Menos de dois meses após ter protocolado pedido de extensão do seguro saúde ao seu companheiro, o sargento gay Laci de Araújo (foto) pediu ontem (8) de manhã baixa do Exército. Era o que o comando queria e vinha pressionando-o para tomar a decisão.
Fernando Alcântara, o seu companheiro com quem tem um relacionamento há mais dez anos, pediu desligamento do Exército no dia 27 de junho para não se submeter a punições disciplinares. O pedido foi atendido pelo Exército em tempo record, em menos de uma semana. O mesmo deverá ocorrer com Araújo, caso a sua pendência para com a Justiça Militar não seja um impecilho.
Araújo foi condenado a seis meses de prisão pelo crime de deserção. O tempo em que ficou detido até agora dá para ‘pagar’ essa sentença.
Os comandantes do Exército ficaram enfurecidos com Araújo e Alcântara quando, em junho, os dois foram capa da Época como o primeiro casal gay assumido da instituição. Depois, os sargentos compareceram a um programa da Rede TV! A emissora foi cercada por soldados da Polícia do Exército, que prendeu Araújo.
Araújo nega que tenha desertado e diz que teve de faltar oito dias seguidos de seu trabalho no Exército por motivo de doença. Mas como não informou ao seu superior sobre o afastamento, foi considerado desertor, mas só depois que saiu na Época.
O impasse, finalmente, caminha para o desfecho. E o homossexualismo dentro dos quartéis foi discutido pela sociedade, ainda que a reboque do jogo de birra que se estabeleceu entre Araújo e o comando do Exército.
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