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Campus de Nova Andradina da UFMS dará aulas sobre História do Ateísmo

Ciclo é pioneiro nas universidades brasileiras

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Campus de Nova Andradina, inicia no dia 12 de março um ciclo de aulas presenciais sobre a História do Ateísmo (desde a Grécia Antiga aos atuais dias). Haverá um capítulo dedicado ao Brasil. As aulas ocorrerão aos sábados, entre 13h15 e 17h25.

Trata-se de um curso pioneiro nas universidades brasileiras. Criado em 2018 pelo professor de história Ricardo Oliveira da Silva, o ciclo foi ministrado por ele pela primeira vez em 2019.

A matéria optativa se destina aos estudantes de história da UFMS e aos interessados em geral. Estes terão de entrar em contato com Oliveira (ricardorussell@gmail.com).

O objetivo do professor é abordar um tema — o ateísmo — que tem sido negligenciado pela academia, apesar de sua importância na história das ideias e para o entendimento da secularização que ocorre em países mais desenvolvidos, principalmente europeus.

Oliveira é o criador de
curso pioneiro no Brasil

O professor acredita que isso se deve, em parte, ao preconceito que há em relação aos ateus em uma sociedade de forte tradição religiosa, como a do Brasil, onde a laicidade de Estado é afrontada diariamente.

"Quem se assume como ateu ou ateia é visto com desconfiança, no mínimo, ou, pior, é tido como imoral", diz Oliveira.  "Entender o surgimento e os sentidos do preconceito em torno do ateísmo é uma das metas das aulas."

Para ele, o estudo do ateísmo é importante não só por si mesmo, mas também porque destaca a necessidade de haver pluralismo de ideias em um momento de intolerância e fanatismo religioso, que ameaçam a democracia e a convivência pacífica no Brasil.

A defesa do Estado laico é "um caminho" para atenuar essas tensões, afirma.

Oliveira é autor do livro "O Ateísmo no Brasil: os sentidos da descrença nos séculos XX e XXI", que pode ser adquirido neste link.

Ele mantém no Youtube o canal História do Ateísmo, onde pode se ter uma prévia sobre o seu curso. O professor também é colaborador deste site.

> Com informação de Bárbara Ballestero, do site Nova News, e de outras fontes.



Ateus precisam reagir aos religiosos e políticos que flertam com a teocracia


Comentários

Dani Ohana disse…
👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.