Após anos pesquisando documentos do Terceiro Reich, arquivos da SS (Polícia de Estado), cartas pessoais de oficiais e jornais alemães do período da Segunda Guerra, o historiador Eric Kurlander concluiu que o pensamento místico e esotérico e teorias da conspiração são parte fundamental do nazismo.
No livro recém-lançado “Os Monstros de Hitler”, de 552 páginas, o pesquisador americano mostra como o “imaginário sobrenatural” foi usado para validar a ideologia do nazismo.
O “imaginário sobrenatural”, segundo o autor, emergiu no século 19 em reação ao racionalismo e ao progresso da ciência.
Essa conexão improvável de simbolismos, segundo ele, possui três pilares: o ocultismo (teosofia, antroposofia, astrologia, magia e parapsicologia, entre outras práticas), religiões alternativas e o folclore (incluindo o paganismo germânico) e a “ciência de fronteira”, como radiestesia e teoria do gelo mundial.
Na corte do nazismo, Heinrich Himmler, comandante da SS, se destacou na implementação de crenças místicas que reforçavam uma suposta inevitabilidade de soluções totalitárias.
Kurlander alerta que, neste início do século 21, o “imaginário sobrenatural” está voltando com força, explicando, em parte, a guinada na política mundial para a extrema-direita.
A esperança do historiador é que, em contraposição a lideranças carismáticas que ameaçam a democracia, surja um novo iluminismo.
No livro recém-lançado “Os Monstros de Hitler”, de 552 páginas, o pesquisador americano mostra como o “imaginário sobrenatural” foi usado para validar a ideologia do nazismo.
O “imaginário sobrenatural”, segundo o autor, emergiu no século 19 em reação ao racionalismo e ao progresso da ciência.
Essa conexão improvável de simbolismos, segundo ele, possui três pilares: o ocultismo (teosofia, antroposofia, astrologia, magia e parapsicologia, entre outras práticas), religiões alternativas e o folclore (incluindo o paganismo germânico) e a “ciência de fronteira”, como radiestesia e teoria do gelo mundial.
Na corte do nazismo, Heinrich Himmler, comandante da SS, se destacou na implementação de crenças místicas que reforçavam uma suposta inevitabilidade de soluções totalitárias.
Na Alemanha, antes do nazismo, já circulavam tais visões, que eram acatadas principalmente por “pessoas frustradas com o materialismo, com a complexidade das instituições liberais, por pessoas que buscam por soluções simples e por um líder carismático”.
Kurlander alerta que, neste início do século 21, o “imaginário sobrenatural” está voltando com força, explicando, em parte, a guinada na política mundial para a extrema-direita.
A esperança do historiador é que, em contraposição a lideranças carismáticas que ameaçam a democracia, surja um novo iluminismo.
O que diz a crítica
Michael Dirda (The Washington Post): “A história definitiva do sobrenatural na Alemanha nazista — as ideias ocultas, as ciências esotéricas e as religiões pagãs apregoadas pelo Terceiro Reich a serviço do poder. [Kurlander] mostra a rapidez com que ideias irracionais podem se consolidar, mesmo em uma era anterior às mídias sociais.”
National Review: “Um exame cuidadoso, lúcido e exaustivo de um assunto tão escabroso que provavelmente afastou algumas das pesquisas sérias que ele merece.”
Michael Dirda (The Washington Post): “A história definitiva do sobrenatural na Alemanha nazista — as ideias ocultas, as ciências esotéricas e as religiões pagãs apregoadas pelo Terceiro Reich a serviço do poder. [Kurlander] mostra a rapidez com que ideias irracionais podem se consolidar, mesmo em uma era anterior às mídias sociais.”
National Review: “Um exame cuidadoso, lúcido e exaustivo de um assunto tão escabroso que provavelmente afastou algumas das pesquisas sérias que ele merece.”
> Com informação de Sylvia Colombo / Folha de S.Paulo e outras fontes.
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