crença em deus? Não. Envolve a descrença em deus? Não. Então que relação necessária tem com esta questão? Nenhuma.

TECNICAMENTE, nada pode se AFIRMAR.

Entretanto, seria tão irrelevante possibilitarmos à existência de coisas inverficáveis, assim como; deus, duendes, monstro do lago ness etc...
Dentro da lógica informal, afirmo que toda humanidade compartilha de um agnosticismo, onde que não há evidências racionais contra e nem à favor que comprova a ALEGAÇÃO do suposto deus. Porém, os ateus existem pelo POSICIONAMENTO LEGÍTIMO em contestar que DEUS NÃO PASSOU de uma idéia inverificável.

Se deus está além do físico (metafísico), quem nos garante que os defensores dessa idéia, estão apenas precipitando uma idéia imaginária pela falta de dados suficientes?

Ateismo não é poesia, não é filosofia, não é ideologia, nem teoria e muito menos tecnologia, rs. É apenas a constatação do óbvio.
Anônimo disse…
Vamos colocar o Marcelo Gleiser em um avião em queda pra ver se ele vai chamar por DEUS ou não. Que lixo de ser humano!!!!!!!!!
Marco disse…
Considero o agnosticismo muito mais radical do que o ateísmo. O ateu se preocupa com o tema do existir ou não algo além da matéria, no que o agnóstico responde "isto não me interessa".
Unknown disse…
Claro que não interessa. Agnósticos não carregam Deus nas costas. Que sentido tem negar a Deus, sem questionar o que seria Deus?
Bruno de Moura disse…
Não sou agnóstico porque não vejo razões para dar o benfício da dúvida a uma idéia que não se baseia em evidências, não tem fundamento lógico, é pobremente definida e é até mesmo incompreendida pelas pessoas que exercitam fé. Simplesmente parece uma idéia que saiu da cachola de alguém, e isso não basta para ser considera-da fonte de inverstigação. Se alguém falar que existem bufalos falantes cor de rosa que bebem suco da maça em algum planeta de alguma galaxia por ai, essa afirmação não é apenas inverificavel, ela é completamente desassociada propósito. Tal afirmação não possui contexto algum para ser afirmada... Não foi vista, não pode ser deduzida... tudo indica que ser apenas um idéia que brotou da imaginação de alguém, e sabemos que isso não é o bastante para levarmos tal ideia como uma considerável hipótese. Pode existir tais bufalos? Pode, mas quais são as chances de algo que tem tudo para ser uma fabricação da imaginação humana, vir a ser verdade?

Ateísmo é a opção daqueles que demandam boas razões para acreditar e que ainda não recebeu nenhuma razão satisfatíria. Agnosticismo, como sendo a dúvida sobre a existência de um criador, me parece irracional, uma vez que deus não produziu nenhum bom argumento pela qual mereça nossa dúvida.
Unknown disse…
Sou espírita e, como tal, muitíssimo interessado em ciência, porque minha fé, posto não deixe de ser também algo "sentido", é raciocinada e embasada no método indutivo (experimental), a partir do estudo sistemático – frise-se o sistemático, para incluir no início e separar depois o que é leviano do que é sério – das supostas comunicações com o mundo espiritual que pululam a todo momento e em localidades diversas. Com seriedade, Allan Kardec frisou que "Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade", e igualmente que, "Se algum dia a ciência comprovar que o espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da ciência". Assim, embora nós espíritas geralmente consideremos que a prova da existência de Deus é simplesmente baseada na lei de causa e efeito (um efeito deve ter uma causa; um efeito inteligente, uma causa inteligente), sabemos, com humildade, que o argurmento não está isento de críticas – de David Hume a Stephen Hawking –, mesmo que isso, para nós, provenha de incontáveis comunicações austeras – mas não de Deus diretamente, "so to speak". Concluo pensando que, na falta de ciência, precisa-se de mais ciência; que a ciência espírita pode colaborar com a ciência tradicional, ainda que para ser refutada completamente e perder o "auto-status" de ciência; e que os agnósticos e ateus (de alguns tipos) esperam por mais ciência também, ainda que para se provar de forma contundente que Deus existe, e que Chico Xavier, por exemplo, não era um lunático que doou a vida e seus mais de 400 livros por uma causa tão nobre que é a caridade.
Unknown disse…
Sou espírita e, como tal, muitíssimo interessado em ciência, porque minha fé, posto não deixe de ser também algo "sentido", é raciocinada e embasada no método indutivo (experimental), a partir do estudo sistemático – frise-se o sistemático, para incluir no início e separar depois o que é leviano do que é sério – das supostas comunicações com o mundo espiritual que pululam a todo momento e em localidades diversas. Com seriedade, Allan Kardec frisou que "Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade", e igualmente que, "Se algum dia a ciência comprovar que o espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da ciência". Assim, embora nós espíritas geralmente consideremos que a prova da existência de Deus é simplesmente baseada na lei de causa e efeito (um efeito deve ter uma causa; um efeito inteligente, uma causa inteligente), sabemos, com humildade, que o argurmento não está isento de críticas – de David Hume a Stephen Hawking –, mesmo que isso, para nós, provenha de incontáveis comunicações austeras – mas não de Deus diretamente, "so to speak". Concluo pensando que, na falta de ciência, precisa-se de mais ciência; que a ciência espírita pode colaborar com a ciência tradicional, ainda que para ser refutada completamente e perder o "auto-status" de ciência; e que os agnósticos e ateus (de alguns tipos) esperam por mais ciência também, ainda que para se provar de forma contundente que Deus existe, e que Chico Xavier, por exemplo, não era um lunático que doou a vida e seus mais de 400 livros por uma causa tão nobre que é a caridade.
Unknown disse…
vou escrever na çua linguagem de inculto e anarfabetico rsrsr pois acho q oce vai entender melho.o seu probrema querido é farta de curtura o dia em q oce aprende a ler e interpretar de forma inteligente as coisa oce vai parar de ser e bobinho!

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