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Desafios da pandemia mostram à sociedade a importância da ciência, afirma físico

Os desafios decorrentes da pandemia tornaram ainda mais evidente a importância da ciência para as sociedades contemporâneas. A afirmação é do professor Paulo Nussenzveig, do departamento de física experimental da USP.

Ele afirma que as mais altas taxas de letalidade do vírus Sars-Cov-2 ocorreram naqueles locais que escolheram ignorar ou menosprezar as recomendações dadas com base na melhor ciência disponível.

“Infelizmente, o Brasil é o país com o segundo maior número de fatalidades, apenas inferior ao dos Estados Unidos. Porém, logo os americanos se verão livres do presidente obscurantista que elegeram em 2016.”

Observa que a ciência ocupou vastos espaços nas mídias e redes sociais e divulgadores científicos ganharam importante visibilidade. Isso seguramente deixará reflexos positivos no futuro.

Contudo, afirma, as redes também amplificaram teorias conspiratórias, negacionismo da pandemia e partidarizações de questões técnicas, como isolamento social e uso de máscaras faciais.

Cientistas deram respaldo ao fiasco da hidroxicloroquina, ora querendo enxergar benefícios que os testes não comprovavam, ora defendendo o uso mesmo sem qualquer comprovação de benefício.

“A imagem de Jair Bolsonaro oferecendo hidroxicloroquina para as emas do Alvorada marcará para sempre essa época.”

Os cientistas, lembra, foram duramente colocados à prova pelo negacionismo, obscurantismo e seguidos cortes de financiamento do governo federal.

“O governo de São Paulo apresentou dois projetos (PL 529 e PL 627) para cortar recursos das universidades e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), principalmente, e atropelar a autonomia dessas instituições."

“Os cientistas se mobilizaram, resistiram, impediram a aprovação do PL 529. Ainda não está garantida a preservação da autonomia da Fapesp. Mas é certo que continuaremos trabalhando e defendendo a ciência com paixão e dedicação.”

Nussenzveig lembra que os
cientistas tiveram os negacionistas

Com texto do Jornal da USP e foto de reprodução de vídeo

Comentários

Anônimo disse…
Bolsonaro é um caudilho populista, quer tirar a autonomia das faculdades, da mesma forma que tirou da Anvisa, da PF, do IBAMA, do MEC, da ANCINE (filmes com gays ou ateus foram banidos) e de várias outras instituições. Está fazendo o mesmo que o ditador da Venezuela, aparelhando todas as instituições, vai demorar décadas para desfazer o estrago.
Sim, a (extrema) importãncia da Ciência, mas ainda há muitos crédulos em suas bolhas e os anticiência agindo.
Torna-se necessária também Educação Básica decente.. Ah, mas lógico, encsinar a PENSAR não é nada conveniente nos jogos sujos pelo poder. No máximo as pessoas devem ser produtivas e consumidoras. Além de ser preservadas a fé, para o devido alienamento.

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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