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Lei de Darwin é implacável: morre mais um pastor bolsonarista

Paulo Lopes   No dia 25 de novembro de 2020, o pastor bolsonarista Thiago Andrade de Souza, 36, postou o seguinte no Facebook: “Se você tomou ivermectina, azitromicina ou hidroxicloroquina, poste no Facebook e, se não precisou tomar e é a favor, poste que é a favor. Vamos forçar as prefeituras a começarem a prevenção urgente. E fazer a distribuição gratuita.”

Ele recomendou medicamentos sem nenhuma comprovação científica contra a doença e não mencionou medida de prevenção ao contágio do coronavírus, como distanciamento social e uso de máscara. 

No dia 3 de janeiro 2021, Sousa morreu de Covid-19 após duas paradas cardíacas.

A família do pastor Souza merece a solidariedade de todos nós, como também os parentes de outras quase 200 mil pessoas que morreram até agora por causa de Covid-19.

Souza não é o primeiro pastor bolsonarista a morrer de Covid-19. Há outros, talvez dezenas. Morreram porque acreditaram em sua própria pregação anticiência. Eles foram vítimas de si mesmos.

Mas uma pergunta tem de ser feita: quantas pessoas morreram em consequência da pregação bolsonarista e anticientífica de gente como o pastor Souza? De divulgadores irresponsáveis de fake news?

Muita gente toma preventivamente hidroxicloroquina e outros remédios receitados pelo “dr. Bolsonaro” e acha que está protegido contra o vírus, descuida-se e morre.

Se não fosse a militância obscurantista do Bolsonaro e de seus seguidores, dos negacionistas, de pastores e de fundamentalistas religiosos, os óbitos da Covid-19 não chegariam a tanto no Brasil.

É a primeira vez na história do país que um segmento da sociedade, por motivos ideológicos e de tentativa de permanência no poder, promove um genocídio, aproveitando-se da ignorância da população. Tem de haver um tribunal para eles.

A chamada lei de Darwin pode ser resumida, bem resumida assim: a espécie que mais bem se adapta ao meio ambiente tem mais chances de sobreviver, de deixar descendentes.

Neste momento em que o coronavírus está se mutando para se transmitir mais rapidamente, quem corre menos risco de contrair a doença é a pessoa que se adapta ao “meio ambiente”, que mantém a distância social prescrita pelos epidemiologistas, que usa máscara facial, que adota medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência.

A lei da Darwin é implacável. Quem não se submeter às circunstâncias da natureza sofrerá as consequências. 

Fica um aviso aos negacionistas que já fazem campanha contra a vacina.

Comentários

Anônimo disse…
Só tenho pena do Covid, quando chegou no cérebro desse cara, não encontrou nada.

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