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Regnum Christi deleta de site informação sobre seu fundador

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No mapa do site em português da Regnum Christi, que é o braço leigo da Legião de Cristo, constam as seguintes páginas sobre o padre Marcial Maciel, o criador das duas entidades: “fundador”, “geral”, “pensamentos”, “vida do fundador”, “escritos e conferências”, “15 perguntas ao fundador” e “perguntas frequentes”.

Com exceção de uma, todas as páginas estão em branco.

A única com informação, a do “fundador”, tem 130 palavras e diz que Marcial Maciel desistiu de sua reeleição para dirigir a Regnum Christi em 2005 e que em 2006 a Congregação para a Doutrina da Fé “convidou” o padre a “uma vida reservada de oração é penitência, renunciando a todo ministério público”.

Com 88 anos, Marcial Maciel morreu em 30 de janeiro de 2008, e então veio a público o que já se sabia na direção das duas entidades, mas ninguém dizia em voz alta: o padre teve uma amante e com ela uma filha que hoje está com 20 anos. Isso explica o fato de o Vaticano tê-lo convidado a uma “vida reservada”.

Nos anos 80, quando o padre foi acusado de abusar de pelo menos 20 meninos, o Vaticano se manteve em silêncio.

O cache (espécie de memória) do Google mostra que, na página “fundador”, o Regnum Christi suprimiu que os membros da entidade têm de “conhecer a vida e a obra do seu fundador: o pe. Marcial Macial, que, sobre a inspiração do Espírito Santo, erigiu esta nova família religiosa que a Igreja Católica, com a sua autoridade, acolheu-a e aprovou-a”.

O que no site sobrou de um menu das informações sobre o padre [reprodução acima] apresenta assim “escritos e conferências”, agora deletados, do fundador: “O pe. Marcial derrama em cada página um tesouro de espiritualidade e, com plena consciência, perfila linha por linha o carisma da Legião de Cristo e o futuro movimento Regnum Christi”.

padreAlvaro Na home do site, em carta assinada em 4 de fevereiro de 2009, o padre Álvaro Corcuera (foto), atual diretor mundial das duas entidades e que foi colaborador direito de Maciel, se dirige aos “membros e amigos do Regnum Christi” para falar sobre “a pessoa do nosso padre fundador”.

A carta, que tem cerca de 770 palavras, lembra Santo Agostinho, segundo o qual “só a verdade triunfa”, mas não cita o nome do padre Marcial Macial, embora, nela, Corcuera reconheça “todo o bem” que recebeu do fundador.

A Legião de Cristo e a Regnum Christi prestam relevantes serviços em todo o mundo, mas seus dirigentes cometeram o pecado de acobertar por muitos anos as safadezas do fundador das entidades.

> Caso do padre Marcial Maciel, o devasso.

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