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Mulher deita-se no chão de igreja em ritual de consagração |
[opinião]
Essa ordem abriga católicas fanáticas, as “esposas de Cristo”.
Para obter a consagração, elas não precisam ser necessariamente religiosas ligadas à Igreja, como as freiras, mas, uma vez aceitas, essas mulheres têm de se dedicar integralmente a Jesus, com orações e penitência.
As virgens consagradas foram reabilitadas da Idade Média sob a égide do Concílio Vaticano II, em 1970.
Agora, de acordo com a instrução Ecclesiae Sponsae Imago, “o chamado para dar o testemunho do amor virginal, conjugal e frutífero por Cristo não é redutível ao símbolo da integridade física”.
“Assim, ter conservado o corpo em perfeita continência ou ter praticado a virtude da castidade, embora de grande importância, não é pré-requisito essencial”.
Ou seja, as virgens de Cristo não precisam ser virgens.
Pode parecer pouco, mas se trata de um grande esforço da Igreja Católica para se modernizar.
Além disso, ter “virgens consagradas” imaculadas enquanto padres pedófilos permanecem impunes só evidencia mais uma contradição nada piedosa da Igreja.
Em todo o mundo existe cerca de 5.000 virgens de Cristo.
A Associação Americana das Virgens Consagradas, que possui 235 filiadas, não gostou de ter de conviver com colegas com a “integridade física” deflorada.
Em nota, a associação afirma que a decisão da Igreja é “chocante”.
“A tradição da Igreja assegura de forma firme que uma mulher deve ter recebido o presente da virgindade — que é tanto material e formal — para receber a consagração das virgens”.
A associação ainda não se deu conta de que a Igreja Católica, se não se tornar contemporânea, vai se tornar uma seita antes do que se imagina.
Com informação do site Calgary Herald e de outras fontes e foto de divulgação.
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