Para esquerdistas, novos ateus são islamofóbicos PAULO LOPES jornalista A esquerda europeia e a americana, por se considerarem politicamente correta, deixaram de apoiar os chamados “novos ateus” por causa da contundência da crítica deles ao Islã. Geralmente ateus não gostam de ser chamados de “novos ateus”, mas a designação pode servir para identificar os descrentes que, após o atentado de 11 de Setembro, resolveram combater as influências danosas da religião na sociedade. Em defesa da laicidade do Estado, esses ateus passaram a combater, por exemplo, contradições como erigir um monumento ao deus cristão no lugar das torres gêmeas, que foram derrubadas em nome do deus muçulmano — como se sabe, ambos as divindades são as mesmas. Inicialmente, a esquerda se juntou aos militantes ateus (muito deles são esquerdistas) na defesa do Estado laico, mas começou a abandonar o barco quando lideranças ateias subiram o tom em suas críticas ao dogmatismo islâmico. A esquerda pass