Pular para o conteúdo principal

MP da Bahia faz pastor se retratar de ofensa em culto aos homossexuais

Januário usou palavra pejorativa

Um pastor da Primeira Igreja Batista de Ipiaú (BA) assinou com o Ministério Público Estadual um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) pelo qual ele teve de se retratar pelo Youtube da referência negativa que fez aos homossexuais. Carlos César Januário tem prazo de 30 dias para expor a retratação em um culto.

No dia 30 de junho de 2021, ao propor a fiéis o boicote a duas empresas que promoviam o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o pastor usou o termo "homossexualismo".

O sufixo de origem grega "ismo" denota condição patológica, doença, como "alcoolismo". O termo correto é "homossexualidade".

Januário assinou o TAC em 27 de outubro, o que só agora foi divulgado. O pastor se comprometeu também a não usar nenhum outro termo negativo em referência aos homossexuais.

A promotora Alícia Violeta Botelho, que assinou o termo como representante do Ministério Público, afirmou que o propósito do documento é "garantir o respeito à dignidade da pessoa humana e à diversidade sexual como decorrência dos direitos fundamentais ao livre desenvolvimento da personalidade, da liberdade e da igualdade”.

O pastor Silas Malafaia criticou o TAC afirmando que se trata de cerceamento ao direito de crença. Pediu aos pastores de todo o país falem nos próximos cultos sobre "os pecados" cometidos pelos homossexuais, de acordo com a Bíblia.



> Com informação do Ministério Público da Bahia, da rede social e de outras fontes.

Religião é grande foco gerador de homofobia e preconceitos


Escócia é o primeiro país a incluir direitos LGBTI no currículo escolar


Comentários

Santini Alves Ribeiro disse…
Paulo Lopes, aqui na cidade de Artur Nogueira - SP aconteceu a mesma coisa, me ajude a deixar esse pastor famoso: https://www.youtube.com/watch?v=PJb633L9R7o
emerson cordeiro disse…
Gay tambem é gente.
Marcos Ariel disse…
Os dicionários de português não discriminam essas palavras, consideradas sinônimos, tampouco indicam qualquer sentido pejorativo.
Uma coisa, legítima é a igreja aceitar ou não certas pessoas em seus quadros ou celebrações. Vide a ICAR em que mulheres não podem assumir cargos importantes, a maioria delas não aceitar casamento igualitário, p.ex.
Agora associar com algo que igreja alguma tem moral em dizer, que seria "errado", "anormal", "doença" (pior ainda por ser atributo científico), "ilegal" etc que são em nada com religiosidade e afins. Assim como indiretamente associar "pecado" com algumas coisas de fato erradas (roubo, assassinato, p.ex.) e outras que são apenas diferenciais e da pessoa em si, como o SER LGBT (não apenas a pessoa em si) para incitar intolerância.
Ateísmo pode ser considerado pecado, ainda por cima de estar no rol ideológico. Mas associar ao mal é algo descabido, no máximo conseguem ad hominem por haver ateus inescrupulosos, mas o Ateísmo em si, ainda que seja um IDEAL, não há nada de promover preconceitos etc. É apenas a descrença em Deus e deuses. O mesmo para o Ceticismo, Ciẽncia e afins racionais. Agora a maioria* das religiões sempre tem em seus ideais hostilizações, sistemas que geram conflitos. Não depende apenas das pessoas inescrupulosas. Por isso há o fator LAICO, algo que deve ser ferrenhamente defendido.
* Se considerar contradizer ao menos a realidade, devem ser 100% das religiões. Desconheçpo alguma adepta de "conhecer o mundo como ele realmente é", ou seja, religião adepta do Ceticismo, algo sem sentido.
Paulo Lopes disse…
Tudo isso é tão óbvio, mas poucos enxergam.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

Vicente e Soraya falam do peso que é ter o nome Abdelmassih

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Mulher morre na Irlanda porque médicos se negam a fazer aborto

da BBC Brasil Agonizando, Savita aceitou perder o bebê, disse o marido  Uma mulher morreu em um hospital [católico] da Irlanda após ter seu pedido de aborto recusado pelos médicos. A gravidez de Savita Halappanavar (foto), de 31 anos, tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural. Mas, de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento justificando "enquanto houvesse batimento cardíaco do feto" o aborto não era possível. O aborto é ilegal na Irlanda a não ser em casos de risco real para a vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado no país cuja maioria da população é católica. O que o inquérito aberto pelo gover...

Fundamentalismo de Feliciano é ‘opinião pessoal’, diz jornalista

Sheherazade não disse quais seriam as 'opiniões não pessoais' do deputado Rachel Sheherazade (foto), apresentadora do telejornal SBT Brasil, destacou na quarta-feira (20) que as afirmações de Marco Feliciano tidas como homofóbicas e racistas são apenas “opiniões pessoais”, o que pareceu ser, da parte da jornalista,  uma tentativa de atenuar o fundamentalismo cristão do pastor e deputado. Ficou subentendido, no comentário, que Feliciano tem também “opiniões não pessoais”, e seriam essas, e não aquelas, que valem quando o deputado preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara. Se assim for, Sheherazade deveria ter citado algumas das opiniões “não pessoais” do pastor-deputado, porque ninguém as conhece e seria interessante saber o que esse “outro” Feliciano pensa, por exemplo, do casamento gay. Em referência às críticas que Feliciano vem recebendo, ela disse que “não se pode confundir o pastor com o parlamentar”. A jornalista deveria mandar esse recado...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

Livros citados neste site

Crânio de 20 milhões de anos registra começo da evolução do cérebro

Mais contradições bíblicas: vire a outra face aos seus inimigos e olho por olho e dente por dente

Ateus gostam mais de gato que religiosos, conclui pesquisador americano

Estado laico coloca a religião na esfera privada e impede que ela seja usada pelo governo