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Britânicos vão modificar a genética de embriões humanos

Experimento vai desativar genes de
óvulos fertilizados de até 7 dias
O órgão regulador britânico Fertilização Humana e Embriologia (HFEA, na sigla em inglês) autorizou o Instituto Francis Crick a modificar geneticamente embriões humanos, com o uso de uma nova técnica. Ainda falta a aprovação de uma comissão de ética, o que ocorrerá nos próximos dois meses.

Kathy Niakan e o grupo de cientistas que lidera vão desativar genes de óvulos fertilizados que estejam nos seus primeiros sete dias de desenvolvimento, começando com uma única célula até atingir cerca de 250. Esses óvulos serão obtidos em clínicas de fertilização in vitro.

O objetivo do experimento é entender por que cerca de 50% dos óvulos fertilizados não se desenvolvem adequadamente, para prevenir abortos espontâneos e criar tratamento mais eficiente da infertilidade.

Em 2014, chineses foram os primeiros a manipular o DNA de embriões humanos. Eles foram muito criticados por cientistas e representantes de entidades para os quais o experimento pode ter graves consequências.

O mesmo tipo de oposição já existe em relação à decisão da HFEA.

Calum MacKellar, diretor de Pesquisa do Conselho Escocês de Bioética Humana, por exemplo, afirmou que "permitir a modificação de gene de embriões abre o caminho para a alteração genética de todos os descendentes de uma pessoa, bem como a eugenia, que foi condenada pelas sociedades civilizadas após a Segunda Guerra Mundial."

Nola Lean, da organização cristã CARE, disse que é preciso saber até onde o experimento pode ir, porque, o que se tem agora, é “uma porta para a eugenia”.

"A santidade e a igualdade da vida humana estão ameaçadas como nunca antes”, disse. “Parece que estamos atravessando uma fronteira ética após a outra."

Para Kathy Niakan, cientista-chefe do Instituto Francis Crick, contudo, o experimento pode dar esperança para os futuros pais.

“O aborto e infertilidade são extremamente comuns, mas eles não são muito bem compreendidos”, afirmou.

“Acreditamos que esta pesquisa poderá melhorar a nossa compreensão dos primeiros estágios da vida humana.”

Com informação do The Telegraph e de outras fontes e fotos de divulgação.





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