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Vereadores de Engenheiro Coelho resistem, mas terão de aceitar o fim de leitura bíblica

A Justiça deu o caso como "transitado em julgado", ou seja, não cabe mais recurso judicial contra a decisão que restabeleceu a laicidade de Estado na Câmara Municipal


Quando o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou inconstitucional a leitura de trecho da Bíblia no início das sessões da Câmara Municipal de Engenheiro Coelho, vereadores dessa cidade paulista esboçaram resistência em acatar a decisão judicial.

Paulo César Scholl (PSDB), presidente da Câmara, por exemplo, afirmou que o TJ não teve "bom senso" na decisão e que ia conversar com alguns deputados para tentar reverter o veto, aparentemente desconhecendo que pressão política não altera decisão judicial.

Agora, Scholl e outros vereadores que não aceitam a separação entre Igreja e Estado vão ter de se conformar porque o Tribunal deu o caso como "transitado em julgado", significando não caber mais recurso judicial contra o fim da leitura bíblica.

Entre os vereadores, além do Scholl, Salvador Figueiredo de Souza (Cidadania) se destaca em rejeitar a laicidade de Estado.

Banks é o autor da
representação que
levou o MP a propor
ação contra Câmara 

Após o TJ-SP julgar como inconstitucional a leitura Bíblica, Salvadorzinho do Bar, como o vereador é conhecido, comentou na sessão da Câmara do dia 8 de maio que a iniciativa que resultou no veto teria sido de "gente de fora" [de outra cidade] e "sem coração".

Quem acionou o Ministério Público para propor a Adin foi Eduardo Banks, carioca, ateu e militante pelo Estado laico.

"O vereador me lembra Luiz Datena, para quem ateus não têm coração", afirmou Banks, referindo-se a um episódio em que o apresentador da Band manifestou preconceito contra quem não crê em Deus.

Ele intimou judicialmente o vereador Souza a esclarecer as suas afirmações e a quem elas se referem, para descartar ou confirmar uma "discriminação por procedência nacional".

> Com informação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, de Eduardo Banks e outras fontes. A Câmara de Engenheiro Coelho tem aqui espaço garantido caso queira se manifestar.

• Tribunal veta leitura da Bíblia na Câmara Municipal de João Pessoa

• Tribunal impõe o Estado laico à Câmara de São Carlos. Nada de Bíblia

• Religiosos não entendem que Estado laico beneficia a todos

Comentários

CBTF disse…
O Salvadorzinho do Bar não conseguiu salvar nada e além de tudo praticou discriminação por procedência nacional e contra ateus, agora terá que salvar sua própria pele.

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