Pular para o conteúdo principal

Fuga de fiéis da Igreja Católica da Suíça aumenta 25% em 2019

SIR - Servizio Informazione Religiosa  Um recorde: nunca houve tantas pessoas na Suíça que abandonaram a Igreja Católica. As estatísticas do de 2019 revelam que houve 31.772 abandonos e aumento de quase 25% em comparação com 2018, com 25.366 saídas.  As informações são do Instituto Suíço de Sociologia Pastoral (Spi) de St. Gallen.

Os dados estiveram no centro das discussões dos bispos reunidos (online) para a assembleia plenária no dia 1º de dezembro. “Em 2019 houve mais saídas da Igreja do que nunca no espaço de um ano”, afirma um comunicado divulgado pela Conferência Episcopal.

“Os bispos acreditam que a pandemia poderia acelerar ainda mais esse desenvolvimento nos próximos meses. Essa tendência é preocupante e será fonte de mudanças no médio e longo prazo. Os bispos confirmam, no entanto, que a Igreja como corpo de Cristo é muito mais do que um acúmulo de números e fatos.” O desafio é iniciar uma “missão de evangelização”.

O relatório do Instituto de Sociologia Pastoral mostra que a taxa de saída para a Suíça como um todo é em média de 1,1%, mas as diferenças cantonais são consideráveis. 

Os cantões de Genebra, Valais, Neuchâtel e Vaud têm muito poucos abandonos, o que pode ser explicado pelos diferentes métodos de cobrança do imposto eclesiástico. 

Nesses cantões francófonos, abandonar a Igreja não acarreta uma redução dos impostos, razão pela qual esse motivo não tem nenhum papel.

Entre as razões que levam as pessoas a deixar a Igreja estão a perda/ausência de fé, o desacordo com as posições da comunidade religiosa de referência e os abusos sexuais.

“Nos últimos anos – afirma o relatório – observou-se uma segunda grande onda de afastamentos. As denúncias de abusos contra crianças, jovens, mulheres e homens abalaram a confiança na Igreja Católica. Além disso, a moral sexual católica, o acesso à comunhão para os divorciados recasados ou a posição das mulheres dentro da Igreja Católica são todas questões que se tornaram objeto de debate público e levaram a um forte aumento dos abandonos.”

Se a diferença sexual não interfere nas saídas (com uma predominância muito pequena entre os homens), o que preocupa o Instituto de Sociologia Pastoral é o aumento da evasão por parte das pessoas mais idosas, ou seja, aquelas que têm entre 51 e 60 anos, definindo o fenômeno como “alarmante”.

No que diz respeito às diferenças entre as categorias de idade, o relatório observa que, embora os jovens digam que nunca tiveram fé ou a perderam, as pessoas que têm entre 40 e 75 anos são mais propensas a não estar de acordo com as posições da sua comunidade religiosa.

O relatório também mostra que 885 pessoas ingressaram na Igreja Católica em 2019. Uma “taxa” baixa demais para “remediar” as saídas, já que, para cada 34 abandonos, conta-se apenas uma nova adesão.

Por fim, o instituto certifica que o problema dos abandonos não diz respeito apenas à Igreja Católica. A Igreja Evangélica Reformada também contou 26.198 abandonos em 2019, marcando um aumento de 18% em comparação com o ano anterior.

Igrejas cada
vez mais vazias



Sem religião da Suíça saltam de 11,4% para 24,9% em 16 anos

Comentários

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Mulher morre na Irlanda porque médicos se negam a fazer aborto

da BBC Brasil Agonizando, Savita aceitou perder o bebê, disse o marido  Uma mulher morreu em um hospital [católico] da Irlanda após ter seu pedido de aborto recusado pelos médicos. A gravidez de Savita Halappanavar (foto), de 31 anos, tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural. Mas, de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento justificando "enquanto houvesse batimento cardíaco do feto" o aborto não era possível. O aborto é ilegal na Irlanda a não ser em casos de risco real para a vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado no país cuja maioria da população é católica. O que o inquérito aberto pelo gover...

Cinco deuses filhos de virgens morreram e ressuscitam. E nenhum deles é Jesus

BC muda cédulas do real, mas mantém 'Deus seja Louvado'

Louvação fere o Estado laico determinado pela Constituição  O Banco Central alterou as cédulas de R$ 10 e R$ 20, “limpou” o visual e acrescentou elementos de segurança, mas manteve a expressão inconstitucional “Deus seja Louvado”.  As novas cédulas, que fazem parte da segunda família do real, começaram a entrar em circulação no dia 23. Desde 2011, o Ministério Público Federal em São Paulo está pedindo ao Banco Central a retirada da frase das cédulas, porque ela é inconstitucional. A laicidade determinada pela Constituição de 1988 impede que o Estado abone qualquer tipo de mensagem religiosa. No governo, quanto à responsabilidade pela manutenção da frase, há um empurra-empurra. O Banco Central afirma que a questão é da alçada do CMN (Conselho Monetário Nacional), e este, composto por um colegiado, não se manifesta. Em junho deste ano, o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que a referência a Deus no dinheiro é inconcebível em um Estado mode...

Livros citados neste site

Mais contradições bíblicas: vire a outra face aos seus inimigos e olho por olho e dente por dente

Crânio de 20 milhões de anos registra começo da evolução do cérebro

Ateus gostam mais de gato que religiosos, conclui pesquisador americano

Fundamentalismo de Feliciano é ‘opinião pessoal’, diz jornalista

Sheherazade não disse quais seriam as 'opiniões não pessoais' do deputado Rachel Sheherazade (foto), apresentadora do telejornal SBT Brasil, destacou na quarta-feira (20) que as afirmações de Marco Feliciano tidas como homofóbicas e racistas são apenas “opiniões pessoais”, o que pareceu ser, da parte da jornalista,  uma tentativa de atenuar o fundamentalismo cristão do pastor e deputado. Ficou subentendido, no comentário, que Feliciano tem também “opiniões não pessoais”, e seriam essas, e não aquelas, que valem quando o deputado preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara. Se assim for, Sheherazade deveria ter citado algumas das opiniões “não pessoais” do pastor-deputado, porque ninguém as conhece e seria interessante saber o que esse “outro” Feliciano pensa, por exemplo, do casamento gay. Em referência às críticas que Feliciano vem recebendo, ela disse que “não se pode confundir o pastor com o parlamentar”. A jornalista deveria mandar esse recado...

Quem deve provar que Deus existe é o crente, escreveu Bertrand Russell