Abrir uma empresinha, para se manter, criar empregos, pagar impostos, contribuindo assim para o desenvolvimento do Brasil, não é fácil. Porque é a burocracia um grande desafio a ser vencido, entre outros. Mas abrir uma igreja para, suspostamente, pregar a palavra de Deus e, com certeza, colher dízimo, é fácil, muito fácil. Não é preciso ter nenhuma formação teológica ou doutrinária, nem apresentar um número mínimo de fiéis. Para mostrar o quanto é fácil se estabelecer como um “homem de Deus”, três jornalistas da Folha de S. Paulo fundaram a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio. Em dois dias úteis, com R$ 218,42, registraram a nova religião em cartório. Três dias depois obtiveram o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), ao custo de R$ 200. Ou seja, no total gastaram R$ 418,42 e agora, como tantos outros, possuem uma denominação que desfruta de isenção de impostos sobre patrimônio, renda e serviços, como o IR (Imposto de Renda) e o IOF (Imposto sobre Operação Financ