Pular para o conteúdo principal

Igreja deveria excomungar ladrões e corruptos, diz promotor

O promotor de Justiça criminal José Carlos Blat lamentou que o arcebispo José Cardoso Sobrinho, de Olinda e Recife, tenha excomungado as pessoas que, dentro da lei, interromperam a gravidez da menina de 9 anos estuprada pelo padrasto.

promotor José Carlos Blat “A Igreja Católica simplesmente ignorou que o Brasil é um Estado laico”, disse Blat (foto), que de 1998 a 2004 fez parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público do Estado de São Paulo.

E já que igreja tem dificuldade em aceitar uma legislação laica, continuou o procurador, os padres e bispos deveriam examinar os processos criminais e excomungar os ladrões e corruptos, além dos assassinos.

Ao menos assim, na opinião de Blat, haveria coerência da parte da igreja. Porque, disse, não faz sentido o arcebispo excomungar médicos e a mãe da menina e não aplicar a mesma punição ao estuprador.

Em um artigo publicado no site Consultor Jurídico, o procurador observou que a menina – que deu o consentimento para o aborto - só escapou da excomunhão de dom Sobrinho porque é menor de idade.

Concluiu: “Mesclar assuntos que envolvem a fé, a aplicação da lei penal e o direito de punir do Estado é querer ressuscitar a Santa Inquisição”.

> Caso da gravidez e aborto da menina estuprada.

Comentários

Tereza disse…
Concordo plenamente com o procurador José Carlos Blat, ainda bem que temos a lucidez desta pessoa para conduzir situações monstruosas como a que envolveu a criança em questão. Porque são várias situações monstruosas, a de ser violentada sexualmente por um adulto, de ter engravidado em plena infância, de tomar a decisão de interrompê-la e, pior ainda, saber que o crime cometido contra ela é insignificante.
Sobre a dificuldade da igreja em aceitar uma legislação laica, segundo o procurador, acrescento que ela deveria, então, julgar sentenciar e excomungar os padres pedófilos e não protegê-los no manto sagrado. Ia esquecendo, violência sexual contra crianças não é crime para a igreja católica.
Esse episódio deveria ser amplamente protestado por toda a sociedade e que seja reivindicado a condenação judicial do arcebispo José Cardoso Sobrinho por atentado contra a vida e a infância.

Parabéns ao procurador José Carlos Blat

Saudações
Anônimo disse…
NOSSA, PRA MIM, A IGREJA CATÓLICA NUNCA DEIXOU A INQUISIÇÃO DE LADO... ELA SEMPRE SE METE EM TUDO E SEMPRE QUER QUE TODOS SIGAM SUAS LEIS. UM BASTA À ESSA IGREJA ULTRAPASSADA E A ESSES PADRES E BISPOS ATRASADOS!!!
Anônimo disse…
Parabens Dr José C. Blat !

De fato , esse arcebispo reacionario (recidivista por sinal) esqueceu que o Brasil é laìco e é uma democracia com leis que protegem mulheres e crianças vitimas de crimes hediondos.
E inaceitavel declarar em rede nacional que a "pedofilia é crime menos grave do que aborto , e ainda que as leis de Deus estão a cima das leis dos homens " (o pugno não é meu ...thanks god !)
Se não me engano , isso se chama apologia a pedofilia e ao crime . Essa doutrina surprendente explica pelo menos porque todos os pedofilos eclesiasticos nunca são nem punidos , menos excomungados pela igreja ... nem pelo vaticano.
So falta o arcebispo canonisar o padrasto estuprador , ou quem sabe , contrata-lo como secretario da santa turma...aaaamen! quanta decadencia numa boca so ! esse arcebispo precisa tirar um tempinho de ferias num presidio com ums "compadres" pra ver como são tratados aì os pedofilos e patrocinadores deles.
Parabens aos medicos e ao presidente Lula que coragosamente apoiou eles.
Como falou o Dr Roberto Tadeli , esse sujeito poderia ser processado...
Anônimo disse…
O ANONIMO citou a in quisicao, a coisa ta mais grave, ja que o atual PAPA, cuidava do SANTO OFICIO, em outras palavras, inquisicao moderna.

veja


joseph Ratzinger, agora papa Bento XVI, não é apenas o principal representante das alas mais conservadoras do catolicismo. Tendo estado à frente, por 24 anos, da Congregação para a Doutrina da Fé — a versão “modernizada” do Tribunal do Santo Ofício, ou seja, da Inquisição —, Ratzinger foi responsável direto pela crescente “linha dura” nas questões doutrinárias da Igreja e pelo inquisitorial silenciamento de todo e qualquer um que questionasse suas posições.

fonte

http://www.culturabrasil.org/bentoxvi.htm

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Morre o americano Daniel C. Dennett, filósofo e referência contemporânea do ateísmo

Evangélico 'enviado de Cristo' dá marretadas em imagem de santa

Após décadas desestruturando famílias, TJs agora querem aproximação com desassociados

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça

Experimento descobre que a energia escura evolui e está se diluindo