O senador Wilder Morais (PP-GO) acusou o livro infantil “A máquina de Brincar”, de Paulo Bentancur, de promover “culto ao satanismo”.
Livro brinca com ideia do bem e do mal |
Distribuído às escolas públicas, o livro foi escrito em forma de poema.
Ele ressalta o lado bom do diabo e o ruim de Deus, de acordo com seu autor.
Trata-se de uma brincadeira que procura cultivar o senso crítico das crianças.
Para Morais, contudo, o livro é uma blasfêmia porque chama o diabo de “amigo” e zomba de religiosos.
O senador tenta, assim, surfar em uma controvérsia antiga, de 2014, quando pais criticaram o “livro satanista”.
Os 59 anos, o escritor e crítico literário gaúcho Paulo Bentancur (na foto abaixo) morreu no Rio de Janeiro no dia 28 de agosto de 2016 de ataque cardíaco.
No auge da controvérsia, ele tinha dito que o seu livro estava sendo alvo de fanáticos religiosos.
Bentancur foi um ateu assumido.
Ele não acreditava, portanto, em Deus nem no Satanás.
O que demonstra que o senador Morais não se informa sequer para defender a censura de um livro.
Betancur não acreditava em diabo |
Envio de correção.
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