Pular para o conteúdo principal

Postagens

Empresário conta em livro ter sido vítima de pedofilia de padre

Sacerdote se defendeu dizendo que está na 'moda' denunciar abusos   O empresário Marcelo Ribeiro, 48, escreveu um livro que começa assim: “Fui abusado na infância. Só quando consegui pronunciar essa frase para minha mulher, aos 42 anos, é que pude começar a viagem em busca de meu passado. Ele estava enterrado pelo sofrimento, pela vergonha e pelo medo de falar. O silêncio é o melhor amigo da pedofilia. Não sofri um abuso apenas sexual — o que já seria muito. Também fui abusado moral e psicologicamente. Sofri violência física. Minha família foi induzida à mentira e aos subterfúgios que me afastaram de meus pais e meus irmãos. Quase perdi minha mulher, que é tudo para mim.” O livro se chama “Sem medo de falar — relato de uma vítima de pedofilia” (Ed. Paralela). Ribeiro não revelou, no livro, o nome do estuprador, mas em uma entrevista à Folha de S.Paulo ele disse de quem se trata: o maestro de coral de crianças João Marcos Porto Maciel, padre católico na época dos ab

Órgão antimáfia acusa padre de ter defendido chefão da Calábria

por Giuseppe Baldessarro para La Repubblica Nuccio Cannizzaro teria mentido à Justiça para proteger mafioso Acolheram a notícia tocando os sinos em festa e com fogos de artifício. Depois, alguns começaram a circular de carro buzinando. A absolvição do seu pároco movimentou os paroquianos e o bairro. Todos solidários com o padre  Nuccio Cannizzaro (foto) e todos felizes porque, dizem, a justiça foi feita. Embora não se trate de uma prescrição nem precisamente de uma absolvição plena, o bairro de Condera não se poupou para manifestar abertamente o seu entusiasmo. Por outro lado, a paróquia sempre defendeu ao máximo o padre sob processo, por ser acusado pela Direção Distrital Antimáfia (DDA) de ter mentido para beneficiar Santo Crucitti, suposto chefe da máfia da periferia norte de Reggio Calabria. O pároco, ex-cerimoniário do bispo e capelão da polícia municipal havia sido acusado no processo de Raccordo-Sistemajunto com Crucitti e um grupo de homens considerados pela Procur

Cadastro de Cidadão de Barueri não tinha 'ateu' nem 'agnóstico'

Ateu foi obrigado  a se  cadastrar assinalando  "outras religiões"  A prefeitura de Barueri (SP) atendeu a reclamação de um morador e incluiu no cadastro do cartão de cidadão, no campo referente a crenças religiosas, as classificações “ateu” e “agnóstico”. A cidade fica na Grande São Paulo e tem cerca de 250 mil habitantes. O atual prefeito é Gil Arantes (DEM). O “Cartão Barueri”, ainda na fase de cadastramento, foi criado para “facilitar” o acesso dos moradores da cidade aos serviços municipais nas áreas de saúde, educação, transporte, cultura e esporte. Entre os moradores, há reclamação de que o serviço de saúde, por exemplo, está sendo "invadido" por pessoas de cidades vizinhas, principalmente de Carapicuíba. O cartão, então, seria uma solução da administração pública para garantir o atendimento prioritário aos moradores da cidade. A prefeitura de Barueri diz gastar mais em saúde do que as cidades vizinhas. O ateu que reclamou à prefeitura foi cad

Projeto de vereador evangélico impõe a Bíblia em escolas

Fonseca disse que sua lei não fere o Estado laico A Câmara Municipal de Nova Odessa (SP) aprovou projeto de lei que, se sancionado, impõe a leitura de um versículo da Bíblia nas escolas municipais dos anos do 1º ao 5º ano, no total de 4.000 estudantes. A cidade tem mais de 50 mil habitantes e fica a 124 km de São Paulo. O autor do projeto é do evangélico Vladimir Antônio de Fonseca (SDD), na foto, ligado à Igreja Batista Nova Aliança. É conhecido como Professor Bi. Leciona Educação Física. Ele afirmou que a sua iniciativa não fere a laicidade do Estado nem os “valores consagrados pela Constituição”. "Não quero colocar religião para ninguém”, disse. “O objetivo é incentivar uma reflexão sobre os bons hábitos e a questão do respeito." Mas não falou do constrangimento ao qual será submetido os alunos que não são cristãos ou que não têm crença alguma. Setores da sociedade têm feito fortes críticas à aprovação do projeto de lei, enquanto o prefeito Benjamin Bill Vi

Funcionária terá indenização por ser obrigada a ir a culto

Empregadora levava funcionários à Igreja Universal O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio Grande do Sul manteve a sentença de primeira instância que condenou uma empregadora de Pelotas a indenizar por danos morais uma ex-funcionária em R$ 5 mil por obrigá-la a frequentar culto da Igreja Universal do Reino de Deus. Para a Justiça, houve desrespeito do artigo 5º da Constituição, nos incisos VI (“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias) e VIII (‘ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”). No entendimento da juíza Ana Ilca Saalfeld, da 4ª Vara do Trabalho de Pelotas, a empregadora poderia ter estimulado sua funcionaria a uma prática reli

Padres pedófilos na Austrália superam estimativa do papa

do portal Terra Organismo católico disse que pedófilos chegaram a 4%, e não a 2% do total Um organismo católico australiano encarregado de combater a pedofilia na Igreja disse, nesta terça-feira, que o número de sacerdotes pederastas no país foi historicamente de 4%, o dobro do que estimou o Papa Francisco, segundo o jornal italiano La Repubblica . O jornal italiano publicou, no domingo, uma entrevista com o papa Francisco na qual este dizia que “segundo dados contrastados, a porcentagem de pedófilos na Igreja está em 2% (...) Estes 2% incluem sacerdotes e inclusive bispos e cardeais”. Pouco depois, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que os dados não correspondem com o que o Papa quis dizer em sua entrevista a Eugenio Scalfari, o fundador do La Repubblica . Francis Sullivan, coordenador do Conselho para a Verdade, a Justiça e a Reparação, disse que essa porcentagem foi historicamente mais alta na Austrália. O conselho está compilando uma base de dados sobr

Ateu faz oração em abertura de conselho de cidade dos EUA

por João Ozorio de Melo Nioese diz estar  recrutando   não religiosos para "orar" Em maio deste ano, a Suprema Corte dos EUA decidiu que o conselho municipal da cidade de Greece, no estado de Nova York — bem como qualquer instituição legislativa — pode iniciar suas sessões com uma oração proferida por um cidadão. Mas a corte fez uma ressalva fundamental: “desde que não haja discriminação na escolha das pessoas que farão as orações”. A oração da sessão desta terça-feira (15/7) do conselho municipal de Greece será feita por um ateu. Desde que perderam a causa na Suprema Corte, as organizações que defendem a separação entre a igreja e o Estado começaram a recrutar cidadãos não religiosos para fazer orações em órgãos legislativos que adotam essa prática. Mais de 150 já se inscreveram em diversos pontos do país, segundo o diretor jurídico da Associação Humanista Americana, David Niose (foto). Ele disse ao Legal Times que 20% da população americana não tem religião — um

Juíza inglesa não envolve padre em pedofilia por 'amar a Igreja'

por Eurico Franceschini para La Repubblica Baronesa Butler-Sloss julgou favorecendo a Igreja Anglicana Como no jogo das caixas chinesas, debaixo do Big Ben estourou um escândalo que contém um escândalo que contém outro escândalo: só resta entender qual é o maior e qual é o menor. O ponto em comum é o mesmo contra o qual o papa Francisco se joga em Roma: a pedofilia. Para descrevê-los, tanto faz começar do fim, isto é, do último em ordem de tempo: o jornal Times de Londres descobriu que a baronesa Elizabeth Butler-Sloss (foto), 73 anos, juíza aposentada e até 2004 a magistrada de mais alto grau do Reino Unido, decidiu não envolver um bispo em um relatório sobre a pedofilia no clero anglicano, porque ela "amava a Igreja". O escândalo anterior é que a mesma baronesa, encarregada pelo primeiro-ministro, David Cameron, de liderar uma comissão de inquérito sobre um suposto encobrimento de investigações sobre a pedofilia no parlamento de Westminster nos anos 1970-198