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Afirmações do ministro da Educação indicam preconceito contra homossexuais e ateus

Paulo Lopes   
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, em uma entrevista, associou a homossexualidade a “famílias desajustadas”.

Criticado, o ele disse que a sua afirmação foi tirada do contexto, mas não convenceu. Ficou claro, sim, que ele é homofóbico.  

Antes, Ribeiro, que continua em atividade como pastor, já tinha deixado escapar que tem preconceito contra os ateus, ao dizer que os jovens estão se tornando “zumbis existenciais” por não acreditarem em Deus.

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu que o Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para apurar “as manifestações depreciativas [do ministro] a pessoas com orientação sexual homoafetiva”.

No mesmo pedido, Medeiros deveria incluir a afirmação preconceituosa contra os ateus.

Em um país com mais de 80% das pessoas que se dizem cristãs, esse tipo de ofensa aos ateus é comum, e já passou da hora de o Ministério Público Federal exigir respeito das autoridades também aos cidadãos que não acreditam em deuses. 

Ateufobia é tão condenável quanto cristofobia, e esta, aliás, não existe no Brasil.

A reclamação do vice-procurador-geral da República, já se sabe, não vai dar em nada, mas ainda assim ela serve como um lembrete para as autoridades bolsonaristas de que certos limites não devem ser ultrapassados em um país democrático, o que inclui a laicidade de Estado.


Ribeiro administra o
Ministério da Educação
como se fosse uma extensão
de sua igreja


Com foto de divulgação.

Gregorio Duvivier escreve que Deus é o Silvio Santos da TV Record 

Comentários

Anônimo disse…
Por isso a Mackenzie nunca será respeitada, esse cara colocou criacionismo na grade dos alunos, nem precisa dizer a chacota internacional que virou a faculdade.
Defina "cristofobia"? Seria fobia a Cristo, ao Cristianismo e afins. Algo legítimo. Ideais são sem direitos. As pessoas tem o direito à islãfobia, capitalismofobia, socialismofobia...
Agora cristãofobia é OUTRA história. A pessoa tem o direito a crença e seguir desde que não importune outras e ser respeitada em seu direito.
Diferente de LGBTfobia, pois não só a pessoa se defende, nas no que se é também. É algo dela, nato. E nem gerador de problemas por não ser doença. Mesmo se fosse "opção", seria apenas uma diferença pois não é "antihétero", como mulher não é "antihomem". Ou seja, ainda a defesa seria sempre válido de forma plena.

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