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Empresário conta em livro ter sido vítima de pedofilia de padre

Sacerdote se defendeu dizendo que
está na 'moda' denunciar abusos
 
O empresário Marcelo Ribeiro, 48, escreveu um livro que começa assim:

“Fui abusado na infância. Só quando consegui pronunciar essa frase para minha mulher, aos 42 anos, é que pude começar a viagem em busca de meu passado. Ele estava enterrado pelo sofrimento, pela vergonha e pelo medo de falar. O silêncio é o melhor amigo da pedofilia.

Não sofri um abuso apenas sexual — o que já seria muito. Também fui abusado moral e psicologicamente. Sofri violência física. Minha família foi induzida à mentira e aos subterfúgios que me afastaram de meus pais e meus irmãos. Quase perdi minha mulher, que é tudo para mim.”

O livro se chama “Sem medo de falar — relato de uma vítima de pedofilia” (Ed. Paralela).

Ribeiro não revelou, no livro, o nome do estuprador, mas em uma entrevista à Folha de S.Paulo ele disse de quem se trata: o maestro de coral de crianças João Marcos Porto Maciel, padre católico na época dos abusos. Atualmente tem 74 anos.

O então menino Ribeiro fazia parte de um coral. “Com 12 anos, acordei com ele na minha cama e com minha calça abaixada”, afirmou. “Durante dois anos, fui abusado diariamente.”

Em 2009, Maciel deixou a Igreja Católica e hoje está ligado a um templo independente, de uma religião que ele chama de “veterodoxa”. Mora em Caçapava do Sul (RS).

O sacerdote nega as acusações de abuso e minimiza o livro com a afirmação de que hoje em dia “está na moda” fazer denúncias de pedofilia.

Ribeiro disse que resolveu revelar o nome do sacerdote porque, após a publicação do seu livro, mais três pessoas afirmaram que foram vítimas do sacerdote.

Uma delas afirmou ter sofrido abuso na paróquia de Hamburgo Velho quando tinha 11 anos. “Um dia ele [Maciel] me chamou para levar roupa à lavanderia no subsolo. Fechou a porta, baixou minhas calças, me deixou nu de costas e me penetrou”, disse ao jornal.

No livro, Ribeiro afirmou ser difícil escrever como vítima de pedofilia. “[Mas] o mais difícil foi ter vivido e, principalmente, sobrevivido. Levei três décadas — com muitas reviravoltas — para entender que é necessário expor minhas memórias, meus sentimentos e minhas reflexões. Já estou há mais de cinco anos nesse processo. Escrever este livro é parte da minha cura.”

Com informação da Folha de S.Paulo e da Editora Schwarcz.





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agosto de 2012


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