Pular para o conteúdo principal

Intolerância religiosa teria sido a causa de incêndio em ritual pataxó na Bahia

Os índios usam o
 local para reverenciar
 a Lua cheia

da Agência Brasil

O centro de rituais do povo pataxó foi alvo de um incêndio na madrugada de 14 de novembro de 2019, em Porto Seguro, Bahia. Segundo o secretário da Associação de Jovens Indígenas Pataxó, Emerson Pataxó, a suspeita é de que a queima tenha sido provocada intencionalmente, por não indígenas.

Emerson disse que membros da Aldeia Barra Velha, onde está localizado o centro, ouviram o barulho de um motor de um automóvel na região.

O carro, que, conforme relatos, circulava em alta velocidade, foi percebido horas depois do término de um ritual realizado mensalmente pelos pataxó, em reverência à lua cheia. Ao todo, o território de Barra Velha tem 54 mil hectares.

De acordo com Emerson, a aldeia é considerada “a mãe” dos pataxó. Esse fato, segundo ele, reforça a tese de que o objetivo do incêndio era destruir um símbolo importante da etnia. “[Barra Velha] Foi uma das primeiras que o povo pataxó organizou, no período pós-colonização portuguesa”, ressaltou.

“Fica em um espaço que é muito bem visto pelo mercado do turismo. Tem uma das mais lindas praias da Bahia. A gente vem enfrentando, tanto em Barra Velha como outras aldeias, ameaças de cunho racista e de intolerância religiosa”, acrescentou. “Aqui é uma área de interesse e a gente vive sendo atacada e ameaçada a todo instante”, denunciou.

Histórico

Emerson lembrou a luta que marca Ponta Grande, outro território tradicional. Ao menos duas vezes a Justiça Federal ordenou o despejo de famílias indígenas que vivem no perímetro. Especialistas reconhecem, como contexto dos conflitos, o choque de interesses entre indígenas e empreendedores que contribuem para a especulação imobiliária na localidade.

Ponta Grande é uma área vizinha à terra indígena Coroa Vermelha. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 12.500 indígenas habitam atualmente os municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Belmonte, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Itabela e Prado, todos no extremo sul da Bahia.

Em maio de 2019, foi noticiado um caso de violência contra três índios pataxó, também na aldeia Barra Velha. As informações eram de que o grupo foi atingido por armas de fogo, por seis homens que invadiram a comunidade.





Jornal critica intolerância evangélica contra umbanda

Evangélicos de escola de música de universidade do Rio se recusam a cantar Villa-Lobos

'Bandidos de Jesus' destroem terreiro de candomblé na Baixada Fluminense

Diarista espírita foi demitida por evangélica por causa de religião



Comentários

Anônimo disse…
Com esse desgoverno parece que tá tudo liberado, só não pode criticar o cristianismo, nem com sátiras em museus.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Em 2022, no Rio, jovens e brancos foram maioria dos casos da varíola dos macacos

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Britney Spears entra na lista de famosos que não acreditam em Deus

Atentados e corte de verba pública colocam as Testemunhas de Jeová em crise

Por que Jesus é retratado com um tanquinho? Esse messias reflete os valores cristãos de masculinidade

Sam Harris: não é Israel que explica as inclinações genocidas do Hamas. É a doutrina islâmica

"O jihadismo nada tem a ver com a política do Ocidente, o capitalismo global e os privilégios dos brancos" (Sam Harris)