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Ateísmo não desumaniza ninguém, afirma padre Lancelotti

Sacerdote reconhece que população sem religião está crescendo

O padre Júlio Lancelotti, 73, da ala progressista da Igreja Católica, afirma que o "ateísmo não desumaniza ninguém". "A misericórdia, a compaixão e a solidariedade não são dimensões religiosas, são dimensões humanas."

"O importante é ser humano. Até teve uma pesquisa que saiu há algum tempo, que diz que os ateus eram mais solidários. Recebo aqui muita ajuda de pessoas que dizem não ter religião nenhuma."

Para Lancelotti,
o importante é
ter compaixão

O padre é conhecido por seu trabalho de ajuda aos miseráveis. Há cerca de 20 anos é coordenador da Pastoral do Povo da Rua, na cidade de São Paulo.

Ele reconhece que o Ocidente deixou de ser católico e que, no Brasil, a tendência é aumentar o número de pessoas sem religião, conforme o próximo Censo deixará evidente.

"A Holanda era um país completamente católico; hoje muitas igrejas na Holanda são livrarias, são bares. Agora isso não quer dizer que eles são mais desumanos. Uma forma de eu não aceitar aquilo, eu me torno antirreligioso."

O padre entende que muita gente é ateia, mas em relação a um deus ruim. Citou como exemplo o escritor português, que, no entender dele, foi ateu em relação ao deus perverso do ditador Salazar.

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