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Ritual da sucção de circuncisão contamina mais dois bebês

Prefeitura de Nova Iorque acusou rabino de passar harpes à criança Relatório de julho de 2014 do Departamento de Saúde e Higiene Mental de Nova Iorque (EUA) registrou mais dois casos de bebês contaminados pelo vírus de herpes por intermédio de ritual de circuncisão. De acordo com a tradição seguida por judeus ultraortodoxos, os mohels (rabinos que celebram esse ritual) sugam o sangue do pênis do bebê no momento da circuncisão. O ritual significa a confirmação da aliança dos judeus com Deus, o que tem de ser celebrado no oitavo dia de vida da criança. Só em 2014, houve 16 casos de contaminação, incluindo os reportados em julho. Desde 2000, Nova Iorque registrou o total de 16 casos, com dois óbitos. Dois bebês sofreram danos mentais. O ateu e crítico de religiões Christopher Hitchens (1948-2011) escreveu no livro “Deus não é Grande” que há forte conotação sexual nesse ritual. Em 2012, a prefeitura de Nova Iorque proibiu o ritual da sucção do sangue do pênis de bebê, mas tev

Governador de Minas veta lei da guarda sabática adventista

Projeto de lei dá aos adventistas o direito de não ir à escola aos sábados O governador Alberto Pinto Coelho (PP), de Minas Gerais, vetou o projeto de lei que concede aos estudantes adventistas em escolas públicas do direito de não se submeterem às aulas e aos exames de avaliação aos sábados. Os adventistas seguem a interpretação da Bíblia segundo a qual o período entre o pôr-do-sol na sexta e o começo da noite de sábado tem de ser dedicados exclusivamente a Deus. Judeus e fiéis da Igreja Batista do Sétimo Dia mantêm a mesma tradição. Para vetar o projeto, Coelho usou o argumento de que o assunto deve ter tratamento nacional porque “a guarda sabática não constitui peculiaridade nem especificidade verificadas apenas em Minas Gerais”. Além disso, segundo ele, cabe ao Executivo estadual, e não ao Legislativo, decidir a “operacionalidade dos estabelecimentos de sua rede de ensino”. Um projeto idêntico já tinha sido vetado pelo governo anterior, de Antônio Anastácia (PSDB). A

Prefeito de Nova Odessa veta lei que impõe Bíblia às escolas

Evangélico autor do projeto argumentou que livro cristão serve para reflexão e bons exemplos O prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB), de Nova Odessa (SP), vetou a lei que impunha a leitura diária de um trecho da Bíblia nas escolas municipais aos alunos do 1º ao 5º ano, atingindo 4.000 alunos de 12 estabelecimentos. Bill admitiu ter simpatia pela lei, mas reconheceu que não dá para aprovar algo “ilegal”. Ele acatou orientação do Departamento Jurídico da Prefeitura e da Secretaria de Educação de que a lei é inconstitucional por ter propósito religioso. A Constituição impede que quaisquer instâncias de governo se envolvam direta ou indiretamente com crenças. O autor do projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal é do vereador evangélico Vladimir Antônio de Fonseca (SDD), ligado à Igreja Batista Nova Aliança. Na defesa de seu projeto, Fonseca contestou o óbvio ao argumentar que a leitura da Bíblia nas escolas não é um ato religioso. Disse que sua intenção, ao prop

Empresário conta em livro ter sido vítima de pedofilia de padre

Sacerdote se defendeu dizendo que está na 'moda' denunciar abusos   O empresário Marcelo Ribeiro, 48, escreveu um livro que começa assim: “Fui abusado na infância. Só quando consegui pronunciar essa frase para minha mulher, aos 42 anos, é que pude começar a viagem em busca de meu passado. Ele estava enterrado pelo sofrimento, pela vergonha e pelo medo de falar. O silêncio é o melhor amigo da pedofilia. Não sofri um abuso apenas sexual — o que já seria muito. Também fui abusado moral e psicologicamente. Sofri violência física. Minha família foi induzida à mentira e aos subterfúgios que me afastaram de meus pais e meus irmãos. Quase perdi minha mulher, que é tudo para mim.” O livro se chama “Sem medo de falar — relato de uma vítima de pedofilia” (Ed. Paralela). Ribeiro não revelou, no livro, o nome do estuprador, mas em uma entrevista à Folha de S.Paulo ele disse de quem se trata: o maestro de coral de crianças João Marcos Porto Maciel, padre católico na época dos ab

Órgão antimáfia acusa padre de ter defendido chefão da Calábria

por Giuseppe Baldessarro para La Repubblica Nuccio Cannizzaro teria mentido à Justiça para proteger mafioso Acolheram a notícia tocando os sinos em festa e com fogos de artifício. Depois, alguns começaram a circular de carro buzinando. A absolvição do seu pároco movimentou os paroquianos e o bairro. Todos solidários com o padre  Nuccio Cannizzaro (foto) e todos felizes porque, dizem, a justiça foi feita. Embora não se trate de uma prescrição nem precisamente de uma absolvição plena, o bairro de Condera não se poupou para manifestar abertamente o seu entusiasmo. Por outro lado, a paróquia sempre defendeu ao máximo o padre sob processo, por ser acusado pela Direção Distrital Antimáfia (DDA) de ter mentido para beneficiar Santo Crucitti, suposto chefe da máfia da periferia norte de Reggio Calabria. O pároco, ex-cerimoniário do bispo e capelão da polícia municipal havia sido acusado no processo de Raccordo-Sistemajunto com Crucitti e um grupo de homens considerados pela Procur

Cadastro de Cidadão de Barueri não tinha 'ateu' nem 'agnóstico'

Ateu foi obrigado  a se  cadastrar assinalando  "outras religiões"  A prefeitura de Barueri (SP) atendeu a reclamação de um morador e incluiu no cadastro do cartão de cidadão, no campo referente a crenças religiosas, as classificações “ateu” e “agnóstico”. A cidade fica na Grande São Paulo e tem cerca de 250 mil habitantes. O atual prefeito é Gil Arantes (DEM). O “Cartão Barueri”, ainda na fase de cadastramento, foi criado para “facilitar” o acesso dos moradores da cidade aos serviços municipais nas áreas de saúde, educação, transporte, cultura e esporte. Entre os moradores, há reclamação de que o serviço de saúde, por exemplo, está sendo "invadido" por pessoas de cidades vizinhas, principalmente de Carapicuíba. O cartão, então, seria uma solução da administração pública para garantir o atendimento prioritário aos moradores da cidade. A prefeitura de Barueri diz gastar mais em saúde do que as cidades vizinhas. O ateu que reclamou à prefeitura foi cad

Projeto de vereador evangélico impõe a Bíblia em escolas

Fonseca disse que sua lei não fere o Estado laico A Câmara Municipal de Nova Odessa (SP) aprovou projeto de lei que, se sancionado, impõe a leitura de um versículo da Bíblia nas escolas municipais dos anos do 1º ao 5º ano, no total de 4.000 estudantes. A cidade tem mais de 50 mil habitantes e fica a 124 km de São Paulo. O autor do projeto é do evangélico Vladimir Antônio de Fonseca (SDD), na foto, ligado à Igreja Batista Nova Aliança. É conhecido como Professor Bi. Leciona Educação Física. Ele afirmou que a sua iniciativa não fere a laicidade do Estado nem os “valores consagrados pela Constituição”. "Não quero colocar religião para ninguém”, disse. “O objetivo é incentivar uma reflexão sobre os bons hábitos e a questão do respeito." Mas não falou do constrangimento ao qual será submetido os alunos que não são cristãos ou que não têm crença alguma. Setores da sociedade têm feito fortes críticas à aprovação do projeto de lei, enquanto o prefeito Benjamin Bill Vi

Funcionária terá indenização por ser obrigada a ir a culto

Empregadora levava funcionários à Igreja Universal O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio Grande do Sul manteve a sentença de primeira instância que condenou uma empregadora de Pelotas a indenizar por danos morais uma ex-funcionária em R$ 5 mil por obrigá-la a frequentar culto da Igreja Universal do Reino de Deus. Para a Justiça, houve desrespeito do artigo 5º da Constituição, nos incisos VI (“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias) e VIII (‘ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”). No entendimento da juíza Ana Ilca Saalfeld, da 4ª Vara do Trabalho de Pelotas, a empregadora poderia ter estimulado sua funcionaria a uma prática reli