Lucas chegou a pensar em suicídio e até hoje se submete a tratamento psicológico |
Grudzien tem falado à imprensa com detalhes sobre a violência sexual que ele garante ter sofrido.
"Sempre que [Gonzalez] acabava o ato ele dizia que Deus sabia o que estava acontecendo e que concordava”, disse elei.
“O padre também falava que ninguém podia saber disso. Cheguei a tentar me matar."
Lucas Grudzien frequentava uma igreja do Guarujá, no litoral paulista.
"Fui batizado ainda bebê, com nove anos fiz a primeira comunhão e aos 12 anos comecei a fazer o curso para ser coroinha. Essa foi a época em que o padre Felipe passou a atuar na paróquia que eu frequentava, a Paróquia Senhor Bom Jesus", diz.
Até então, segundo Lucas, o padre não fez nenhum assédio.
O comportamento do sacerdote mudou quando o jovem aceitou o convite dele para trabalhar na paróquia.
“Ele começou com uma aproximação maior. Me perguntava se eu já tinha beijado alguém e falava que eu deveria experimentar ficar com menino.”
Foto do padre Edson Felipe Monteiro Gonzalez quando saiu do seminário |
Pouco tempo depois, o padre começou os estupros, de acordo com entrevista de Lucas.
"Eu estava muito perdido, eu vinha para casa e quando tomava banho, via que minha cueca estava suja de sangue. Queria poder apagar tudo isso. Me sentia um lixo."
Incentivado por uma tia, Lucas criou coragem para contar ao seu pai o que estava ocorrendo.
O pai, que já estava desconfiado, denunciou o padre Gonzalez à Justiça, por intermédio do Ministério Público.
Até hoje Lucas faz tratamento psicológico.
Ele lembra amargurado que, embora fosse tido por algumas pessoas por “comida de padre”, quando o caso foi levado para a Justiça “todos da igreja” ficaram contra ele e sua família.
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