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Jovem fica preso 4 meses por suspeita de furto de 10 reais

injustica

O banqueiro Daniel Dantas, acusado de crimes financeiros na ordem de bilhões, ficou algumas poucas horas na prisão, porque obteve com rapidez um habeas corpus do prestimoso ministro Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

A mesma sorte não teve um jovem dependente de drogas. Ele ficou preso por quatro meses até que sua mãe conseguisse um habeas corpus do STF. A informação é do Consultor Jurídico.

O jovem foi preso, veja só, por suspeita de ter furtado R$ 10. Isso mesmo: R$ 10. Não se trata de  1 milhão de dólares, a quantia com a qual Dantas tentou subornar um delegado da Polícia Federal.

Antes de a mãe dele ir ao STF, ela teve de recorrer ao TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, que manteve o rapaz preso.

No entendimento do TJ, o jovem devia ser mantido na cadeia para “assegurar a ordem pública” e porque, pelo depoimento de policiais, havia “indícios” de que ele de fato furtou os R$ 10.

Pergunto: que Tribunal é esse que, em um país de grandes corruptos e corruptores, perde tempo e dinheiro com um caso tão insignificante e ainda por cima decide manter trancafiado alguém por tão pouco e sem provas conclusivas?

No entendimento do ministro Humberto Gomes de Barros, presidente em exercício do STF que concedeu a liberdade ao jovem, o suposto furto não chega a agredir os valores sociais.

Não é o primeiro caso de alguém mantido preso por meses por causa de furto ou de suposto furto envolvendo pequenas quantias. Há muitos outros.

Enquanto isso, os Danieis Dantas estão por aí, soltos. É bem verdade que o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, aquele que deu um golpe de R$ 1,5 bilhão no Banco Central, está preso e em cela especial, mas será por pouco tempo, aposto.

Casos de juízes implacáveis com pobres por mixaria.

Comentários

Flavio Campos disse…
O judiciário é assim, o legislativo é vergonhoso e o executivo não sabe de nada...
Só me resta confiar no poder popular...
Drika Maraviglia disse…
Mais um caso que expõe em todas as cores, a perversidade da justiça brasileira que só funciona para quem pode pagar.
Os outros, muitas vezes vítimas destes que enriquecem ilegalmente e impunemente, que apodreçam nas cadeias.
VERGONHA!

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