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Vaticano não aceita o perdão do bispo que nega o Holocausto

Depois de dias de suspense, o bispo ultraconservador Richard Williamson pediu ontem desculpas ao Vaticano e às pessoas que se sentiram atingidas por uma entrevista dele na qual disse não ter havido o Holocausto.

Nesta sexta (27), nota do Vaticano considerou serem insuficientes as desculpas do bispo, que vai continuar afastado das atividades eclesiais. 

Ao mesmo tempo, religiosos alemães (católicos e judeus) ressaltaram que, na verdade, o bispo não retirou o que disse.

O bispo inglês fez afirmou a uma emissora de TV sueca que, na Segunda Guerra, não houve câmara de gás e que teria morrido 300 mil judeus, e não um milhão, na mesma época em que o papa Bento 16 anulava a excomunhão dele. Depois, o papa certamente se arrependeu, dada a intensa repercussão.

Em entrevista ao Le Monde de segunda (25), o conceituado teólogo alemão Hans Küng disse que não lhe foi surpresa a suspensão da excomunhão de Williamson e outros três bispos ultraconservadores. Porque, disse, Bento 16, um conservador, tem se mostrado firme no combate às propostas de modernização da igreja.  “E ele toma decisões sem consultar ninguém.”

“Muitos católicos não esperam mais nada desse papa”, disse. Acrescentou que a igreja está perdendo muito fiéis e, por conta disso, “corre o risco de converte-se numa seita”.

Hüng conhece bem Bento 16. Nos anos 60, ele foi professor da universidade alemã de Tubinga, e um de seus colegas era o então cardeal Joseph Ratzinger, o futuro papa.

> Caso do bispo ultraconservador Richard Williamson.

> Íntegra em português da entrevista de Hans Küng ao Le Monde. (25 de fevereiro de 2009)

Comentários

Anônimo disse…
Caro PAULO LOPES

muito me estranha os JUDEUS ficarem revoltadissimos com pessoas que ´´desdenham´´ e zombam do HOLOCAUSTO NAZISTA ..........sendo que a IGREJA CATÓLICA e os PROTESTANTES [ CRISTÃOS] simplesmente dizimaram muuuuuuuuuuuuuuuuito mais indios nativos das 3 americas durante a colonização [ com uma biblia debaixo do braço eu uma CRUZ no peito ] e ninguem fala absolutamente nada ???
Anônimo disse…
dia 25 o bispo negava o holocausto. dia 26 já não nega mais (pede perdão). vá mudar de idéia rápido assim lá longe, acho que pessoas assim não merecem serem sequer ouvidas.

PS: eu acredito no holocausto e acho muito triste.
Anônimo disse…
Pergunto....

e se o bispo negasse o holocausto sérvio promovido pelo católico Ante Pavelic??
Ou negasse a brutal repressão católica (Ngo Dinh Diem) contra os budistas no antigo Vietnam do Sul?
Ou negasse o holocausto de Ruanda??

Ele seria crucificado igualmente????

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Música gravada pelo papa Francisco tem acordes de rock progressivo. Ouça