da leitora Zaida a propósito de
maio de 2012
Ateísmo Fanatismo religioso.
Por que é preciso manter a fé cega e a religião longe da política
Já assisti outras "cruzadas" dessa antes, porque era aluna na época em que fui discriminada como "burguesa" por pertencer à JUC [Juventude Universitária Católica].
Quem não professava a "fé contumaz e inquisitória-perscutória" no ATEÍSMO militante era proscrito, banido a um ostracismo que tornava inviável a convivência, até mesmo numa simples cantina.
É lógico que não fiquei para sempre na JUC, casei-me com um "militante" ateu, meu colega hoje no magistério da universidade.
Aderi finalmente ao ateísmo, para surpreender-me com o fato de que hoje muitos daqueles meus colegas ateus radicalíssimos são evangélicos protestantes, alguns até pregadores em praça pública, como o Campelo, ex-marido da Alba.
Migramos para o PT que também hoje considero uma religião com fervor fanático, só que na época eu não via.
Compreendo perfeitamente o "Delírio de Ateus", porque já vi outros antes desse... E o cérebro humano — numa concepção bem ateia, pra deixar bem claro, porque, apesar de social, EU SOU UMA CIENTISTA — parece pregar essas peças.
Quando escrevi minha tese sobre a empregada doméstica e o cativeiro que essa sofre, fui rotulada pelos religiosos de comunista e ateia... E pelos ATEUS, de religiosa com culpa introjetada!
Eu percebo, e qualquer um com senso crítico percebe, que esta devoção ritual de alguns militantes ateus é perigosamente religiosa: é fundamentalista e fanática.
ESSE ESTADO LAICO ONDE A RELIGIÃO NÃO SE INTROMETE EM POLÍTICA É UTÓPICO. No planeta terra isso não existe em parte alguma. É um sonho de Dawkins, eliminar totalmente a religião de toda a face da terra para que o iluminismo do século XVIII e o positivismo do século XIX finalmente se estabeleçam! Isso é totalitarismo, é nazismo.
É detestável e odiosa a constatação de ter triunfado no mundo justamente essa ideologia amarga e ressentida do politicamente correto. Não se corrigem fins, mas as causas.
O que sustenta a religião é a necessidade humana de religação constante com o todo, com a sociedade (Durkeim), com a autoconsciência (Marx). Não se elimina a religião "cega", pois é uma necessidade do INCONSCIENTE e não se pode eliminar o inconsciente, cuja linguagem é simbólica.
As religiões podem mudar de deuses, ora mais materiais e mais manipuláveis (ídolos), como temos hoje a MIDIATOLOGIA (Gilbert Durand, Pierre Bourdieu). Mas a necessidade de infinito, de ilimitado do ser humano cria sempre novos deuses, novos ídolos e novos MITOS...Como esse do paraíso racionalista ateu, cientificista e pragmático.
Jogar fora a fé cega e conservar a mão que a jogou é o oposto de arrancar a mão que escandaliza, para entrar no Reino de Deus; ou o MESMO apelo radical, apenas dito de modo contrário?
Ateu sofre preconceito igual ao gay dos anos 50, diz filósofoJá assisti outras "cruzadas" dessa antes, porque era aluna na época em que fui discriminada como "burguesa" por pertencer à JUC [Juventude Universitária Católica].
Quem não professava a "fé contumaz e inquisitória-perscutória" no ATEÍSMO militante era proscrito, banido a um ostracismo que tornava inviável a convivência, até mesmo numa simples cantina.
É lógico que não fiquei para sempre na JUC, casei-me com um "militante" ateu, meu colega hoje no magistério da universidade.
Aderi finalmente ao ateísmo, para surpreender-me com o fato de que hoje muitos daqueles meus colegas ateus radicalíssimos são evangélicos protestantes, alguns até pregadores em praça pública, como o Campelo, ex-marido da Alba.
Migramos para o PT que também hoje considero uma religião com fervor fanático, só que na época eu não via.
Compreendo perfeitamente o "Delírio de Ateus", porque já vi outros antes desse... E o cérebro humano — numa concepção bem ateia, pra deixar bem claro, porque, apesar de social, EU SOU UMA CIENTISTA — parece pregar essas peças.
Quando escrevi minha tese sobre a empregada doméstica e o cativeiro que essa sofre, fui rotulada pelos religiosos de comunista e ateia... E pelos ATEUS, de religiosa com culpa introjetada!
Eu percebo, e qualquer um com senso crítico percebe, que esta devoção ritual de alguns militantes ateus é perigosamente religiosa: é fundamentalista e fanática.
ESSE ESTADO LAICO ONDE A RELIGIÃO NÃO SE INTROMETE EM POLÍTICA É UTÓPICO. No planeta terra isso não existe em parte alguma. É um sonho de Dawkins, eliminar totalmente a religião de toda a face da terra para que o iluminismo do século XVIII e o positivismo do século XIX finalmente se estabeleçam! Isso é totalitarismo, é nazismo.
É detestável e odiosa a constatação de ter triunfado no mundo justamente essa ideologia amarga e ressentida do politicamente correto. Não se corrigem fins, mas as causas.
O que sustenta a religião é a necessidade humana de religação constante com o todo, com a sociedade (Durkeim), com a autoconsciência (Marx). Não se elimina a religião "cega", pois é uma necessidade do INCONSCIENTE e não se pode eliminar o inconsciente, cuja linguagem é simbólica.
As religiões podem mudar de deuses, ora mais materiais e mais manipuláveis (ídolos), como temos hoje a MIDIATOLOGIA (Gilbert Durand, Pierre Bourdieu). Mas a necessidade de infinito, de ilimitado do ser humano cria sempre novos deuses, novos ídolos e novos MITOS...Como esse do paraíso racionalista ateu, cientificista e pragmático.
Jogar fora a fé cega e conservar a mão que a jogou é o oposto de arrancar a mão que escandaliza, para entrar no Reino de Deus; ou o MESMO apelo radical, apenas dito de modo contrário?
maio de 2012
Ateísmo Fanatismo religioso.
Comentários
Robson Kvalo
E querem nos chamar de fundamentalistas?
Sério mesmo que você deu espaço pra essa moça? Pq se ela escreveu um texto de qualquer cunho religioso eu não daria a mínima, simplesmente não leria.
E sim, sei que ela se disse atéia, mas deveria aprender a não tomar a parte pelo todo. Eu só me importo com os crentes que fazem essas coisas que eu disse acima, ou seja 99,999% da população.
"É um sonho de Dawkins, eliminar totalmente a religião de toda a face da terra para que o iluminismo do século XVIII e o positivismo do século XIX finalmente se estabeleçam! Isso é totalitarismo, é nazismo. "
Só na cabeça dela que militantes ateus fortemente armados tomarão o poder e instalarão o Governo Ateísta Ilumitati Nova Ordem Mundial. Que a onda de rezão continue se espalhando e atacando os argumentos fundamentalistas e sem bases racionais, porque guerra com morte em nome de religião é coisa de crente.
Eu gostei do texto sim, e também acho que o neutralismo político que alguns ateus militante[a maioria] querem é uma ilusão, e na verdade um tiro no próprio pé, pois a religião terá outros meios "obscuros" para fazer influência politica, porém, como não é oficial, ninguém pode fazer nada em "oficial", sequer contra argumentar e indiciar os porquê tal questão religiosa pode ser errada ou não. È só ver nosso legislativo, que apesar de que deveria ser laica, os religiosos são os que mais mandam nele, e estamos longe de acabar com isso.
Enfim, vamos deixar o chauvinismo de lado e defender a todo e qualquer custo uma militância atéia que, apesar de muitas das vezes falar por todos os ateus, está longe de fato falar principalmente quando misturam aí ideologias coo o vegetarianismo[ATEA] e o humanismo[LiHS]. Os comentários nesses blogs, e sites de militância ateia deixa isso bem claro- o quanto existe ateus que não concordam até mesmo com questões básicas que supostamente todo o ateu defenderia como a questão dos símbolos e outras questões culturais como o nome do Estado de São Paulo.
>>"ESSE ESTADO LAICO ONDE A RELIGIÃO NÃO SE INTROMETE EM POLÍTICA É UTÓPICO."
-Sim, é utópico aqui no Brasil, devido à tamanha ignorância e falta de educação do povo brasileiro. Porém olhemos a Suécia atualmente, este país é predominantemente ateu, aproximadamente 85% da população, e os suecos não diluem em sua política a religião. Portanto essa sua frase é um tanto generalizada.
É fato que existe muita gente idiota, seja cristãos ou ateus. Os ateus não estão isentos de serem idiotas só pelo fato de não acreditarem em crenças irracionais como deuses. E muita dessa estupidez é exportada de maneira radical e fanática, assim como fazem muitos cristãos fundamentalista. Eu concordo que um mundo sem religião (ou com apenas uma) é uma ideia estúpida e até fantasiosa. As pessoas não são iguais, sempre vai haver pensamentos e posições diferentes.
Mas esse radicalismo e fanatismo NÃO é religioso, nem é científico, é puramente ideológico. E essa ideologia nem é sequer puramente ateísta. Defender um Estado Laico não é exclusividade dos militantes ateus. Já o fanatismo dos cristãos é puramente religiosa, é a visão deles e somente deles.
Ateísmo está pra religião assim como careca está pra cor de cabelo. Ateísmo não é um sistema de crenças (religião), é a falta de crenças.
Um ponto que eu discordo neste texto é que um Estado Laico onde a religião não se intromete na política é utópico. Suécia, Dinamarca e Noruega te mandam lembranças, Zaida. São países de maioria ateus ou agnósticos e onde a religião tem nenhuma ou muita pouca influência na política. Países constitucionalmente laicos.
Tem uma grande diferença entre você eleger um político que tem sua fé e crenças pessoas e um político que quer passar por cima da constituição e impôr sua fé no país inteiro. Não estou afirmando que não se deve ouvir os religiosos e deixá-los de fora da política, o que não pode é que questões socio-políticos-econômicos sejam tomados baseando-se em dogmas religiosos.
Um Estado Laico não é o mesmo que estado ateísta. O Brasil é um país constitucionalmente laico, mas na prática é outra coisa. Temos bancadas evangélicas no Congresso, ensino religioso em escolas públicas e outros absurdos que não passam de propaganda de uma religião não-oficial. Mesmo que a maioria da população brasileira seja cristã não faz do Brasil um país culturalmente cristão.
Enfim, o texto é interessante, mas no fim tem uma conclusão que não chega a lugar nenhum.
Dawkins é acusado de ser tão fundamentalista quanto os religiosos que ele critica. O subtítulo do livro "O delírio de Dawkins", de Alister McGrath, é "uma resposta ao fundamentalismo ateísta de Richard Dawkins". Mas o que é que torna Dawkins um fundamentalista?
Verdade que ele gostaria de viver num mundo onde não existisse religião. Verdade também que ele faz proselitismo ateísta. Ao escrever "Deus, um delírio", seu objetivo confesso era converter os crentes. Em seu próprio site, ele mantém uma sessão que se chama o "cantinho dos convertidos" onde, ao que parece, os ex-crentes dão o seu depoimento.
Eu concordo que ele não precisava fazer nada disso. Não se deve impedir ninguém de acreditar no que quer, mesmo que se trate de uma grande bobagem. Mas observem que Dawkins é contra o doutrinamento de crianças, pois ele entende que crianças não têm maturidade e nem discernimento suficientes para se posicionar acerca de um tema como a existência ou a inexistência de Deus.
Aí eu pergunto: qual religioso deixa de doutrinar o seu filho? Minha mãe não é o que se poderia chamar de uma fundamentalista. Ela seria incapaz de botar uma bomba em algum lugar e mandar todo mundo para os ares. Mas eu lembro de vê-la me levar para a igreja quando eu era pequeno. Lembro-me de vê-la me exortando a rezar e ler a Bíblia.
Outra coisa. Dawkins tentou converter os crentes escrevendo um livro. Ou seja, se os crentes quisessem escapar da sua pregação ateísta, bastaria não comprar o livro. Simples assim. Aliás, não entendo por que alguém desembolsa R$ 50,00 para se aborrecer com uma tese que contraria suas convicções. Eu sempre passo em frente de livrarias católicas, sempre vejo livros que procuram aumentar o rebanho do Senhor e nunca, nunca pus a mão no bolso para comprá-los.
O que estou querendo dizer é que o Dawkins deu aos crentes a possibilidade de fugir da sua pregação ateísta, opção que os religiosos nunca dão aos ateus. Aquela professora que obrigava seus alunos a rezar o Pai Nosso não deu nenhuma possibilidade a que um de seus alunos ateus, o Ciel, pudesse escapar do seu proselitismo. Já cansei de ser importunado por músicas religiosas e pregações piedosas dentro de um ônibus coletivo. E como eu não podia descer antes do ponto, nem possuía um ipod, tive que ouvir tudo até o fim.
Charles
O ateísmo é a descrença em Deuses. Apenas isso. Movimentos de grupos ateus não se confundem com o ateísmo, ao contrário de movimentos religiosos. O ateísmo não é uma doutrina que possa ser pregada. Como se prega a descrença em Deuses? Entretanto, os movimentos religiosos são movimentos de integrantes de religiões. As religiões, como todos nós sabemos, possuem doutrinas, dogmas, discursos constantes dos seus livros sagrados. E são essas doutrinas que os religiosos querem impor aos demais. Movimentos religiosos procuram exercer influência sobre as pessoas, inclusive aquelas que ocupam cargos políticos, para que essas lhes concedam privilégios; privilégios para a um porção de pessoas; privilégios que os ajudam a perpetuar as suas visões, particulares e parciais, de mundo. Ateus quando tentam influenciar os políticos não o fazem buscando privilégios, mas, sim, equilíbrio, equidade e isonomia para a totalidade de pessoas.
O Brasil é um país multicultural e não deve ser governado através de uma visão única. Quem quer governar através de uma visão única não são os ateus, ao contrário, são os religiosos. Os religiosos não cansam de promulgar leis que visam cristianizar a política e a cultura que, como eu já disse, é múltipla, multicolorida, multirreligiosa e, ainda, com espaço para a não religiosidade. As manifestações dos ateus – e não do ateísmo – visam acabar com as ameaças ao Estado laico que sempre é agredido por leis ou concessões de privilégios destinados a grupos religiosos.
Um Estado laico não é um estado ateu e nem religioso. Um Estado laico é um estado no qual religiosidade e não religiosidade coexistam de maneira saudável e harmônica. A militância ateia é importante para fazer frente à militância religiosa e, com isso, haver equilíbrio. Retirar-se do fronte de batalha deixando esses religiosos à vontade é perigosíssimo. Sabemos o quanto eles são insaciáveis e desonestos. Se não houvesse essa contestação, esse contra ataque à Teocracia, tão sonhada pelos Malafaias, Santiagos, Macedos, Soares, Hernandez, Rossis, entre outros, já estaríamos vivendo os horrores característicos de tal sistema.
>> "Acho curiosa essa mania de dizer que os ateus são fundamentalistas. O ateu mais agressivo é muito mais brando do que o religioso mais simpático."
Nossa, aqui você forçou a barra. Mas forçou mesmo. Está na cara que isso que você diz é pura falta de conhecimento. Sério que você realmente acredita que ateus são uma raça superior aos religiosos?
Que generalização mais absurda!
Oras, pois eu conheço religiosos que são bem mais críticos e menos fundamentalistas do que o ateu médio. Aliás, é totalmente injusto eu dizer isso assim, porque na verdade eles são comparáveis aos melhores ateus que eu conheço.
>> "Aí eu pergunto: qual religioso deixa de doutrinar o seu filho?"
Que tal os espíritas? Os budistas? Servem?
Mais generalizações absurdas!
E quem disse que doutrinar ou não os filhos é medida da moralidade de um indivíduo? Pois você mesmo vai doutrinar seu filho (se tiver isso), isso eu lhe garanto! Não religiosamente, mas, no mínimo, no mínimo, você vai doutriná-lo numa forma de pensar moral ou ética. E, sim, doutrinar, pois não há valor ético algum que não se baseie em premissas - equivalentes a dogmas. Aposto que você também o doutrinará no pensamento crítico. Até a lógica é doutrinária, ela se baseia em premissas. Claro que as premissas podem mudar, mas os dogmas religiosos também mudam o tempo todo, se adaptam, transformam-se em novas religiões, enfim.
Assim como os ateus não gostam que tomem a posição de alguns indivíduos como amostra do comportamento geral dos ateus, o mesmo vale para os religiosos, oras!
Devemos celebrar a diversidade de pensamentos, não querer eliminá-la. Dawkins comete um grande erro ao propagar a ideia que a crença em divindades deve ser eliminada da face da Terra. Você não pode escolher para o outro uma forma de pensar. Claro, você pode (e deve!) criticar a posição dele (mas não sem também criticar a sua), e você também pode apresentar e defender a sua, mas você não deve escolher qual será a nova forma de pensar dele.
Eu conheço N religiosos que entendem a real importância da diversidade de formas de pensar. Pois nisso eles são superiores ao Dawkins, que, aliás, é basicamente um profeta ateu.
(Se alguém entender a palavra "profeta" como uma ofensa, então perdeu completamente o ponto do meu comentário e do texto da Zaida)
Charles
Charles
Luan Cunha segundo o seu conceito ateismo então seria um conceito adquirido? uma ideologia?que paradoxo.Ateísmo é apenas a descrença em deus.
Briga de criança.
Isso quando não apelam para ofensas pessoais, o desrespeito, a discriminação, a generalização. Reclamam que os religiosos não votariam em ateus e, ao mesmo tempo, dizem que não votariam em crentes. Reclamam dos xingamentos e das censura aos ateus e fazem o mesmo com os religiosos. E às vezes até mesmo com os ateus que os criticam. Reclamam dos religiosos só considerarem seu próprio ponto de vista, mas, novamente, não se esforçam para entender o ponto de vista deles.
Outro erro frequente de ateus é confundir laicidade de Estado com um conjunto de regras. Alguém pode dizer que o objetivo destas regras é o respeito à diversidade religiosa. Mas daí um religioso apresenta a regra que "a vida deve ser protegida desde a concepção" e diz que o objetivo desta regra é proteger a vida. Mas quem disse que isso realmente nos ajuda a alcançar o objetivo em questão?
Há que se questionar regras, leis humanas. Se humanos falham, as regras também. Por exemplo, a aplicação generalizada da regra "devem ser proibidos símbolos e nomes religiosos em tudo que se relacione com o Estado" pode acabar aumentando a discriminação religiosa, especialmente se ela for imposta. Pois o país vai entender que isso é um ataque à religião e, em contrapartida, vai respondê-lo. Eles vão questionar os ateus com respeito à utilidade prática desta medida. Se estes se defenderem fazendo um discurso que isso, na verdade, é para o próprio "bem da religião", que é uma forma de evitar que o cristianismo seja imposto e toda essa ladainha essencialmente anti-religiosa, eles não vão engolir isso.
Mas é claro que não vão engolir isso! Nem eu engulo este dogma! Quem é que liga para um bendito crucifixo pendurado na parede? Pois nem mesmo os cristãos ligam pra isso! Oras, se um ateu não consegue sequer olhar para um crucifixo numa repartição pública sem ter um ataque de nervos, o que é que ele entende de respeito à diversidade religiosa?
E quanto aos verdadeiros ataques à laicidade do Estado, como orações nas escolas e tantos projetos de lei absurdos? Por que não combater os verdadeiros problemas da nossa sociedade em vez dessa obsessão pelo moralismo? E quanto a primeiro analisar o contexto e os efeitos práticos que essas regras terão? Onde estão as evidências de que a imposição da proibição de crucifixos nas repartições públicas e de outras regras similares levam à maior tolerância à diversidade religiosa?
E por falar em evidências, vejam a principal crítica do texto da Zaida: que é comum ateus não terem respeito a outras formas de pensamento (entenda-se de forma não generalista). Depois, analisem os comentários a ele: alguns generalizando os comportamentos dos religiosos, outros descaracterizando, ridicularizando o texto e outros até mesmo criticando o Paulo Lopes por sequer publicá-lo. Engraçado, tentaram diminuir a validade do texto, mas acabaram por comprová-lo.
Começando que você diz que ateus confunde laicidade com um conjunto de regras de onde você tirou isto ??
Símbolos religiosos em repartição pública fere a laicidade do estado, usando espaço público para fazer propaganda de uma religião.
Deus seja louvado, nas moedas. FERE muito mais a laicidade do estado, obrigam todos os cidadãos a entregar um papel "cédula de real", dizendo que deus existe, e que ele deve ser louvado.
Basta vc inverter a situação para ver o absurdo,
imagine o estado obrigando todos brasileiros a entregar uma cédula, escrito "Não louvem a deus", ou "Deus não existe", ou então pendurado em muitas repartições públicas de somente 1 credo, tipo muçulmanos ou candomblé. Isso seria um absurdo, mas como eles são maioria, vc não vê os ateus e outras religiões como iguais, vc vê como inferiores, mesmo não sabendo disso.
Logo uma única visão de mundo pode usar a maquina do estado para promoção de 1 religião em detrimento de outras religiões, do agnosticismo, ateísmo, do deísmo e etc.
Pegue um exemplo de fanatismo de comunistas, depois faça uma ligação com o ateísmo.
Finja que não sabe a diferença, entre ideologia política e ateísmo. Diz que nunca ouviu falar que os comunistas eram contra a religião, pq para os comunistas a religião é 1 instituição burguesa para amansar o povo.
Depois diga indiretamente "desistam o estado laico já era, deixe os fanáticos colocarem seus dogmas em toda a sociedade, vcs estão sendo intolerantes com os fanáticos."
Diga que sem religião é impossível viver, mas claro ignore que a religião combate o ateísmo, mas o reverso é intolerância.
Agora para não ficar muito na cara. Diga que é ateia, use a falácia "eu tb já fui assim", use palavras rebuscadas, e o dono do blog nem percebe. :)
E claro, ignore. Afinal religião tem licença para ameaçar pessoas e crianças de tortura eterna. "Ou da ou desce.", "Estão roubando de deus", "Olha só perdeu a cabeça e o coração, pq saiu da igreja" "o medo de deus é sabedoria".
“Governar grilhando a mente através do medo de punição noutro mundo é tão baixo quanto usar a força.”
É absurdo comparar religião com Ateísmo.
Quer mais que a interpretação literal da Bíblia para assim desacreditá-la? Até os ateus legítimos usam essa técnica da leitura literal para desconstruir o que Nicolelis chamou de constituição neurobiológica. Dá pra mudar isso?
Não gostei do texto.
O Dawkins de Deus um Delírio é o mesmo do Relojoeiro Cego, só que ousou questionar um ponto fundamental: Inquestionabilidade das religiões. Assim é fácil ver fundamentalistas, aqueles que ousam destruir minha convicções. Os teólogos deveriam agradecer – alguns já reconhecem – a importância do neoateísmo como fenômeno a ser compreendido.
Isso é uma petição de princípio.
Não, leis não devem ser cumpridas. Leis sobre patentes, por exemplo, são absurdas. Direitos autorais são prejudiciais - melhor seria se não existissem. O cumprimento categórico de leis sem reflexão, sem prudência, sem balancear as consequências pode ser extremamente ruim e trazer o caos. Vide o caso do Pinheirinho.
>> "o crucifixo ter que ficar pendurado dentro de um tribunal que argumento você usaria pra validar isto"
Você faz uma confusão aqui. Os crucifixos não são impostos por lei - isso sim seria um ataque à laicidade do Estado. Eles estão lá porque as pessoas têm mania de colocar crucifixos nos prédios. Elas fazem isso de forma automática, pensando que as pessoas vão gostar de ver um crucifixo pendurado. Essa foi a forma como elas foram criadas - portanto, faz parte da sua cultura. A intenção delas não é fazer propaganda, não é impor a religião delas "em detrimento de outras". É mania dos cristãos agirem como se todos fossem cristãos, sem considerar que existem cidadãos não-cristãos que merecem respeito.
Isso é bom? Não, é óbvio que não. Pelo contrário, isso é um mau aspecto da cultura. A questão é: qual a melhor forma de combater este pré-conceito, esta formação cultural? Pela imposição? Forçando-as a engolir a ideia de que elas não podem fazer algo que, na visão delas, é algo totalmente natural? Não seria melhor alguma forma de educação? Criar, por exemplo, um espaço de discussão nas escolas a favor do respeito pela diversidade religiosa?
Denunciar os casos de orações nas escolas e nos locais de trabalho? Isso, sim, faria sentido proibir, pois isso tem consequências negativas claras e mensuráveis: são conhecidos vários casos em que alguém recusou-se a participar dessas orações e sofreu retaliações por isso. E, se alguém reclamar que esta proibição é perseguição, basta apresentar estes casos.
Agora, quanto aos crucifixos em repartições públicos, que caso você pode mostrar? Pois os cristãos vão lhe perguntar: "mas que mal há nisso?" Nesta hora, você pode querer apresentar seu discurso ideológico, constituição, lei, o que for, mas, se você não tiver um exemplo concreto pra mostrar, eles vão concluir que todo o seu discurso não passa de uma ladainha para justificar a perseguição religiosa. E o tiro acaba saindo pela culatra, aumentando o preconceito e o ódio contra os ateus.
>> "Temos o direito de liberdade e podermos agir como bem entendermos"
Ah, que bom, então eu tenho o direito à liberdade de fazer as críticas que eu estou fazendo.
>> "Eu acho que nos chamar de fundamentalistas é um meio de invadir o nosso livre pensamento e propor uma maneira de agir que ao seu modo seja correta."
Eu não posso propor uma maneira de agir? E o que você considera "livre pensamento"? Pensamento livre de críticas? Pensamento livre da opinião alheia? Fiquei totalmente perdido quanto ao sentido desta frase.
Mas, como era de se esperar, os ateístas fanáticos (e autoritários) vão se fazer de manés, e fazer de conta que não entenderam do que se trata.
Observação: Alguns ateístas fanáticos vão, sinceramente, achar que o texto "não faz sentido". Pois, como todo bom fanático, o ateísta fanático tem certeza de que não é fanático (fanáticos são os outros, que o ateísta iluminado tenta combater pelo bem da humanidade... e de sua causa.)
Diga que o ateísmo não deixa de ser um tipo de religião.
Eles sobem nas tamancas. rs
A indignação deles á a prova final de quanto o ateísmo militante pode ser - e muitas vezes é - tão chato e incômodo quanto o fanatismo religioso.
Já o texto da mina foi um verdadeiro samba do crioulo doido. Parece que ela troca de crença, ideologia e posição como quem troca de calcinha. rs
Só podia dar num texto superconfuso que não expressa muito bem o que ela quis dizer.
Dá a impressão que as ideias foram se atropelando na cabeça dela - fruto de tantas crenças e ideologias já seguidas e descartadas - que o que poderia ser um bom texto a favor do agnosticismo puro e simples - a posição mais sábia a meu ver, se perdeu completamente.
Aliás, parei de ler o tal Dawkins quando ele disse que os agnósticos são piores do que os fanáticos religiosos.
Fácil de entender: com quem ele vai brigar se o agnóstico não tá nem aí pra essa discussão tola?
NINGUÉM sabe sabe se existe ou não algum Deus - ou muitos deuses. Ninguém sabe porra nenhuma que explique o sentido da vida.
Acho tão bobo um Dawkins ridicularizando quem crê, quando acho bobo um crente dizendo que "gay vai pro inferno".
Ninguém sabe PORRA nenhuma!
Deuses e religiões são invenções humanas.
A ciência - obviamente - é obra humana e não responde tudo. E não responderá jamais. Sem querer ostentar uma falsa intelectualidade que não possuo, mas creio que Kant tem razão. Há limites no que o ser humano consegue apreender.
Isso dito, quanto menos fanáticos de qualquer espécie - seja religioso ou torcedor de futebol ou ateu - tivermos no mundo, melhor.
O problema é todo o fanatismo político que Dawkins (e outros como ele) convoca seu rebanho a PRATICAR, e que vai muito além do mero "proselitismo ateísta" e suas tentativas de converter a humanidade ao "ateísmo salvador".
Uma das mais notáveis manifestações do fanatismo dessa "religião" ateísta, que, como eu disse, vai muito além do proselitismo, é sua tentativa incessante de calar todos os outros religiosos, impedindo suas manifestações públicas, usando o pretexto falacioso de "defesa do Estado laico" com o objetivo de varrer as demais religiões do mapa.
O ateísmo, então, acaba se arrogando um papel de "religião" (crença, ideologia) superior, exclusiva, a única que pode se manifestar livremente. As outras, concorrentes, devem ser silenciadas e banidas.
Poucas religiões atualmente exibem um grau de intolerãncia tão grande quanto o ateísmo militante faz questão de ostentar.
Depois você diz algumas coisas interessantes, mas então vem essa:
NINGUÉM sabe sabe se existe ou não algum Deus - ou muitos deuses.
Depois reafirma:
Ninguém sabe PORRA nenhuma!
E depois diz:
Deuses e religiões são invenções humanas.
Mas você se diz agnóstico, e portanto, não sabe "PORRA nenhuma".
O agnosticismo não é a posição mais sábia, no meu entendimento. O agnóstico é o cara meio-termo, que acha que como não se pode provar que existe nem que não existe um deus, então não dá pra ser ateu nem crente e que as duas escolhas estão ligadas a uma fé. É daí que vem a desculpa pra dizer que "ateus são tão fanáticos quanto os crentes", e você não foge à regra. Eu já fui agnóstico. O problema em ser agnóstico é que o sujeito acha que pra tomar uma posição alguém tem que ter 100% de certeza de algo. Isso não é certo. Tanto não é, que o próprio agnóstico sabe e não aplica esse agnosticismo a outras coisas. Você nunca foi o topo do Everest, mas duvido que você duvide da existência dele "por não ter provas".
O agnóstico acha que se há muitas evidências para A e nenhuma para B, então A e B são igualmente prováveis.
O agnóstico acha que "crente" e "ateu" são posições equivalentes. Ou pelo menos, todos os que eu conheço acham. Menos você, que também fez um samba do crioulo doido quando disse que deuses e religiões são invenções humanas. Se você tem certeza disso, apesar de não saber de PORRA nenhuma, então você se contradisse.
Pra mim, o agnosticismo é só um passo em direção a uma posição verdadeiramente sólida e corajosa.
Se o Estado Laico testasse pra ver se os Cristãos não morrem mesmo, pois eles crêem, ou O Estado se tornaria Cristão ou os Cristãos sumiriam do Estado.
Já os militantes religiosos tentam impor A TODOS os seus dogmas e suas regras de comportamento ou de crença, com consequente cerceamento de direitos civis.
Acho que há uma pequena diferença, não?
Por fim, querer dizer que militância ateísta é "perigosamente religiosa"... bem, eu concordo, caso a argumentação desses militantes seja baseada em princípios de fé e meramente dogmática. Enquanto baseada em argumentação lógica e racional, a comparação não se aplica. Alguém diria, por exemplo, em sã consciência, que a defesa de Galileu do Heliocentrismo era "perigosamente religiosa"?
Sim, existem maus militantes,como em qualquer tipo de ideologia. No ateísmo também. Isso por si não invalida a militância. Tudo depende da forma como é feita.
aqui mesmo, basta ler a reação de alguns quando eu reclamo com razão contra a frequente generalização de equiparar religião com catolicismo ou pior com a Igreja, como se fossem as mesmas coisas.
Citam-se exemplos da Suécia, Dinamarca e Noruega. Bom, ainda que sejam exemplos de Estados "sem religião", sua história e cultura foi forjada dentro de uma forma de crença e isto eu refuto totalmente, essa mania dos ateus de quererem tornar humanos em vulcanos. Tais Estados são "sem religião", mas individualmente muitos devem ter alguma forma de religiosidade ou espiritualidade.
Qual é o exemplo que os ateus querem passar de si mesmos? De garotos RBD, vivendo sempre em função de sua luta, de seu combate, de sua raiva contra a "religião", contra a "crença", contra a "superstição", contra a "igreja", pixando templos, propondo que sejam queimados, jogando tudo em uma vala comum, ou demonstrando uma via racional, sensata, serena, justa de que o que precisa ser evitado é a intolerância, o fanatismo, o preconceito, o totalitarismo, debaixo de quaisquer formas e ideologias?
ou vamos ficar nessa briga que mais parece briga de palmeirense vs corinthiano, judeu contra palestino, com nenhum dos lados mostrando ter razão?
tudo aquilo que a nossa sociedade conhece e foi formada foi descoberta, desenvolvida e pensada por gregos e romanos - todos povos religiosos. ou a intenção da militancia atéia será por acaso instaurar um regime como existe em "admirável mundo novo" ou em "1984"?
Sou a favor do debate, só estranhei ter elevado a materia um texto tao ruim. Abs
Temos um vidente profetico aqui agora rs
Gusravo milare rumina, mastiga,remancha e no final nao cospe e nem engole. Uma hora parece ateu,outra crente,mas smpre em cima do muro proclamando suas verdades de internet. Cansativo."
Disse tudo amigo, o cara fica correndo em círculos assim como a nossa humanidade, não sabe se posicionar de fato.
E pro troll acima, nunca vi ateus se porem contra a manifestação pública de crença, mas sim contra a diluição do Estado na religi.ão, o que a bancada evangélica vem tentando fazer.
Será que é possível não ter espaço nenhum para religião ou não-religião na vida de alguém?
Ah, faça o favor!
>> "Gusravo milare rumina, mastiga,remancha e no final nao cospe e nem engole. Uma hora parece ateu,outra crente,mas smpre em cima do muro proclamando suas verdades de internet. Cansativo."
Major.Ed
>> "Disse tudo amigo, o cara fica correndo em círculos assim como a nossa humanidade, não sabe se posicionar de fato."
Anônimo May 7, 2012 07:42 AM
>> "O gustavo acha a retórica fundamentalismo por exemplo a religião deve ser respeitada e não pode ter retóricas porque ai é fundamentalismo ateu . Vai entender isto kakaka"
Um anônimo aparece do nada e tenta vomitar um ad hominem em cima de mim. Depois vem o Major.Ed lamber o vômito do outro e vomita outro ad hominem por cima. Depois aparece outro anônimo lambendo o vômito dos outros dois e vomitando uma falácia da descaracterização. C.Q.D.
-Não generalize Wickedman, sou agnóstico, agnóstico estrito [forte] e apático, pois não sei se Deus existe, assim como ninguém sabe, e se tal divindade existir, isso não trará relevância em minha vida.
>>"O agnóstico é o cara meio-termo, que acha que como não se pode provar que existe nem que não existe um deus, então não dá pra ser ateu nem crente e que as duas escolhas estão ligadas a uma fé."
-Depende do agnóstico meu caro, eu como agnóstico descarto a existência de vários deuses, inclusive a do deus de Abraão, porém não descarto a hipótese de um "motor primário" com 100% de certeza, como defendem certos teístas. Apesar de que em minha visão, a hipótese de existência de algum deus é muito pequena e a hipótese de inexistência é muito grande.
É um equívoco falar que os agnósticos misturam religiosos com ateus, eu não penso assim. Creio que os ateus têm uma posição muito mais sensata em comparação com os religiosos, e nunca disse que os ateus baseiam sua descrença em uma fé.
>>"É daí que vem a desculpa pra dizer que "ateus são tão fanáticos quanto os crentes", e você não foge à regra."
-Outro equívoco. Convenhamos que há ateus que são tão fanáticos quanto certos religiosos, digo isso no modo de se comportarem, pois falam que os religiosos agem de forma intolerante e desrespeitosa tentando enfiar sua crença em todos, porém agem da mesma forma ou pior, o que alimenta uma grande hipocrisia. Mas claro que isso não são todos, mas apenas uma pequena parcela do ateísmo.
>>"O problema em ser agnóstico é que o sujeito acha que pra tomar uma posição alguém tem que ter 100% de certeza de algo."
-Hã? Desde quando ser agnóstico significa que precisamos ter certeza absoluta em algo, para cremos nesse algo? Nunca, pelo que eu saiba. Agnosticismo é apenas uma cosmovisão que não descarta a inexistência de um deus com 100% de certeza. Isso está parecendo a falácia do espantalho.
>>"Você nunca foi o topo do Everest, mas duvido que você duvide da existência dele "por não ter provas"."
-Pelas barbas de Odin! Que exemplo chulo! Há uma grande diferença entre o Everest e deus, pois há várias provas da existência do Everest, ao contrário de deus.
>>"Pra mim, o agnosticismo é só um passo em direção a uma posição verdadeiramente sólida e corajosa."
-Entendi! Mais um ateu que acha, arrogantemente, que a posição dos agnósticos é covarde. Pergunto-lhe: Por que o ateísmo torna-lhe mais corajoso, e o agnosticismo trona-nos mais covardes?
Que Satã abençoe-lhe.
>>"Citam-se exemplos da Suécia, Dinamarca e Noruega... mas individualmente muitos devem ter alguma forma de religiosidade ou espiritualidade."
-Errado. A média de ateus em tais países é de 70% da população, portanto muitos não tem religiosidade e espiritualidade.
Pessoas que gostam de criticar tudo e todos sem tomar um posição concreta como se estivessem num nível acima dos meros mortais.
Não é simplesmente a questão de levantar a voz. Como diz o ditado, quem luta contra monstros tem que tomar muito cuidado para não se tornar um. O que eu estou cansado de ver é essa corja de ateus (que não são todos, mas são muitos) que são tão fanáticos quanto muitos religiosos por aí.
Pense nisso: alguém faz uma crítica a uma religião. Então vários religiosos, claramente incomodados com a crítica, revoltam-se, xingam, ridicularizam, descaracterizam, apelam para falácias, etc. Eles não conseguem aceitar uma crítica.
Daí outra pessoa faz uma crítica ao fanatismo de um grupo de ateus. Então (como foi aqui demonstrado empiricamente) vários ateus, claramente incomodados com a crítica, revoltam-se, xingam, ridicularizam, descaracterizam, apelam para falácias, etc. Eles também não conseguem aceitar uma crítica.
Se eu não sou obrigado a respeitar o comportamento fanático religioso, também não sou obrigado a respeitar o comportamento fanático ateu.
É claro que não dá pra negar que muitos ateus por aqui souberam respeitar e discordar da crítica, sem perder a paciência, sem ficar com raiva, sem levar para o lado pessoal. Criticaram a crítica da Zaida e de outros que concordaram com ela, alguns com bons argumentos, outros com argumentos não tão bons assim, às vezes até defendendo que a crítica é absurda. Ótimo, perfeito. Não é destes que eu estou falando, não são estes os fanáticos.
Alguém disse "ah, mas, em geral, os ateus não são tão fanáticos quanto os religiosos". Certo, eu concordo. Mas vocês realmente pretendem tomar o fanatismo religioso como modelo de referência? Vocês querem mesmo ficar esperando o fanatismo ateu atingir o nível do fanatismo religioso para só então fazer alguma coisa a respeito?
O que perceber em tal ateístas "quando não são religiosos se passando por nós", trata-se apenas de uma fase de revolta que com o tempo e maturidade irá amenizar.
Tal protesto como sempre é vazio e manipulador.
Sao os ateus que vao na TV falar que os religiosos sao todos criminosos imorais, sao os ateus que se descobrem que seu funcionário é religioso o expulsa da empresa e até contrata alguém pra benzer o local após a saída do impuro (como descreveu um leitor desse blog num post ano passado).
Sao os ateus que fazem leis obrigando todos os alunos de suas cidades dizerem que deus nao existe antes de cada aula pois isso ajudaria em sua formaçao moral. Sao os ateus que colocam deus nao existe nas cédulas de real. Sao os ateus que criaram inquisiçoes e perseguiram qualquer um que discordasse deles ou acreditasse em deus.
Sao os ateus que promoveram cruzadas contra os outros tipos de ateus que nao tinham a mesma descrença deles. Sao os ateus que excluem os pobres cristaos da vida social. Sao os ateus que diante da simples mensao de que seu amigo, vizinho, colega ou professor acredita em deus se erguem vociferando, com olhos irados e julgando-os como as pessoas mais imorais que poderiam existir na face da terra.
Sao os terríveis ateus que falam em público, pregam nas praças, condenam a todos e consideram qualquer discordancia de suas ideias uma afronta inominável que deveria ser punida com a morte pelos piores suplícios.
Sao os ateus que querem obrigar a todos a se manterem casados mesmo o casal nao se suportando mais, apenas pra que todo mundo se submeta por força da lei as suas ideias. Sao os ateus que pregam contra camisinha e homossexuais e acham que mesmo aqueles que nao seguem sua nao-crença devem ainda assim se submeter aos seus dogmas.
Sao os ateus que tentam dominar as aulas de ciencias e histórias obrigando professores a ensinar apenas a sua versao da história e a fazer juramentos de nunca quebrar ou falar nada que contradiga as nao-crenças ateístas.
Sao os ateus que penduram bombas ao redor do corpo e se explodem matando milhares de cristaos, mulçumos e outros apenas porque esses nao aceitam se submeterem as suas descrenças. Sao os ateus que criam polícias ateístas encarregadas dde vigiar pessoas que ousam ferir a boa moral ateia e determinam mutilaçoes e fatwas a todo aquele que os desobedecem. Sao os ateus que ensinam a seus membros que medicina é inútil e basta descrer em deus para ser curado.
Sao os ateus que ensinam que voce pode ser assassino, estuprador, mentiroso, falso, pedófilo e tantas outras coisas que basta voce se confessar ao sacerdote ateu ou testemunhar sua converssao ateista em público que pronto todo seu passado será esquecido e voce estará automaticamente inscrito no céu ateísta.
Claro, como nós ateus somos fanáticos ignorantes, destruidores de lares, segregadores, os viloes de toda historia tanto no passado como no presente nao é mesmo. Nós é que fazemos tudo isso, nao voces religiosos, nós somos os maus, os pérfidos ateus, demonios encarnados que nao cessam dia e noite de perverter a boa humanidade crista espalhando a discórdia, a guerra e o terror.
Voces religiosos é que sao o contrário disso tudo nao é mesmo! Como nao pude ver nosso terrível fanatismo antes!
Leandro
Valdo.
É utópico se considerar a essência da maioria das religiões que é ser dominadora (sob a chancela de levar o correto divino) da massa popular. Por isso que a maioria das religiões, principalmente as majoritárias, tentam sempre se intrometer na política do Estado, ou até mesmo às vezes se tornar o Estado – sem, claro, que o Estado se intrometa nas religiões, como aconteceu no passado. Daí vai ser realmente utópico: as religiões vão sempre querer impor suas verdades de fé através do Estado, portanto, vão sempre tentar se intrometer na política. E se tiverem sucesso, daí sim vai ser um verdadeiro totalitarismo!
Só que, ao contrário, a laicidade visa justamente fazer com que essa intromissão seja limitada, reduzida somente àquilo que é de interesse público. Vai ser sempre o incessante trabalho de separar o que é da crença divina do Estado e de suas políticas públicas. E partindo desta perspectiva, existem Estados que conseguem sim reduzir ao máximo a intromissão da religião na política e na atuação estatal. O judiciário do Canadá, por exemplo, coleciona diversas jurisprudências no sentido de observar os verdadeiros interesses por trás de determinadas medidas ou leis, e quando estes são de influência religiosa, cortar essas interferências indevidas. Sem que com isso esteja eliminando qualquer religião. Aliás, eliminar religiões não é finalidade da laicidade e do secularismo, portanto, o tal sonho do Dawkins não é em relação a um Estado laico, mas sim de uma sociedade onde o povo não tem nenhuma religião!
E já estão surgindo muitas dúvidas dele ser realmente ateu ou somente uma pessoa se fingindo de ateu... é certo que a finalidade dele é tentar fazer com que os ateus aceitem se curvem a religião “por seus aspectos úteis”.
Quanto a ter associação e promover eventos, isso de longe caracteriza uma religião. Se assim fosse, qualquer grupo organizado de trabalhadores, por exemplo, seria uma religião. E o significado etimológico do termo religião não comporta o ateísmo de forma alguma... acho, sinceramente, falta de conhecimento afirmar que o ateísmo seria uma forma de religião.
A china impõe seu ateísmo aos membros do partido.
Isso também não é laicismo, ou é?
O papel do escritor (seja ele de que gênero for) não é, em alguns casos, fazer o leitor pensar?? Ou pensar dói tanto que as pessoas querem apenas textos mastigados, que apresentem conceitos e que os desconstrua literalmente para que os que não querem pensar não tenham que se esforçar para entender o propósito do discurso apresentado??
Enfim, penso que o excesso pode estragar qualquer coisa, e está passível de acontecer com o ateísmo, que em alguns casos se apresenta quase como uma nova religião.
Tome teu Simancol e depois vá falar suas asneiras desonestas e generalistas pra quem quiser ler.
Ateísmo é a descrença em deuses.
Querer um mundo sem religião é uma ideologia ateísta fanática, assim como querer um mundo totalmente cristão. A diferença é que esse fanatismo ateísta não são baseados em dogmas da Idade do Bronze.
Críticas? Que críticas? Aqui só tem falácias!
Eu faço críticas, vocês me ofendem pessoalmente por isso e ainda por cima sou eu quem não aguenta críticas?
Ah, faça-me o favor.
mas o que temos do lado dos "sem religião"? para começar, temos diversos Estados totalitários e ditatoriais que se definem "sem religião" e cometeram as maiores barbaridades contra a humanidade.
aqui mesmo temos uma amostra desse fanatismo/fundamentalismo. o que costuma-se dizer a alguem apenas por ter uma crença, uma religião, uma espiritualidade beira ao mesmo irracionalismo que aponta nos outros.
ou o sr por acaso acha racional pixar uma igreja? o sr acha racional propor queimar as igrejas? basta falar que eu tenho uma crença e pronto, todo meu nível superior e vasta coleção de livros não servem mais, eu sou um "iludido", um "alienado", um "supersticioso", um "ignorante". nenhum argumento, apenas ad hominem.
se isto é ser ateu, eu deixei de ser ateu quando entrei no ginasial aos 14 anos.
Não é que o texto seja fraco, é que a Zaida quis falar um monte de coisas em pouco texto e, portanto, não teve espaço para argumentação. Mas ao menos, como vc disse, o texto dela acabou gerando uma discussão, o que é bom.
>> "como sempre os crentelhos [...]"
Você cometeu um engano. Em momento algum a autora do texto deu a entender que é crente e vários dos que comentaram a favor dela são ateus ou agnósticos. Sugiro que você analise os argumentos utilizados em vez de tentar adivinhar qual a crença da pessoa que os faz ou por qual motivo ela defende tal posição.
http://bulevoador.com.br/2011/06/23742/
Para quem souber inglês, veja também o texto original completo:
http://youarenotsosmart.com/2011/06/10/the-backfire-effect/
Aliás, Paulo Lopes, se não for pedir muito, por favor, faça um artigo a respeito disso, pois este estudo tem sérias consequências na vida de qualquer um que goste de discutir pela Internet :)
Ao Gustavo, que perguntou: "Sério que você realmente acredita que ateus são uma raça superior aos religiosos?"
Vou lhe responder com uma comparação. Dawkins é considerado um fundamentalista ateu. Mas tudo o que ele fez até hoje foi escrever um livro contra a religião. Um fundamentalista religioso planta bombas em locais onde se concentram os inimigos, arremessa aviões contra prédios e atira contra crianças indefesas em escolas, como aconteceu em Realengo. Se todos os fundamentalistas religiosos fossem como o Dawkins, se se limitassem a fazer proselitismo por meio de livros, pode apostar que você jamais teria ouvido falar do Dawkins. A religião não o incomodaria a ponto de obrigá-lo a escrever sobre o assunto.
Você diz que espíritas não doutrinam crianças. Isto é falso. Minha tia, que é espírita, teve grande participação na minha criação. Foi ela quem aconselhou a minha mãe a me colocar num centro espírita.
E não, ao contrário do que você diz, eu não doutrinaria meu filho. O máximo que eu poderia fazer seria aquilo que o Dawkins fez em relação à sua filha. No livro O capelão do Diabo, há uma carta que Dawkins escreveu para a filha Juliet na qual ele a aconselha a só acreditar naquilo para o qual há evidência. Ele diz que nem a autoridade, nem a revelação e nem a tradição são meios apropriados para descobrir a verdade. Veja, há muita diferença entre isso que o Dawkins faz e o que os religiosos fazem. Se a filha do Dawkins chegar à conclusão de que há boas razões para acreditar em Deus, ele não a impedirá de ser religiosa. Estou muito longe de ver um religioso fazer a mesma coisa com seus filhos. O que um religioso faz é nada mais nada menos que lavagem cerebral.
Você diz que conhece "n" religiosos que respeitam a diversidade de pensamento. Neste caso, tudo o que eu posso dizer é que você é mais afortunado do que eu. Eu nunca conheci nenhum. Todo religioso que eu conheço é um doutrinador. Aliás, o que diferencia um do outro é apenas o modo como eles tentam converter: os mais abusados batem na porta da nossa casa às nove da manhã do domingo para ler a palavra de Deus; os mais simpáticos nos convidam para assistir a um culto na sua igreja, assim como quem não quer nada; alguns nos oferecem um livro escrito pelo líder espiritual da sua igreja. Embora eu seja ateu, tenho na minha casa pelo menos quatro Bíblias. E nenhuma fui eu que comprei. Adivinhe quem me deu e por que me deram. Enfim, no frigir dos ovos, todos os religiosos são doutrinadores.
Quanto aos países que voce citou nao se esqueça de que sao ditaduras e a desculpa que voce deu para os crimes cristaos também serve para os ditos países ateus, apesar de que o único país oficialmente ateu do mundo ter sido a Albania, os demais no máximo incentivavam o ateismo ou puniam igrejas que fossem contra eles abertamente, mas nisso mesmo países religiosos e teocráticos também fazem, portanto sua crítica nao teria validade. Segundo: cometeram as maiores barbaridades é opiniao sua. Que cometeram grandes crimes contra a humanidade ninguém duvida, mas dizer que foram os maiores. Será que os estados religiosos que praticaram empalamentos, que serravam homossexuais ao meio(literalmente com serrotes), que arrancavam as tripas de conddenados, que obrigavam bruxas a sentarem nas cadeiras com pregos (as vezes encandescentes). Será realmente que as barbaridades de alguns ateus (que alias, veja só, alguns tiveram educaçao religiosa como Stalin), será que as barbaridades deles superam as barbaridades de séculos de atrocidades religiosas.
Quanto a discriminaçao dos religiosos no site, nao se esqueça de que o espaço é crítico, entao virao as críticas, eu mesmo já critiquei quem acreditava em paranormalidade e já fui desqualificado pelo crente na paranormalidade, agora achar que as críticas e questionamentos sao fanatismos ou fundamentalismo é ridículo. Querias o que! que todos aqui pensassem igual e ninguém discordasse. Queria que o os malvados ateus ouvissem as pregaçoes pacientemente e ao final apenas dissessem amém. Será que se nós irmos aos sites religiosos mostrar nossa descrença e o quanto achamos suas ideologias fora da realidade seria a reaçao deles tao comportada ao ponto de só nos questionar.
Lógico que nao, pois se até sites públicos quando alguém se diz ateu ou ousa questionar qualquer "verdade bíblica" o que mais chove sao ameaças religiosas, leia bem "ameaças", nao questionamentos ou discordancias, mas ameaças. Mas, claro nós com nossos terríveis questionamentos é que somos fundamentalistas e totalitários nao é mesmo.
Leandro.
críticas são sempre bem vindas, quando vem com argumentos, não com clichês e palavras de ordem que mais parece evangelismo ateu, de tão bitolados e repetitivos. como uma imagem que eu vi na internet onde tem ReligiON=cena de tortura ReligiOFF=cena de paraíso futurista. hello? tudo aquilo que conhecemos por cultura, leis, justiça, tecnologia veio dos gregos e romanos, povos pagãos, por sinal. então eu reitero, o problema está no fanatismo, no fundamentalismo, debaixo de quaisquer bandeiras e ideologias.
Bem, já estou até vendo você querer me mostrar inúmeros casos de doutrinação que deram muito errado. Claro, concordo, doutrinação em geral é uma merda. Mas educação dos filhos com valores éticos também é. E, se você parar para pensar (e, por favor, pense em vez de simplesmente responder) as doutrinações éticas e religiosas são muito parecidas.
O seu segundo erro é dizer que nunca viu nenhum religioso que respeite a diversidade de pensamento. Não, você já viu, disso eu tenho certeza. Especialmente se você é frequentador assíduo deste blog. O problema é que, quando você viu algum religioso assim, ele estava ou criticando o ateísmo ou defendendo sua crença. Como naquele respeito você não concordava com ele, você concluiu que ele era só mais um religioso qualquer.
Sabe quando um cristão é facilmente capaz de ver os defeitos do espiritismo e que um espírita é capaz de ver os defeitos do cristianismo, mas que nenhum dos dois é capaz de enxergar os erros na própria religião? Pois é. Ateísmo não é diferente neste respeito.
Como você discorda de mim, fica muito fácil para você enxergar os erros no meu discurso. E fica muito fácil para mim encontrar erros no seu discurso. Então nós podemos ficar aqui discutindo eternamente sem chegar a lugar algum: porque você só vai procurar defeitos no que eu digo, e não no que você diz. Você só vai conseguir entender o que eu estou falando se você se esforçar em olhar para o seu próprio discurso como se você não acreditasse no que você diz.
Em outras palavras, assim como você só foi capaz de encontrar os defeitos do espiritismo quando você parou de analisar o espiritismo como um espírita, você também só vai conseguir encontrar os defeitos do ateísmo quando você parar de olhar para o ateísmo como um ateu. Só então você realmente entenderá o que significa ser cético.
Eu como ateu não sinto a necessidade de me associar a nenhum tipo de comunidade ou associação de ateus, quero apenas a liberdade de não ter crença nenhuma, independente de nada ou de ninguém.
Porém, se é uma organização de trabalho ou algum conhecimento útil (para mim) então tem alguma relevância na minha vida.
Fica a pergunta: quem é você para decidir sobre a minha opinião pessoal?
Ora, meu caro. As pessoas querem expor aquilo que elas sabem e aquilo que elas acreditam. A internet é uma usina de idéias e isso é bom. O debate, o confronto de ideias é sempre bom para depurar as ideias estabelecidas, testá-las e comprovar se ainda estão válidas ou precisam ser substituídas. Nós, como ateus, sabemos muito bem disso e deveríamos apoiar essas oportunidades que temos para debater. Eu apoio.
Isso também não é laicismo, ou é?”
Não é laicismo. Você ignora as – triviais – distinções dos significados!
Muitos ateus são fanáticos e fundamentalistas, mas, pelo menos na minha experiência, são fanatismos/fundamentalismos políticos (liberais, socialistas, anarquistas) e não ateístas. Num vi, pessoalmente, um ateu defendendo o exterminío ou prisão ou exclusão deliberada dos religiosos, a maioria pede apenas o respeito recíproco que é inexistente. Pense bem você respeito o religioso, mas ele não te respeita, o que faz? Continua polido e respeito ou se obriga a erguer a voz pra que sua opinião também seja ouvida.
Na verdade, percebo que os fanáticos, especialmente os religiosos, só escutam a voz do poder e da força. É um cenário triste eu sei, mas infelizmente é o que temos.
Milhares de ateus moderados todos por vários e vários anos respeitos para com os religiosos e em contrapartida nenhum respeito deles, aí quando os ateus atuais (neo ateus) erguem a voz são agora taxados de fanáticos/fundamentalistas.
Leandro
Basta você não participar. Para outras pessoas, é relevante e útil! Mas a partir do momento que você torna sua opinião pública, principalmente qualificando tais eventos promovidos de ateus de “quase que uma nova religião”, você está suscetível a críticas... principalmente pela quase analogia falaciosa!
Mas concordo contigo que faltar com educação por sua opinião é muita arrogância!
Realmente, uma das coisas que me perturba no ateísmo fundamentalista (que não considero ser o mesmo que fanático) na sua crítica à religião é responsabilizar as pessoas pela sua ignorância, por terem uma visão limitada, querem obrigá-las entender e concordar com as evidências. Ou seja, tratam a ignorância como se a ignorância fosse maldade e, por isso, acabam perdendo a sensibilidade ao lidar com seres humanos.
Até faz sentido obrigar alguém a confrontar as evidências que apontam contra ela quando ela invade o seu espaço e tenta barrar a sua liberdade. Mas, se o seu objetivo é combater a ignorância, tentar obrigar é contra-produtivo. No fim das contas, tudo o que você pode fazer é apresentar o seu ponto de vista e a sua argumentação.
Entao querer os crucifixos fora das reparticoes publicas nao eh faniquito anti-religioso. Eh como disse outro comentarista, lembrar que aquele espaco eh de todos , nao soh dos cristaos.
Mas tbm concordo com vc que simplesmente tira-los de la geraria odio dos cristaos menos informados sobre laicidade, que encarariam como perseguicao. Mas qual eh a alternativa, simplesmente deixa-los lah... nao posso concordar com isso!
No mais, seus comentarios sobre a auto-critica que os ateus precisam ter, e na sua MAIORIA nao tem, foram muito bons.
Obrigado à autora deste texto tão bem escrito, com embasamento teórico inclusive, por apontar uma opniao fundamentada, que, posso ou não concordar por completo.
E, aos que usam a lógica e apontam falácias em partes pontuais da argumentação, por que não fundamentam com fontes que refutam as bases teóricas que ela aponta?
Alguns ateus cobram fontes científicas dos criacionistas, mas diante de uma um texto que possuiu fundamentação teórica se limitam a apontar supostas falácias e as generalizam a todo o texto.
Isso não é hipocrisia?
ainda mais porque a protagonista tem conhecimento
de causa, e algo a dizer, pena que a dificuldade
que muitos demonstram para entender os comentários
do CogniteTute, que consegue ser claríssimo, se
aplique também a este texto. Podem não concordar,
mas não é preciso ridicularizar.
Isto não é necessariamente ruim, pois nos levará a rever conceitos e a buscar mais informações.
"Não se elimina a religião "cega", pois é uma necessidade do INCONSCIENTE e não se pode eliminar o inconsciente, cuja linguagem é simbólica." Essa foi foda. Então estamos condenados a viver eternamente nesse inferno caótico aqui na terra, composto de violência gratuita em pró de uma ideologia? Faça-me o favor. Se Mahatma Ghandi, sem usar violência nenhuma, conseguiu tornar um país independente então nós também podemos nos livrar desse lixo chamado fanatismo.
Falou tudo.
A parte que concordo na crítica apresentada é a que fala numa associação de ateísmo com iluminismo e positivismo. Esse discurso de autoridade científica é mero totalitarismo. Ciência já serviu para chancelar o racismo. A razão instrumental substituiu a missão civilizatória cristã como uma verdade universal, embora não passasse de um recurso de dominação ocidentalizante.
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