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Há até quatro linchamentos por semana no país, diz sociólogo


No Brasil, ocorre de três a quatro linchamentos por semana, o que deve ser uma das taxas mais elevadas do mundo, avalia José de Souza Martins, sociólogo e estudioso do assunto. Ele tem documentado dois mil casos de linchamentos, que acontecem principalmente nas periferias das grandes cidades. São Paulo é onde mais se lincha, diz ele ao caderno Aliás, do Estadão deste domingo.

Um dos motivos da alta incidência dessa violência coletiva é o fato de os brasileiros terem a percepção de que, no país, a Justiça é ineficiente: poucos criminosos são efetivamente punidos. Daí as pessoas são levadas a fazerem justiça com as próprias mãos, afirma Martins.

Ele estima que nos últimos 50 anos cerca de 500 mil brasileiros tenham participado de linchamento, incluindo mulheres e crianças. Lincha-se tanto um estuprador como um ladrão de galinha.

Detalhe: o linchado é pobre. Criminoso rico não sofre esse tipo de violência.

Entrevista do sociólogo.

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Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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