Paulopes

Anúncio preconceituoso Cinquenta meses é a duração da garantia que a Semp Toshiba dá aos seus televisores sem “cobrar nada por isso”. De acordo com anúncio acima da fabricante de aparelhos de tv, durante esse mesmo tempo, na ausência do marido, uma mulher pode ter dois filhos, um deles com o Ricardão, o  “comedor” do anedotário brasileiro. “Cinquenta meses é muito tempo”, diz uma mulher com sotaque japonês na volta do marido, também de traços orientais, ao apresentar os dois filhos que teve com amantes. Embora vista quimono, vestuário que não se usa aqui e muito pouco atualmente no Japão, o episódio produzido pela Talent Propaganda ocorre no Brasil, conforme deixa claro a referência ao “Ricardão”. Com a aprovação da Semp Toshiba, 30 segundos foram o tempo necessário para que a Talent caracterizasse a mulher como promíscua. Ela passou a ter casos assim que o marido saiu de casa em circunstâncias não esclarecidas pelo anúncio. Além disso, a agência recorreu ao clichê, que tamb

"O sorvete é a nossa religião" Na Grã-Bretanha, a ASA (Advertising Stardards Authority ), que corresponde ao Conar brasileiro, proibiu o pôster de um anúncio que mostra uma modelo como freira grávida tomando um sorvete dentro de uma igreja. “Sorvete é a nossa religião”, diz o anúncio. “[Ele é] concebido imaculadamente.” O anúncio chegou a ser publicado nas revistas The Lady e Grazia, e teria havido apenas dez reclamações de leitores. Antonio Federici, o fabricante do sorvete, além da publicação em revistas, planejava exibi-lo no trajeto da visita do papa Bento 16 na Grã-Bretanha. Para a ASA, o anúncio desrespeita as crenças cristãs, principalmente a Igreja Católica. A empresa informou não ter desistido de expor o seu produto conforme garante (ou deveria garantir) o direito de livre manifestação. Um porta-voz da Antonio Frederici disse que haverá outro anúncio com imagem semelhante e que será uma “continuação do tema”. Explicou que a intenção é questionar com s

A filial mexicana da MAC, fabricante canadense de cosméticos, em parceria com a americana Rodarte, usou modelos maquiadas e vestidas com roupas brancas como se estivessem mortas para lançar esmaltes vermelhos, batons acinzentados e sombras escuras inspirados na violência. A maquiagem é parecida com a da Noiva Cadáver [reprodução ao lado], personagem de filme animado produzido em 2005 por Tim Burton. Um esmalte da nova coleção se chama Ciudad Juarez, que é uma cidade de elevados índices de assassinatos e estupros --é considerada a mais violenta do mundo. Ou seja, na maior parte dos casos as mulheres são as vítimas. A cidade fica no Estado de Chichuahua, na fronteira com os Estados Unidos. Em uma comparação, seria como se a Avon lançasse no Brasil a linha de esmalte ‘Favela da Rocinha’ em diversos tons do vermelho-sangue. Ou a coleção “Bala Perdida” de batons. A garota-propaganda poderia ser Gisele Bundchen, com uma marca de tiro na testa. No México, em um desfile da grife macabra

Acionado por um argentino que mora em Belo Horizonte, o MPF (Ministério Público Federal) de Minas Gerais pediu à cervejaria Ambev que retire da tv o anúncio no qual uma latinha da Skol chama de ‘maricon’ um torcedor vestido com a camisa da Seleção Argentina. Aumentativo de “marica”, a palavra espanhola “maricon” significa homem efeminado, homossexual, viado, bicha, medroso, covarde. O Mistério Público abriu inquérito civil público para apurar a responsabilidade do anúncio porque, argumentou, trata-se de dupla discriminação: além de atentar contra a nacionalidade argentina, propaga a homofobia. O órgão lembrou que a Constituição brasileira proíbe qualquer tipo de discriminação. Além disso, argumentou, o artigo 20 do Código Brasileira de Autorregulamentação Publicitária estabelece que “nenhum anúncio deve favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade”. A Ambev não quis discutir o mérito da denúncia e inf

A mulher telefona para o marido, que atende, mesmo estando ao volante do carro. Então o celular dela esguicha sangue, em uma alusão de que o carro bateu e ele se feriu gravemente ou até morreu. É possível também que quem ligou tenha sido o marido, ao entrar em uma avenida movimentada. A foto (acima) que passa essa mensagem é de um anúncio criado pela Mudra Group para Bangalore (em inglês), cidade indiana, para alertar o motorista sobre o perigo do uso do celular ao volante.  Em outra foto , um homem é a personagem. Um estudo recente mostrou que quem fala enquanto dirige corre o mesmo risco do motorista bêbado. > Campanhas publicitárias polêmicas.    >  Aplicativos de smartphone .

A agência de viagens Trip&Fun expôs ao constrangimento crianças de pelo menos dez escolas na Grande São Paulo onde fez marketing de uma excursão. Ela fotografou estudantes ao lado de um boneco do Mickey Mouse que segurava um cartaz com as inscrições: “Se eu não for para a Disney vou ser um pateta”. [reprodução acima] A excursão de 13 dias custa a partir de R$ 5.216. Talita Bedinelli, da Folha, localizou uma mãe, a pedagoga Roberta, 40, que ficou indignada com a agência e com o Liceu di Thiene, em São Caetano, pelo abuso da publicidade. Roberta disse que sua filha se sentiu envergonhada por ser uma das poucas de sua sala que não vão viajar. Ela pretende processar a Trip&Fun. A agência e a escola afirmaram que o cartaz do Mickey é “uma brincadeira”. Uma brincadeira lucrativa para a agência e possivelmente também para as escolas, que costumam receber gratificações em troca desse tipo de marketing. Cerca de mil crianças farão a excursão nas férias, em julho. João Lop

Um pôster lançado da Grã-Bretanha diz: “Raça superior? Errado para as pessoas. Errado para os cachorros. Boicote os criadores. Adote.” Uma foto (acima) mostra um cão maltês com um pente que simula o bigode de Hitler. O cartaz da ong Peta (em português, Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) tem causado polêmica. A Kennel Club tentou proibir o pôster, mas a autoridade que cuida da publicidade considerou o pôster “não ofensivo”, informa a BBC Brasil. Poorva Joshipura, da Peta, afirmou que a “crença de que algumas raças são superiores a outras é que é ofensiva”. A expectativa da ong é, com anúncio, que a população adote os cães abandonados.

da Agência Brasil A publicidade de bebidas alcoólicas cativa não só os adultos, aos quais em tese se destina, mas também as crianças e os adolescentes. A constatação é de um estudo realizado pela pesquisadora da Uniad (Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas) Ilana Pinsky. “Se isso [ propaganda ] é feito já pensando em atingir esse público [ menores de idade ], eu não posso afirmar. O que eu sei é que ele atinge, atrai e é interessante”, afirmou. Mesmo com o endurecimento das normas do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), Pinsk disse que a publicidade de bebida, em especial a cerveja, é muito atraente aos jovens. “Se você for observar os elementos da publicidade de cerveja, que é a que mais tem na área de propaganda de bebidas alcoólicas, ela é extremamente bem humorada, mostra sempre pessoas bonitas e jovens. Ela não fala do produto em si, mas dos sonhos e do estilo de vida relacionado à alegria e às festas, o que tudo tem a ver com o jovem.

Campanhas se destinam a crianças de até 16 anos Do total de propagandas de alimentos na TV, 96,7% são de produtos não saudáveis, com elevado teor de gordura, açúcar ou sal, como fast foods , doces, sorvetes, salgadinhos de pacote, bolos, biscoitos doces, refrigerantes e sucos artificiais. Na maioria dos casos, o objetivo dessas propagandas é atingir consumidores menores de 16 anos. Essas informações – referentes ao período 2006/2008 – foram apresentadas hoje por Renata Faguentes, do Centro de Pesquisa em Alimentação Saudável do Departamento de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde de Unb, durante audiência pública em Brasília. Ela disse que os fabricantes desses produtos utilizam, na tv, apelos emocionais, como círculos de amizades e lazer, além de oferecer brindes para colecionar. “A criança não consume o produto pelo produto em si, mas induzida pelo marketing”, disse ela à Agência Senado. Existe o agravante, segundo ela, de que as crianças menores de seis anos não

Título original: Os tais de valores por Luiz Felipe Pondé  para Folha Recebi muitos e-mails por conta da "Vovó das Havaianas", a coluna de 5 de outubro, onde comentei o comercial "maldito" da "vovó que gosta de sexo". Mas, afinal, por que se ofender com isso? A queixa dos ofendidos, em situações como essa, normalmente cai sobre essa coisa de que, hoje em dia, se fala tanto quanto se fala em cabala da Vila Madalena, energias, aquecimento global e outros clichês, isso é, os tais dos "valores". Frases como "hoje não existem valores" soam tão ridículas como "sofro porque os unicórnios estão sendo extintos". Quando alguém começa falando "porque a crise dos valores hoje em dia...", eu já sei que o resto é blablablá. Por acaso alguém acha que o mundo já foi melhor? Há 500 anos existiam "valores" mais válidos? Respondo: não, o mundo nunca foi bom. E mais: se há 500 anos havia "valores" mais válid

No site americano da Microsoft, um anúncio promocional, como o slogan “Dando poder a sua gente com os instrumentos de TI de que todos precisam”, apresenta dois homens -- um de origem asiática e outro, africana -- e uma mulher branca. No site Polonês da empresa, o negro do anúncio foi substituído por um branco por intermédio de recursos de edição. A descoberta foi feita pelo The Guardian. A Microsoft pediu desculpas e informou que vai investigar por que foi feita a troca. Na verdade, a empresa vai ter de saber quem decidiu expulsar o negro da foto, considerando que o por quê é óbvio: racismo. > Casos de racismo. >  Campanhas publicitárias polêmicas.

O vídeo acima faz parte de uma campanha do governo da Grã-Bretanha para conscientizar os militares a ter prudência no trânsito. A campanha se destina mais aos soldados que voltam de missões de área de conflito. Uma pesquisa revelou que eles têm dificuldade de readaptação à vida normal, e, por isso, as probabilidades de que sofram acidade de trânsito são o dobro em relação aos civis. Criado pelo Golley Slater Group, o vídeo foi premiado com o Leão de Ouro em Cannes na categoria filmes. Ele poderia ser veiculado no Brasil, onde o número de mortes de motoqueiros aumentou 20 vezes em 16 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2006, 7 mil motoqueiros morreram no trânsito, e não só por culpa deles, ressalta-se. Em 1990, pelos dados oficiais, houve o registro de 300 óbitos. A faixa mais atingida vai de 15 a 39 anos. O álcool é uma das principais causas. Campanhas de interesse público      

A foto acima faz parte de uma campanha da Austrália para a mídia impressa com o objetivo de convencer os motoristas a reduzir a velocidade nas ruas onde há escolas. A mensagem da campanha é “Matar uma criança é matar uma família”. Cada foto tem o nome de uma família, como Ross, Smith e White. A peça publicitária ganhou o Leão de Ouro no Festival de Cannes. > Óbitos de motoqueiros aumentou 20 vezes em 16 anos . (novembro de 2008)   Campanhas de interesse público.  

Para marcar o primeiro ano da Lei Seca, que se completa em 20 de junho, os ministérios da Justiça e o da Saúde e a Polícia Rodoviária estão promovendo a campanha com slogans como “Qualquer dose pode ser a gota d’água”. Esculturas gigantes como da foto acima estão sendo colocadas nas rodovias mais movimentadas de Brasília, Florianópolis, São Paulo e Belo Horizonte. > Casos de alcoolismo.      >  Campanhas de interesse público.  

A foto acima é uma das que foram feitas para a campanha publicitária da Fudación Seguros Caracas, na Venezuela, com o objetivo de alertar os motoristas sobre os perigos do uso do celular ao volante. O texto da campanha é: “Quando você usa o celular enquanto dirige, sua cabeça está em outro lugar.” Nesse caso, o que vale para o venezuelanos vale para os brasileiros. > Usuário paga caro pelo celular e ainda é debochado por operadora . (maio de 2009) >  Campanhas de interesse público.

As fotos são de campanha do Ministério de Saúde de Portugal, que pede: “Faça exercícios”. Lá, hoje, 22 de maio, é o "Dia Nacional de Luta contra a Obesidade”. Alimentos não saudáveis .     Campanhas de interesse público.  

Campanha de combate ao abuso sexual infantil da ong australiana ASCA (Adults Surviving Child Abuse) afirma que “Algumas feridas nunca cicatrizam, nós não podemos mudar o seu passado”. Como ilustração, usa fotos de pessoas que têm cicatrizes físicas adquiridas quando crianças. A criação é da agência Whybin\TBWA. Estima-se que na Austrália dois milhões de pessoas sofreram violência sexual na infância. É um dos países onde há mais denúncias de padres pedófilos. > Casos de padres pedófilos.       >  Campanhas de interesse público.  

O MPF (Ministério Público Federal) afirma que a AmBev não deveria ter usado o jogador Ronaldo em propaganda da Brahama para a tv de modo a induzir os jovens a consumir cerveja. Ressalta que, pelo Conar (Código do Conselho de Autorregulamentação Publicitária), a publicidade só pode realçar a marca da bebida e suas características. Por isso o procurador Fernando Lacerda Dias, do MPF em São José dos Campos, encaminhou à Justiça ação civil pública contra a AmBev e a África Publicidade para que sejam condenadas por danos morais coletivos. Pede que a AmBev pague indenização “condizente com o milionário volume financeiro envolvido”. As informações são da assessoria de imprensa do MPF. A AmBev já deixou de veicular o anúncio a pedido do Conar, que acatou reclamação da cervejaria Schincariol segundo a qual ficou estabelecido que propaganda de bebidas alcoólicas está proibida de exibir atleta com uniforme de esportes olímpicos. Ronaldo poderia ter se recusado a ser garoto-propaganda da Br

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De 2000 a 2006, verificou-se a morte de 146.349 brasileiros por causa de doenças associadas ao consumo de álcool, o que representa a média de 57 óbitos por dia. Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados pela Agência Estado. Do total das mortes, 92.946 decorrem diretamente da ingestão de excesso de bebidas alcoólicas. São, portanto, mortes que poderiam ser evitadas, afirma Deborah Malta, coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do ministério. Deborah informa que o índice de mortalidade por doenças associadas ao alcoolismo aumentou no período de 10,7 para 12,64 óbitos por 100 mil habitantes, na comparação com os seis anos anteriores. Mas esse índice tem de ser visto com reserva porque tem havido um aperfeiçoamento na coleta de dados para a realização da pesquisa. Assim, é possível que a gravidade do problema tenha se apresentado como sempre foi. O que é certo é que qualquer levantamento sobre as consequências do alcoolismo vai sempre revelar uma po